É como eu sempre digo. Nunca confie em um gato. Eles são do mal.
*não recomendado para moralistas e menores de 18 anos.
É como eu sempre digo. Nunca confie em um gato. Eles são do mal.
*não recomendado para moralistas e menores de 18 anos.
Os Amantes Passageiros é a mais nova comédia de Almodóvar e marca sua volta a atmosferas mais descontraídas depois do tenso A Pele que Habito. Já de antemão, vale dizer que Os Amantes Passageiros é uma proposta “relax”, um filme que não quer ocupar a mente de quem assiste com grandes questionamentos e não quer compromisso com o que é verossímil. Saia de casa com isso em mente, a não ser que você queira bancar o bobo, como fez uma senhor sentada à minha frente, na sessão. Ao rolarem os créditos finais, ela soltou um “que horror”.
Pois bem. Os Amantes Passageiros se passa quase que totalmente a bordo de um avião, mais especificamente na classe executiva, que corre o risco de cair porque um dos trens de pouso apresenta problema. Só abrindo um parêntese: esse problema é culpa dos personagens de Penélope Cruz e Antonio Banderas, que dão o ar da graça só para fazer graça. E para dar mais credibilidade (ou público mesmo) ao filme. Eles abrem o longa e não passam mais que 5 minutos na tela. Mas o elenco é repleto de atores que acompanham Almodóvar há tempos. Você os reconhecerá. O foco do filme se divide nos vários passageiros e também na tripulação – comissários, piloto e co-piloto. As histórias de todos são exploradas das mais variadas formas, confissões, conversas ao telefone que são ouvidas por todo mundo no alto falante, fofocas.
O filme é uma verdadeira salada, no bom sentido. Bagunçado, vibrante, colorido, sarcástico, bizarro, exagerado, engraçado e gay. É “tudo junto e misturado”. Não há como separar Os Amantes dos filmes realizados por Almodóvar na década de oitenta. Não quero discutir aqui uma relação de qualidade, preferência pessoal ou força entre essas duas épocas. O intuito é comparar plasticamente, por exemplo, Amantes com Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos ou Ata-me!, porque são realmente filmes parecidos. O tom cafona, o vermelho, amarelo, verde, as cores gritando na tela, as roupas bregas, camisas floridas, correntes, batons chamativos, cabelos milimetricamente cortados e penteados e por aí vai. O enredo em si também parece com os oitentistas, sobretudo por se tratar de uma comédia e, ainda mais, por ser uma comédia escrachada.
Bem escrachada, por sinal. Esqueça o peso e a tensão de Fale com Ela, por exemplo. Almodóvar não está nem aí e aproveita de sua fama e reputação para falar do que bem entende, da forma como lhe convém, que é a forma mais característica que ele encontrou. Ninguém faria esse mesmo filme da forma como ele fez. Tem de tudo: socialite prostituta, sensitiva virgem, piloto bissexual, piloto em cima do muro, traficante, comissários gays afetadíssimos, matador de aluguel, gente usando drogas, homem cafajeste… E todos esses personagens se relacionam por meio de situações as mais improváveis. O apelo sexual é bem forte e grande parte das piadas (que são ótimas) vem justamente dessa abordagem. E, sim, Os Amantes Passageiros é um filme predominantemente gay. Isso não quer dizer que seja um filme para gays, até mesmo porque isso não existe. Arte é arte, não tem essa de restringir. Lembre-se: não faça como a senhora que pejorativamente disse “que horror”. Se alguém ainda não sabe, Almodóvar é gay. E esse fato deixa o filme bem natural no sentido de atuações, diálogos, expressões específicas, comportamento e afins. Para quem ainda não viu: a cena em que mostra o comissário de bordo pela primeira vez na cabine dos pilotos é impagável, de longe minha favorita.
Algumas críticas por aí dizem que, além disso tudo que a hora e meia de filme mostra, Os Amantes Passageiros também faz uma crítica à atual situação da Espanha, comprometida financeira e economicamente etc e tal. Sinceramente? Não importa. Assim como não importa o dramalhão que, ainda bem, recebeu tratamento secundário o tempo todo. O que importa é o clima caliente, de novela mexicana, escrachado e que mostra que ninguém ali se preocupa com o que vai acontecer com o avião. Afinal de contas, melhor mesmo é beber, fofocar, dançar, transar, aproveitar. Hedonismo, acima de tudo. Para Almodóvar, para os personagens, para quem assiste.
