Em meados de 2018, a Huawei era considerada uma das maiores fabricantes mundiais de smartphones. A empresa apresentava um objetivo de ultrapassar a Apple e a Samsung e tornar-se líder mundial de mercado mobile até 2020. Entretanto, no final deste mesmo ano, começaram a surgir rumores preocupantes nos Estados Unidos sobre a marca, e também em alguns outros países, o que acabou levando o sistema operacional Android a se “desconectar” da marca.
Desde então, a Huawei vem apresentando cada vez menos prioridade para o lançamento de novos produtos na Europa, já que a empresa não pode mais usar o ecossistema de aplicativos do Google e equipar seus dispositivos com conexão 5G. A partir disso, rumores apontam que a empresa pode deixar de atuar no mercado europeu.
O bloqueio dos EUA não fez efeito na China, porém destruiu as bases de sustento da Huawei, já que sem acesso à Google Play Store, ao Gmail, YouTube, Maps, entre outros serviços. Os seus smartphones se tornaram, para todos, consideravelmente menos agradáveis de serem utilizados.
Assim, apesar da resistência dos representantes locais da Huawei, o destino já estava traçado. Pouco a pouco, as lojas físicas da Huawei em diversos locais começaram a fechar e os celulares foram ficando nas prateleiras. O portal de notícias europeu publicou o seguinte tweet:
“A Huawei está desistindo da Europa. O motivo tem pouco a ver com o potencial comercial da empresa e tudo a ver com política. Aqui, levamos você para dentro do pivô estratégico da empresa de tecnologia chinesa longe da Europa – e como os EUA desempenharam um papel”, em português.
Mas em julho deste ano, as coisas se tornaram um pouco diferentes. O fundador da Huawei, Ren Zhengfei, expôs aos executivos o trio de desafios que a Huawei enfrentou nos últimos três anos, estando estre eles: a hostilidade de Washington, as interrupções da pandemia de COVID-19 e por último a invasão da Rússia na Ucrânia.
Neste último desafio, a Invasão na Ucrânia também ajudou com que os cidadãos europeus começarem a desconfiar da parceria do continente com a China, que é acusada de ajudar a Rússia na invasão. A partir disso, foi informado que a Huawei continuará em atividade apenas na China com prioridade absoluta.