Parece loucura imaginar um mundo com redes sociais sem seguidores, não parece? Talvez eles ainda continuem existindo por um bom tempo, mas o fato é que o fim dos seguidores está cada vez mais próximo e esse fator já não é mais tão relevante para o alcance do conteúdo produzido pelos criadores nas redes sociais.
No Break Publicitário #14, Matheus Ferreira e Erik Rocha falam um pouco sobre o modelo de algoritmo que deve reinar nas redes sociais nos próximos anos, como o TikTok influenciou este processo e como o Instagram deve mudar radicalmente em breve para se adaptar a esta nova realidade.
Como as redes sociais funcionam?
Antes que a gente percebesse a ideia de “ter seguidores” se tornou comum na nossa rotina e fomos nos acostumando com essa ideia, mas como será que isso tudo realmente funciona?
Diferente do Orkut, onde você precisava adicionar alguém para receber os “conteúdos” daquela pessoa, o Twitter chegou com a proposta de que bastava seguir alguém, sem a necessidade de ser seguido de volta, para ficar por dentro das novidades.
O Twitter inclusive, como já falamos aqui no Break Publicitário, foi quem criou o selo de verificado para identificar as pessoas que possuíam mais seguidores e, com o tempo, fomos nos acostumando com isso em todas as plataformas.
Hoje em dia, no Instagram por exemplo, a quantidade de seguidores que você tem basicamente limita o seu alcance dentro da rede social, ou seja, se você tem 3 mil seguidores, são para esses 3 mil seguidores que seu conteúdo será entregue (embora na prática não seja bem assim).
Entretanto existem outras formas de propagar seu conteúdo para outros usuários da rede que não sejam seus seguidores, são eles:
- Explorar: Que é basicamente um grande “search” da plataforma, indicando conteúdos que possam te agradar de alguma forma;
- Compartilhamentos: Caso as pessoas compartilhem suas publicações nos Stories ou via mensagem, assim seu conteúdo pode “furar a bolha”.
Mas para isso acontecer, tudo acaba girando em torno da sua quantidade de seguidores. Ou seja, o seu conteúdo acaba sendo entregue para aproximadamente 10% dos seus seguidores e, por isso, é comum ver contas de 3 mil seguidores com 300 curtidas nas publicações (embora já não seja tão comum assim uma conta com 50 mil seguidores ter 50 likes).
E isso desencandeou uma ideia de que ter seguidores é muito necessário, fazendo com que tanto as marcas virem os olhos para quem tem poucos seguidores, quanto os próprios usuários passaram a procurar por meios de aumentar esse número, comprando seguidores.
A chegada do TikTok
O TikTok chegou virando o jogo e, ainda que fosse contra o ritmo que se estava seguindo nas redes sociais, causou uma reviravolta no mercado dos criadores de conteúdo, pois trabalha com um algoritmo que não favorece quem tem muitos seguidores.
Se o vídeo publicado na plataforma apresenta um bom conteúdo e recebe engajamento, ele será distribuído para os outros usuários ainda que você não tenha muitos seguidores.
Essa nova maneira de produzir conteúdo na Internet chamou a atenção de muitas pessoas que viram seus projetos finalmente serem valorizados e esse foi um dos motivos do “boom” do TikTok.
Os jobs com influenciadores do TikTok
Nessa nova fase, os influenciadores acabam ganhando mais chances de furar suas bolhas, já que as marcas passam a visar o direito de imagem para participação de campanhas, em vez de simples publicações no Feed.
Alguns exemplos interessantes desse novo formato são o TikToker Khaby Lame, que lançou uma campanha com a 99, e a bebê Alice, que fez filme para o Itaú, já acumulando mais de 6 milhões de visualizações apenas no YouTube.
Considerações finais
O movimento que o TikTok trouxe para as redes sociais é muito importante, principalmente para os criadores de conteúdo, visto que a tecnologia que a rede social oferece dentro da plataforma funciona privilegiando o conteúdo.
É uma questão de tempo até começarmos a ver mudanças significativas na maneira como o Instagram funciona e, em breve, devemos chegar em um momento onde os números dos seguidores deixarão de ter tanta importância e chegarão ao seu fim.
Caso você tenha interesse em conferir toda conversa do podcast sobre o fim dos seguidores na íntegra você pode ouvir ou assistir o Break Publicitário em todas as plataformas digitais.