Quem nunca quis dar uma voltinha pelo Beco Diagonal de Harry Potter não sabe o que é ter infância. O fato é que o Google agora permite que você, mero trouxa, consiga dar um passeio pela Oscar Freire de Harry Potter.
As fotos são do set de filmagens da Warner Bros, em Londres. O tour é pequeno, mas dá pra ver Gringotes (o banco dos bruxos), a famigerada loja de varinhas Olivaras, onde Harry conseguiu sua primeira varinha, e a loja Gemialidades Weasley, dos irmãos Fred e Jorge.
Preparado?
O Street View do Beco Diagonal pode ser acessado neste link ou você pode optar por navegar abaixo:
A Motorola já vinha dando vários indícios de que estava prestes a apresentar algo grande para seu público. E é bem verdade que ela estava precisando mesmo apresentar um diferencial em relação a seus concorrentes. Parece que esse diferencial será beeeem diferente.
Segundo um anúncio que andou circulando nos blogs por aí e uma página de cadastro da Motorola para novidades de um smartphone chamado Moto X, a empresa confirmou vários dos rumores que indicavam um novo posicionamento da empresa.
Texto do anúncio em uma tradução literal:
“O primeiro smartphone desenvolvido, projetado e montado nos EUA está chegando.
Amanhã você vai comer hambúrguer, assistir fogos de artifício e celebrar a liberdade de ser quem você quer ser. É com esse espírito que estamos trazendo a você algo novo.
O primeiro smartphone que você pode fazer por conta própria. Porque hoje você deve ter a liberdade de criar o design das coisas na sua vida para serem tão únicas como você é.
E este é apenas o começo. Imagine o que será possível fazer quando você possuir o melhor talento em design, engenharia e fabricação do mundo localizado aqui nos EUA.
Sabíamos que seria um desafio. Na verdade, algumas pessoas diziam que não conseguiríamos fazer. Mas não samos apenas uma empresa. E nada tão animador chega com facilidade.”
Se o anúncio for real, o novo posicionamento teve direito até a uma nova logo, mais moderna e com os dizeres “uma empresa do Google”.
Embora ainda não haja nada confirmado, parece que o Moto X será uma grande promessa no mundo do Android para os próximos meses. Espero que tanta expectativa valha a pena.
Eu não sei quem foi que teve a genial ideia de adaptar a, já sensacional, campanha do Metro de Melbourne, na Austrália, mas o vídeo Dumb Ways to Die in Rio é um retrato dos problemas sociais do Rio de Janeiro em forma de vídeo bonitinho. E ficou muito bom:
A Campanha original é da McCann Melbourne e levou 5 GP em Cannes. O vídeo original pode ser visto abaixo:
O pior de tudo é saber que os dois vídeos só ilustram acontecimentos reais…
Qual publicitário nunca se imaginou dentro de O Aprendiz? O reallity show da Rede Record sempre foi sucesso, mas a verdade é que desde a saída de Roberto Justus da emissora, o programa não empolgava.
Eu acho que o Justus se deu bem em outros programas, como o Roberto Justus +, que ainda está na grade da emissora, mas com O Aprendiz eu acho que ele atingiu o ápice. Unindo o melhor do apresentador com o melhor do publicitário, Justus era a alma do programa, que agora está de volta trazendo 15 ex-participantes.
A parte legal é que todos os participantes foram escolhidos pelo próprio apresentador, que prometeu ser implacável. “Ainda não vamos revelar quem são, pois eles têm um contrato de sigilo com a gente. Ainda tenho contato com muitos deles, mas a amizade vai acabar assim que eu entrar na sala. Vou pressioná-los como eles nunca imaginaram na vida deles. Uma coisa é você errar uma vez. Errar duas vezes é burrice.” disse Roberto Justus.
Um dos conselheiros será Walter Longo, a outra será uma mulher com o nome ainda não divulgado. Não que isso seja relevante..
O programa tem estreia prevista para a segunda semana de setembro e vai durar até o dia 17 de dezembro, com a final exibida ao vivo. No começo, o reality show será transmitido uma vez por semana, mas na reta final passará para duas vezes. Coisas da Record.
Eu tenho um carinho especial pelo Firefox e demorei a largar dele para adotar o Chrome. Embora seja um excelente navegador para desktops, o Firefox perdeu um mercado enorme para o navegador da Google, que em pouco tempo abocanhou usuários de todos os navegadores possíveis, mas a Mozilla não quer ficar pra trás de jeito nenhum, e assim como o Google fez em 2011, a empresa apresentou um logo mais minimalista e moderno.
