A sorveteria Ben & Jerry’s está sempre engajada nas questões LGBTQIA+. Guiada pelos seus Valores Centrais, a empresa busca em todos os pilares de atuação do negócio promover os direitos humanos, a dignidade e apoiar a justiça social e econômica para comunidades historicamente marginalizadas, o que contempla a realidade de pessoas trans. Tendo em vista seu propósito, a marca acaba de se unir ao Instituto [SSEX BBOX], idealizador da Marcha do Orgulho Trans de São Paulo, para apoiar a edição do evento deste ano, que acontece no decorrer do dia 9 de junho, no Largo do Arouche.
Por meio da campanha de financiamento coletivo “A transformação está em marcha”, que possibilitará a realização da 6ª Marcha do Orgulho Trans de São Paulo, que contempla ainda a Feira Trans, que visa quebrar as barreiras e o preconceito com base em iniciativas educacionais, Ben & Jerry’s doará R$ 1,00 a cada real doado pelo público. Dessa forma, a marca de sorvetes pretende agilizar o alcance da meta estabelecida para viabilizar o evento.
“A campanha, além de trazer informações sobre a realidade da população trans brasileira, convida fãs de Ben & Jerry’s a se tornarem parte da transformação social, trazendo o ativismo para prática, pois toda construção de mudança social é coletiva e as empresas não estão isentas desse movimento”, afirma Ananda Puchta, responsável pela pasta de Ativismo e Missão Social da Ben & Jerry’s.
O evento é uma iniciativa do Instituto [SSEX BBOX], que com mais de uma década de pesquisa, desenvolveu uma série de projetos, programas e iniciativas para destacar a diversidade, inclusão e a equidade sobre os temas de gênero, sexualidade, população LGBTQIAP+, raça, etnia e pessoas com deficiência.
Segundo o relatório divulgado pela ANTRA, Associação Nacional de Travestis e Transexuais, o Brasil é, pelo 14º ano consecutivo, o país que mais mata pessoas trans no mundo. É importante lembrar que, quando o tema “LGBTQIAP+” é debatido, pessoas trans são invisibilizadas e a realidade está muito aquém dos progressos alcançados pelas letras de maior destaque dentro da comunidade. Em 2022, 131 pessoas trans foram vítimas de homicídio no Brasil, a maioria delas entre 18 e 29 anos, o que traz à tona mais um fato alarmante: a expectativa de vida das pessoas trans no Brasil é de apenas 35 anos.
Em 2022, em sua quinta edição, o maior evento Trans da América Latina, a Marcha do Orgulho Trans de São Paulo, que vem crescendo a cada ano e dando destaque para a luta contra essa desigualdade social, alcançou mais de 600 mil pessoas de dentro e fora do país, com conteúdo online e uma live que obteve visibilidade em grandes plataformas de mídia, jornais e emissoras de TV. Presencialmente, mais de 16 mil pessoas e empresas estiveram presentes nos eventos dedicados a discutir segurança, direitos, empreendedorismo e empregabilidade de pessoas trans.
“Não existe justiça social sem justiça econômica e o acesso ao mundo dos negócios e da tecnologia para pessoas Trans é peça central da discussão sobre o futuro do trabalho”, explica Pri Bertucci, pessoa trans não binária, idealizadore da Marcha Trans, CEO da [DIVERSITY BBOX], consultoria especializada em diversidade e equidade e fundadore do Instituto [SSEX BBOX].
As ações do Instituto incluem apresentar ferramentas, conteúdos educacionais, e soluções estratégicas visando o exercício do olhar interseccional para grupos sub-representados, realizando atividades em diversas cidades pelo mundo.