A Fundação Dorina Nowill para Cegos é referência na produção de conteúdo acessível para pessoas cegas e com baixa visão em todo o Brasil e tem ajudado empresas dos mais diferentes tamanhos a tornarem seus produtos mais acessíveis e a atingirem um público consumidor que sempre existiu, mas que não era atendido por uma comunicação inacessível.
Neste episódio do GKPBcast, Matheus Ferreira foi até o instituto para bater um papo com Bruno Rocha, Coordenador Comercial da Fundação Dorina. Durante a conversa, Matheus e Bruno passaram por algumas das principais dúvidas e dilemas que as marcas passam no dia-a-dia. O papo está imperdível.
Confira o episódio completo no YouTube, Spotify, Deezer ou qualquer outra plataforma de streaming que seja da sua preferência.
Resumo do episódio
O episódio do GKPBcast apresenta uma conversa enriquecedora com Bruno Rocha, coordenador comercial da Fundação Dorina Nowill, que explora a crucial importância da acessibilidade no conteúdo para pessoas com deficiência visual e orienta como as marcas podem se adaptar a essa realidade. Dados do censo de 2022 revelam a urgência do tema, indicando que aproximadamente 8 milhões dos quase 15 milhões de brasileiros com deficiência declaram ter alguma dificuldade de enxergar. O maior erro das marcas, segundo Rocha, é justamente ignorar ou negligenciar a existência desse público, pressupondo, de forma equivocada, que a implementação da acessibilidade é complexa ou que não há demanda.
A Fundação Dorina Nowill, com quase 80 anos de história, destaca-se como uma instituição sem fins lucrativos dedicada à inclusão de pessoas com deficiência visual. Ela oferece uma gama de serviços gratuitos, incluindo transcrição, revisão e impressão em braile, produção de audiolivros, material digital acessível e consultorias especializadas em acessibilidade web e arquitetônica, consolidando-se como um pilar de apoio e conhecimento.
Bruno Rocha enfaticamente posiciona a acessibilidade como um investimento estratégico, e não como um custo. Ao integrar a acessibilidade no planejamento desde as fases iniciais do desenvolvimento de produtos, o investimento é diluído, alcançando um vasto número de consumidores e gerando um impacto positivo significativo na imagem da marca, além de promover um valioso engajamento social. O vídeo ilustra o sucesso dessa abordagem com exemplos notáveis: a Minalba, que inovou ao incluir relevo em braile em suas latas, permitindo a identificação do produto por pessoas com deficiência visual; um painel de mídia out-of-home em parceria com a JCDecaux, que utiliza inteligência artificial para descrever propagandas; e o álbum de figurinhas da Panini, que combina relevo e QR Codes acessíveis, democratizando a experiência.
A tecnologia, especialmente a inteligência artificial e os QR Codes acessíveis, emerge como uma ferramenta fundamental na evolução da acessibilidade, mas Rocha ressalta a indispensável revisão humana para garantir a precisão. Para as marcas que desejam embarcar nessa jornada inclusiva, as recomendações são claras: buscar conhecimento, estabelecer um diálogo contínuo com pessoas com deficiência visual e instituições de referência como a Fundação Dorina Nowill, e persistir, não desistindo na primeira tentativa. O vídeo encerra com um convite aberto para que marcas e indivíduos se conectem à Fundação, aprofundando seu aprendizado e colaborando para um futuro mais acessível.
Como criar conteúdo acessível – Completo no Spotify
Episódios anteriores:
- As marcas brasileiras mais valiosas de 24/25;
- Como a Coco Leve conquistou o Brasil (com Pedro Henrique);
- A Juniorização do Mercado de Marketing e Comunicação.