Tudo bem, a mudança não foi tão grande assim, mas ficou perceptivelmente mais limpo e bonito. Veja as alterações:
Dentre as alterações relatadas em inglês na imagem acima podemos ressaltar:
Eu, particularmente, acho que a mudança deveria ser maior, mas uma raposa e um mundo não deve ser nada fácil de simplificar sem correr o risco de descaracterizar a marca.
Que o bom gosto continue inspirando os designers do Firefox e reflitam no navegador.
Eu já disse em milhares de oportunidades e não custa voltar a falar. Na minha opinião, o Twitter é a melhor rede social de que eu já tive notícia. É uma pena que a ascenção da rede no Brasil, que começou por volta de 2009, foi canibalizada pelo Facebook nos dois anos seguintes. Mas parece que o passarinho azul está mesmo interessado no nosso país, pois depois da contratação de Guilherme Ribenboim como Diretor Geral da empresa por aqui o mais recente contratado é Cadu Aun, que será diretor de Trade Marketing.
Com 10 anos de experiência na área de publicidade digital e após trabalhar em grandes empresas do ramo como Terra e comandar o Vírgula, o publicitário será responsável por trabalhar o posicionamento do Twitter e a estratégia de trade da empresa no país.
Espero que a nova contratação faça com que o share da empresa volte a subir em terras tupiniquins, afinal, por aqui a rede social está atrás até mesmo do Orkut e Yahoo! Respostas.
Com informações de: AdNews
Desde o Droid, conhecido aqui como Milestone a Motorola não conseguiu se firmar no mercado de Smartphones. Tentando pegar o embalo das marcas MotoBlur e Razr criadas lá atrás, a empresa achou que o share of mind iria alavancar as vendas e deixou de investir em inovação. O resultado a gente já sabe: sangria de dinheiro e uma venda para o Google que praticamente dava a empresa junto com as patentes.
Embora o Google tenha afirmado categoricamente que herdou uma linha de produtos que poderiam ser lançados em até 18 meses subsequentes à compra, as coisas melhoraram para a empresa desde então. Mas parece que esses produtos adquiridos junto às patentes estão prestes a chegar ao fim e a empresa quer que seus consumidores potenciais não só saibam disso, como saibam que a empresa toda está sendo reformulada. É o que sugerem as especulações realizadas pelo Android Community na conta do Behance de B. A. Bäken.
No perfil de Bäken há dois álbuns intrigantes de trabalhos que o próprio Designer relata ter feito para a Motorola. E o que tem demais nestes trabalhos? Bem. Eles indicam um “sumiço” repentino da Motorola com um discurso de encher os olhos:
“Não somos bons com despedidas. Ninguém é. Elas são difíceis e tristes. Mas a hora chegou. Após quase um século de inovação, nós precisamos dizer adeus. Adeus ao primeiro celular móvel, ao Razr, ao joguinho da cobra. Adeus à Motorola como é moldada hoje. É hora de começar criar o amanhã. Mudanças estão vindo – novas faces, novas ideias, novas tecnologias. A Motorola que irá retornar não será mais a empresa que você conheceu. Mas nós temos alguns trabalhos para fazer. Então, até que estejamos prontos, estamos nos ausentando. Sem novas propagandas ou tuítes… sem atualizações no site. Apenas silêncio até que iniciemos nosso próximo capítulo.
Até nosso novo encontro, adeus Moto.”
Tudo muito lindo, mas seria o fim da Motorola? Trocarão de nome? A empresa vai deixar de existir?
Aí é que entra o segundo álbum. Intitulado Hello Again o que podemos perceber é que a empresa voltaria algum tempo depois com uma campanha de “Olá novamente”, com uma identidade coloridamente hipster:
Daí por diante podemos ver diversas mensagens como “O que poderíamos mudar? Que tal tudo?”
Ou outra que diz algo como: “Uma palavra para o bilhão de pessoas que o mundo nunca ouviu antes. Olá.”
Há quem diga que o telefone da primeira imagem pode ser o Phone X, um smartphone que estaria prestes a ser lançado pela companhia pertencente ao gigante das buscas, mas eu tenho sinceras esperanças de que não seja, porque aparentemente não há nada novo na imagem. Parece qualquer Razr HD da vida…
Se isso realmente acontecer vai ser a primeira vez em que eu verei uma empresa investindo em mídia pra dizer que está indo embora. Se a sacada vai dar certo eu não sei, mas isso chega até a lembrar um pouco o que a Apple fez com a campanha Think Different, em 97, quando a empresa se encontrava mais ou menos na mesma situação que a Motorola.
