O BBB 17 já está entre nós e depois de muitas notícias sobre as novidades que aguardavam a décima sétima edição do programa, nós finalmente fomos apresentados ao nosso novo velho amigo.
Ainda que com muito fôlego, o Big Brother Brasil já pode ser considerado o avô dos realities no Brasil. E neste ano o programa recebeu uma das principais mudanças de todos os tempos. O tradicional apresentador Pedro Bial sai de cena para a chegada do onipresente Tiago Leifert.
Tiago Leifert? OK, pode entrar…
Dos possíveis problemas da estreia do BBB 17, a mudança do apresentador foi realmente o de menos; pra não dizer um dos poucos pontos positivos do programa.
Tiago Leifert realmente provou que tem tudo o que a Globo precisa para este momento de transição do público da TV brasileira: ele fala bem com os mais velhos e tem a esperteza dos mais novos. Aliás, ouvir palavras “memes” “gif” e “hashtag” no BBB ainda me causou estranheza.
Se por um lado a surpresa foi positiva com Leifert, por outro, o restante da estreia só trouxe decepções. Os tais gêmeos, únicos moradores da casa até o momento, provaram que muita intimidade entre irmãos dentro de um reality só tem graça para eles mesmos. A nós restou apenas alguns diálogos vazios e sem qualquer empolgação.
Já a casa ficou mais bonita, isso é verdade. A Sala, no entanto, não se pode dizer o mesmo. Uma tela vai do chão ao teto para mostrar o apresentador de corpo inteiro à la Jornal Nacional, no entanto a perceptível falta de qualidade da tela e a borda de madeira deram um aspecto realmente antigo a todo o resto.
Rafael Cortez? Sério?
Tem algumas coisas que eu nunca vou entender porque diabos a Globo insiste tanto e uma delas é o Rafael Cortez, mas por algum motivo alguém achou que seria interessante dar um quadro a ele dentro do programa. O resultado foi aquilo que a gente já até aproveita pra ir no banheiro, conferir o Twitter ou ver o que tá passando em outros canais.
Outra novidade foram “Os Silva”, alguns fantoches que saíram do mesmo planeta dos cavalinhos do Fantástico para tentar entregar o pai que finge não assistir BBB.
Desinteresse dos patrocinadores
Diante de tantas mudanças, o mercado reagiu com medo. Pela primeira vez o programa começou antes da venda de 100% da cota de patrocínio que tem valor de tabela de nada menos que R$ 34,7 milhões.
E se alguém imaginou que o problema fosse a possibilidade de baixa audiência, o departamento comercial da Globo deve trabalhar bastante amanhã. Isso porque o programa registrou os maiores números na estreia desde 2014.
Essa foi apenas a estreia de um programa quase refeito do zero. Sem Bial, Boninho e a tradição dando espaço às novas tecnologias, o BBB deve se sentir como um senhor que troca de emprego depois de muitos anos exercendo a mesma função. A minha aposta é que em alguns anos teremos algo bem melhor. Mas por enquanto ainda vai ser preciso um longo caminho.