O mercado da comunicação já entendeu que é mais do que necessário reconhecer a importância de promover a diversidade. Mas quando o assunto é promover acessibilidade a plataformas, produtos ou serviços, as empresas oferecem a soluções pouco diversas, quase como se assumissem que todas as pessoas com deficiência tivesse os mesmos gostos e necessidades. O que não é real.
Durante o painel “Diversity Spotlight – Playing to our strengths” (Diversidade em Destaque – Jogando com nossos pontos fortes), os criadores de conteúdo Jessica Mocabe, Imani Barbarin e Pat Valentine comentaram um pouco sobre suas experiências com as diferentes plataformas de criação de conteúdo. Entre as principais dores de todos eles está a dificuldade das plataformas em conseguirem levar em consideração todas as especificidades de cada pessoa com deficiência.
Jessica Mocabe relembrou que o Youtube oferece mais opções de monetização para vídeos com mais de 10 minutos. No entanto, como ela se comunica com um público que tem TDAH, esta é uma tarefa difícil. Isso porque eles normalmente não dispensam tanto tempo com este tipo de conteúdo. “Nós temos que procurar alternativas para conseguirmos usar as plataformas. Nós não queremos sobreviver nessas plataformas. Nós queremos nos divertir.”, acrescentou Imani Barbarin.
Para Pat Valentine, que faz um enorme sucesso no Tiktok com seu irmão portador de Síndrome de Down, embora ainda haja um bom caminho a ser percorrido, a rede chinesa é muito superior quando o assunto é acessibilidade. Para ele, um dos diferenciais é uma preocupação aparente da rede em ouvir o que os criadores têm a dizer. “Uma das melhores coisas a se fazer é ouvir. Somente ouvir já é parte de uma grande coisa a se fazer. Ouvir, implementar, educar-se.”, afirmou.
O painel foi mediado por Aidan Bryant, do Youtube, que se comprometeu a anotar e levar ao time algumas das demandas discutidas no espaço.
O GKPB viajou para Anaheim, na Califórnia, para cobrir a VidCon 2022 a convite da Leo Burnett Tailor Made.