Vamos esperar pra ver e torcer pra que as novidades sejam realmente surpreendentes.
Parece que o comercial “Pra Ser Feliz” deu tão certo que o Pão de Açúcar resolveu continuar a investir em novos anúncios com a Clarice Falcão.
Com sacadas legais como “Nem todo eco é chato, chato é o eco que repete. Só que a gente não é ecochato” e a doce presença da Clarice, o comercial tem como intenção transmitir o assunto sustentabilidade de forma cômica e sutil. Aproveitando para inserir um pouco mais de marca e utilizando o PDV como cenário, ao contrário do que vimos no filme anterior.
O novo comercial com estreia prevista para hoje, 25.
Com informações de: AdNews.
Esse ano parece que foi o ano das conferências pra desenvolvedores. Já falamos aqui do Google I/O, da WWDC, da Apple e agora é a vez de mais um grande player apresentar suas novidades em um evento próprio para desenvolvedores. A Build 2013 da Microsoft acontecerá entre os dias 26 e 28 e da mesma forma que os eventos dos concorrentes, o evento é para desenvolvedores, mas muitas novidades atingem nós, usuários finais. Vamos ver o que algumas especulações indicam:
O Windows 8 foi dito como uma reformulação total do sistema da Microsoft, entretanto, o que realmente se fez diferente no sistema foi a perda do botão iniciar e uma reestruturação do menu iniciar para grandes blocos e a adoção de aplicativos para a interface Metro/Modern/WTF que funcionam bem em tablets e computadores com telas sensíveis ao toque, mas são completamente pouco utilizáveis para utilizadores que portam um mouse.
O Windows 8.1 já teve até um vídeo divulgado pela própria Microsoft, onde ela mostra entre outros recursos, a volta do botão iniciar. Eu não sei porque eu ainda acredito no Windows, mas espero realmente que venha algo a acrescentar aos PCs.
O navegador que a maioria das pessoas amam odiar também poderá receber atualizações, mas se seguir o ritmo de novidades da empresa, a maior parte delas deve se concentrar à interface voltada para dispositivos com entrada de toque.
Ainda não há muitas especulações sobre o novo console além do que foi mostrado no último evento da empresa, mas há esperanças de que apareçam as novas mudanças de restrições, como o fato de não precisar mais de internet para utilizar o console, entre outras alterações que a empresa se viu pressionada a fazer para que o console possa disputar de igual para igual como Playstation 4. Quem sabe poderemos ter até o anúncio de uma redução de preço.
Embora o evento seja realizado desde 2011, eu nunca tinha ouvido falar dessa Build antes, o fato de a Microsoft estar investindo mais pesado na divulgação do evento pode significar que ela quer mais atenção, e na verdade, ela está precisando de uma maior atenção dos desenvolvedores mesmo. Só precisa é parar de fazer merda.
Eu não fico ansioso assim pra ver um filme desde o lançamento de A Rede Social, em 2010. O filme foi gravado recentemente e arrancou elogios dos críticos do Sundance. Até então tudo o que tínhamos era uma cena do filme, que já foi suficiente pra me deixar doido de vontade de assistir logo. Agora eis que surge o primeiro trailer oficial:
https://www.youtube.com/watch?v=dkwsusu0hp8
Com o Ashton Kutcher no papel de Steve Jobs a cinebiografia não autorizada estreia no dia 18 de agosto. Alguém tem o contato do Alexander Hartdegen pra eu emprestar a máquina do tempo só por uns dias?
Com informações de: Omelete
A Samsung tem o dom de lançar produtos que ninguém consegue classificar. Foi assim com o Galaxy Note, a Galaxy Camera, o Galaxy S4 Zoom e por aí vai. Dessa vez não poderia ser diferente, com o Ativ Q a empresa pretende preencher um espaço que muitos fabricantes têm tentado preencher sem sucesso: o mercado de computadores que se transformam em tablets e vice-versa.
Eu queria começar dizendo o que mais me impressionou no Ativ Q, mas são tantos os pontos que eu não sei por onde começar. Ele pode ser utilizado para todos os possíveis usos que você esperaria de um computador híbrido. Enfim, vamos lá:
As posições do Ativ Q são inúmeras, você pode jogar Angry Birds (alguém ainda joga?) como um tablet; redigir um texto com uma posição que lembra muito um netbook notebook; assistir um vídeo, virando toda a tela pra trás e utilizando o teclado como base; escrever com uma stylus a lá Galaxy note 10.1 e até mesmo utilizar esse modo que eles denominaram Floating, que deve ser muito últil pra você, caso você seja um caixa de fast food, porque fica parecendo aqueles computadores da Bematech.
O Ativ Q roda Windows 8 e Android 4.2.2 possui processador Intel Core i5 de quarta geração, 128 GB de armazenamento em memória flash e 4 GB de RAM. Ele pesa apenas 1,29 kg (ok, para tablets ele é bem pesado, mas estamos falando de uma relação peso-benefício aqui, ok?) e 13,9 mm de espessura. Resolução de 3200×1800 pixels, com definição de 275 ppi, e a Samsung promete bateria com até 9 horas de duração.
Nem vou comentar muito, só deixar esse vídeo que ou engana bem, ou mostra um grande potencial pra esse Frankenstein da Samsung.
O único problema é que mesmo sem o preço em dólares ter sido divulgando ainda, já dá pra imaginar o absurdo que vai chegar aqui (se chegar). Se o Galaxy S4 chegou por quase 2,5 mil, imagine só.
O Instagram anunciou hoje um recurso que já estava sendo especulado há algum tempo: o aplicativo móvel de compartilhamento de imagens utilizado no mundo todo agora permite o envio de vídeos curtos.
Desde que foi comprado pelo Facebook, por uma pancada de dinheiro, o Instagram pouco inovou. Trouxe alguns filtros meia-boca, aprimorou a integração com a rede do Zuckerberg (a ponto de criar uma confusão com os likes), enquanto outras empresas realmente estavam preocupadas em trazer novidades para o mercado móvel, como o Vine, aplicativo em que o usuário compartilha vídeos curtos com outros usuários. Isso em um estilo tão parecido com o Instagram que ficou conhecido como “Instagram em movimento”.
O sucesso do Vine foi tamanho que fez com que vários usuários do Instagram migrassem para a plataforma (utilizando a primeira para vídeos e a segunda para fotos), inclusive muitos artistas. Com isso o lançamento da atualização de hoje, o Instagram tenta frear o desenvolvimento da ferramenta do maior rival do Facebook: o Twitter.
Com essa briga pelo mercado de vídeos curtos em dispositivos móveis temos uma grande incógnita no mercado. Os usuários do Vine vão abandonar a ferramenta? Os usuários do Instagram vão adotar os vídeos? Ainda é cedo pra afirmar alguma coisa. Ao contrário de mim, os usuários do Instagram que não conheciam ou não utilizavam o Vine para compartilhar vídeos gostaram da ideia. Já eu acho que vai virar uma salada só. Resta ver no que vai dar.
Kotler já dizia em Marketing 3.0 que uma marca bem sucedida deixa de fazer parte da empresa e passa a ser de domínio do consumidor. Essa semana vimos que este fato pode aplicar-se também a campanhas.
O filme publicitário Vem Pra Rua era pra ser apenas um trabalho de marca da Fiat, mas o que era pra ser um jingle para uma campanha de uma montadora automotiva sobre a Copa do Mundo acabou se tornando na trilha de um dos momentos mais históricos da história desse país.
Com refrões convidativos como “Vem pra rua porque a rua é a maior arquibancada do Brasil” e uma melodia que ecoa na cabeça, fica difícil qualquer ser que está acompanhando os protestos em todo o país não acabar relacionando o conteúdo da canção com o caráter do movimento. Há até quem compare a música “Vem Pra Rua” com “Pra Não Dizer que Não Falei das Flores”, de Geraldo Vandré, que acabou virando hino da luta
Nem a Johnie Walker escapou dos riscos de se arrecadar mind share com campanhas como a investida da empresa no patriotismo brasileiro com a campanha “Keep Walking Brazil”, onde o Pão de Açúcar ganha vida e é retratado como um Gigante Brasileiro que, numa metáfora do país, acordou.
O resultado foi uma mistura dos ideais transmitidos pelas duas campanhas impressos em duas hashtags mais utilizadas nos posts relacionados às manifestações como #vemprarua e #ogiganteacordou, além da criação de vídeos como o seguinte, que na minha opinião é sensacional:
A campanha da Johnie Walker já não tem mais investimento em mídia convencional e, ao contrário do que muitos sites andaram dizendo, a Fiat não removeu a campanha do ar. Segundo o Radar da Propaganda a Fiat garantiu que a peça só sairá da mídia no próximo sábado por uma questão de cronograma de mídia. O que parece ser verdade, visto que enquanto eu escrevo este artigo eu acabei de assistir o comercial na TV.
De acordo com João Ciaco, Diretor de Marketing da Fiat, “A música não é mais da Fiat, é das pessoas” e assim que o anúncio sair do ar as pessoas estarão livres para utilizar a música para outros fins.
Não queria estar na pele do Diretor de Marketing da Fiat para escolher entre o tão buscado sucesso de um viral e o risco de ser responsável por qualquer problema que a utilização da música nos protestos possa causar à marca.
Com informações de Economia Estadão
Em meio a protestos em todo o país e o Youtube pipocando novos vídeos revolucionários, o Google resolveu promover a partir de hoje a Semana da Comédia no site de compartilhamento de vídeos mais utilizado no Brasil e no mundo.
O objetivo da Semana da Comédia é reunir vídeos dos melhores humoristas do país e reunir todos em uma espécie de pocket show ao vivo com transmissão oficial pelo canal do Youtube no Brasil. Seria ótimo se o país não estivesse praticamente em guerra civil. Tanto que alguns humoristas divulgaram o evento nas redes sociais quase que se lamentando ou pedindo desculpas para o público.
Segundo Flavia Simon, gerente de Marketing do Google Brasil a ideia é atingir o público jovem da internet. “Queremos celebrar a comédia no YouTube e fazer com que as pessoas descubram novos talentos. A plataforma é um grande palco para comediantes encontrarem a audiência dessa nova geração de consumidores”.
Óbvio que a empresa não tinha como prever os últimos acontecimentos e na verdade havia muitas pessoas e artistas envolvidas no evento, mas eu acho que um adiamento do evento e uma explicação aos espectadores que esperavam a Semana da Comédia seria melhor do que tentar fazer graça em um momento tão delicado da sociedade brasileira.
Em abril deste ano, Monica Bergamo publicou em sua coluna na Folha de S. Paulo que a Globo apresentaria um novo logo no dia 26 do mesmo mês. A coluna ainda informava que o logo era um projeto do renomado Hans Donner para simplificar e dar mais vida à marca. Removendo aquele aspecto metalizado que o logo foi ganhando ao longo dos anos. Ainda segundo a coluna o novo logo era para ter sido apresentado naquele fiasco evento “vem aí”, mas não ficou pronto a tempo.
Pela descrição de Donner, podemos suspeitar da adoção da mais nova tendência de Design que despertou com a Microsoft e sua interface Modern/Metro e agora se espelha por aí: o flat design.
O fato é que quase dois meses se passaram e nada de mudanças na nova marca. De lá pra cá o que se tem visto é uma grande salada de utilização de uma marca que abusa do flat design e a outra espelhada que já conhecemos desde 2008. Como no exemplo abaixo, onde ao fim de um programa a emissora exibe o logo chapado, que cresce e em uma transição bem porca se torna o logo atual.
Parece que já que a empresa não conseguiu lançar a nova marca no evento, a intenção agora é renovar toda a comunicação que envolve a marca da empresa pra depois anunciar a mudança nas telinhas, porque desde a coluna de Mônica, a Globo vem atualizando a identidade visual de todos os seus produtos e itens, que vão desde o crachá.,,
Ao quiosque a empresa mantém na orla da praia de Copacabana.
Parece que a ideia de cores mais vivas e uma marca mais chapada adotada por várias empresas nos últimos tempos também pegou o tiozão do Design.
Agora é só esperar pra que não seja verdade o boato de que a empresa teria adiado o lançamento para o evento de 50 anos da Rede Globo, porque além de eu não aguentar mais essa mistura de chapado e reflexo, pode ser que até lá esta mesma identidade já esteja um pouco ultrapassada.
19h20 marcava o relógio. Eu estava um tanto preocupado, pois acabava de sair da minha prova de SIC, abreviação de uma matéria que atormentou minha vida todo esse semestre. Ao por o pé pra fora do edifício Reverendo Wilson do Mackenzie, eu me sentia como se tivesse viajando no tempo. O fato é que meu nervosismo estava prestes a sumir, porque o Brasil da forma como eu conhecia estava prestes a sumir.
Parecia que tinha sonhado e estava ali na tão falada Ditadura Militar. O céu estava vermelho e refletia flashes de bombas que explodiam. A música de fundo era um misto de sirenes com explosões e a cada vez que eu olhava em direção à rua da Consolação uma grande dúvida pairava sobre minha mente: “Estamos em guerra e ninguém avisou?”
Eu sabia que haveria um ato contra o aumento das passagens. Sabia também que a polícia estava atuando com demasiada truculência, mas não tinha ideia do que estava prestes a presenciar. Era a amostra de uma guerra civil. O início de uma revolta nacional, o estopim de anos de impunidade política e criminal.
O portão da rua Piauí estava praticamente fechado. O segurança segurava a porta como quem guarda o Palácio do Planalto. Hora de entrar na Faculdade novamente para me proteger. Atravessei a Universidade e ao chegar no portão que dava à Maria Antônia, notei que a coisa era realmente séria. O portão estava fechado, ninguém poderia sair por ali.
A portaria principal da Consolação eu não tenho ideia de como estava, mas a exemplo das outras portarias devia estar covardemente fechada. Era difícil de entrar e sair, afinal por motivos óbvios, a instituição tinha medo de que a ira pudesse se voltar contra a própria universidade.
A última alternativa possível foi feita. Corri para minha última opção no quarteirão em que se encontra a universidade: Rua Itambé. O portão estava aberto enquanto os seguranças pareciam inquietos sem saber o que fazer.
Desci com medo. Medo de ser atingido por alguém. Medo de ser confundido com um manifestante, medo de ser confundido com um ser que exerce sua cidadania, que cobra a democracia, que acredita num mundo melhor. Desci desejando que aqueles homens fardados olhassem para minha cara e não vissem nada além de um covarde que pela infelicidade do destino cruzava o caminho daquelas pessoas.
Chegando na estação Santa Cecília do Metrô, adivinhem só: o transporte público, pauta de toda aquela guerra, estava um caos. Os trens andavam em velocidade e quantidade reduzidas. Cada trem que parava estava tão cheio que nem mesmo os paulistanos mais acostumados a serem dublês de sardinha conseguiam entrar. Enquanto isso, trens vazios passavam o tempo todo por nós indo em direção a áreas mais críticas, como República e Sé.
Resultado: uma hora e meia esperando feito retardados, com direito até mesmo a tentativas suicidas de parar um trem vazio, como a do senhor querendo pular na via para que o trem parasse para não atropelá-lo e assim todos pudessem embarcar (!).
Nesse meio tempo a tecnologia foi minha companheira. Eu e mais dois amigos acompanhamos minuto a minuto tudo o que estava acontecendo, horrorizados. A cada “Puxe/Solte para atualizar” dado no Facebook ou no Twitter o que se via era atrocidades e mais atrocidades feitas por quem deveria estar ali para nos proteger. Aqui vai o top 4 mais impressionante na minha opinião.
E na TV? Eram propagadas coisas como essa enquete tendenciosa do Datena (que se deu mal e precisou mudar o discurso pra não passar vergonha ou perder audiência):
Ou esse dispensável comentário do Arnaldo Jabor, que sequer consegue fazer novos filmes decentes e quer dar palpite burguês em protestos proletários:
Eu me lembro que quando saí do interior para morar em São Paulo, o que mais me fascinava era estar dentro da TV. Cada vez que via um carro de TV, eu vibrava. Minha fixação pelos veículos de comunicação veio desde tão cedo que eu não sei nem dizer quando começou. Acho que é algo intrínseco. Mas dessa vez tudo o que eu não queria era estar dentro da TV. Era meu medo de ser notícia, era o medo do que minha família a 170 km de distância poderia imaginar ao saber que eu estava ali, no meio do fogo cruzado. Tudo o que eu queria era poder gritar. Chamar a polícia e dizer: “corram, estão atacando civis de bem lá fora!”, mas, espera aí. Eles eram os criminosos ali e, em uma novela, estavam sendo demonstrados como heróis.
A internet, que foi fator primordial para inúmeras revoluções ao redor do mundo, era a mais nova aliada do brasileiro. Já perdi a conta do número de artigos, posts, tuítes etc que já vi ou li em relação a esse movimento. Os ativistas de sofá talvez não mereçam mais ser chamados assim, porque eles resolveram levantar e ir às ruas. Não adianta querer minimizar o efeito de sua união, ou a força de suas convicções, muito menos descaracterizar o movimento. Está tudo sólido.
Como mesmo na internet nem tudo são flores, o Facebook andou apagando centenas de comentários ou simplesmente ocultando-os das devidas timelines por, segundo a empresa, violarem os termos de uso. Chegando até mesmo a bloquear usuários que postaram palavras de agressões como no exemplo abaixo, vivido pelo nosso colaborador Guilherme Ibanes, que redundantemente relacionava “ignorância” ao ato de ler a revista “Veja”:
O problema é que o Facebook representa 67% dos acessos a redes sociais enquanto o Twitter, uma rede social mais democrática, ainda fica atrás do Orkut em acessos, com aproximadamente 1,75%.
Mesmo assim, a participação das redes sociais teve um ótimo desempenho no nosso país. Acima do que os arcaicos esperavam e no ponto que nós jovens já conhecemos. Com destaque para o Tumblr. O serviço, que é uma mistura de Blogue com Twitter, foi crucial para reunião de provas legítimas de abuso de poder e serviu como púlpito para civis injustiçados mudos por um sistema de governo que faz ecoar em pleno 2013 a icônica canção de Chico e Gil de nome ambíguo.
E depois de tudo o que presenciei e vi pelas redes sociais, se houvesse um apagão como na Síria ou no Egito, não ficaria nem um pouco surpreso.
Aqueles que ainda acreditam que a revolta é por R$ 0,20 como nosso querido amigo Jabor, eu só lamento. 20 centavos foram a faísca para reacender a cidadania dentro de cada um dos brasileiros. 20 centavos foi o que bastou para que a população deixasse de lado o pacifismo transformado em passividade. 20 centavos fez com que o brasileiro exercitasse um novo jeitinho: o jeitinho de ir às ruas lutar por seus direitos e de agir como veículo de comunicação voltado aos seus semelhantes. E esse é só o começo. O desfecho está por vir. O que vai dar, eu não sei. Mas de uma coisa eu tenho certeza. Eu vivi a história que nossos filhos aprenderão nas escolas daqui a alguns anos.
Eu queria terminar este post explicando a existência de um post com caráter político em um blog de publicidade e tecnologia. Em primeiro lugar, este é um Blog completamente independente e minha intenção sempre foi falar sobre tudo que faz parte do cotidiano de um “Geek Publicitário”. Isso envolve religião, política e futebol ou qualquer que seja o tema.
Segundo, quero dizer que como comunicador, uma das primeiras coisas que aprendi em comunicação é que todo texto possui um pronunciamento e é isso que difere uma matéria da outra. E é por isso que vivemos em uma Democracia. Nenhum momento escondi ou esconderei minha opinião. Depois dos fatos descritos neste texto me parece um pouco hipócrita de minha parte continuar a escrever sobre as minhas últimas impressões do mercado Geek Publicitário enquanto uma guerra civil se estabelece lá fora.
Você tem todo o direito de discordar de mim e é por este motivo que existem os comentários ali em baixo. Exponha sua opinião, mas não esqueça de ser educado.
God Bless America, um filme de Bod Goldthwait de 2011 e um dos poucos que dizem tanto sobre os Estados Unidos. Sem o eufemismo e a super valorização do povo e de sua cultura, é uma crítica pesada aos costumes e cotidiano de seu povo.
Uma tipica comédia de humor negro e sátiras por todo lado. Claro e objetivo sem muitos rodeios, Bod Goldthwait consegue envolver e entreter o telespectador com um argumento um tanto delicado que guiará para um discurso “que merda estamos fazendo com nós mesmos?!”.
Chegamos até a nos identificar por diversas vezes com a dupla (Frank e Roxy) através de diversas quadros que se passam, deixando totalmente de lado o senso ético e dando espaço a uma moral até então adormecida. Esquecemos do politicamente correto e nos deixamos levar, chegando até a torcer pelo massacre que está por vir, porque no fundo concordamos com seus bem estruturados argumentos. Afinal, quem nunca teve vontade de agir por conta própria e acabar com pessoas desagradáveis?
Somos, infelizmente, nada mais, nada menos que uma réplica da sociedade moderna, manipulado pelos seus ideais de cultura e sociedade, guiados principalmente pelo meio de massa, TV. Sim, a TV é muito mais que um bloco a cores que transmite entretenimento. É um meio de nos transformar em meros consumidores baratos.
O filme é muito bem empenhado em seu papel de dizer: “Para tudo e reparem um pouco em volta, tomem as rédias de suas atitudes e percebam no que estamos no tornando”. Longe de uma historinha de romance casual ou uma super produção hollywoodiana, God Bless America me lembra muito a ideologia trazida nos filmes de Godard. Claro, que longe do cenário de background francês e sem a maestreza do mesmo, mas adaptado a um cenário americano moderno. É um filme que está além do seu papel fílmico de entretenimento, passando uma mensagem um tanto rica para uma sociedade que parece que deixou lado seus próprios ideais.
Enfim, é um humor cético, porém real. Recomendo a todas as classes, gêneros e idades.