A CUFA (Central Única das Favelas), Gerando Falcões e Frente Nacional Antirracista são organizações que mais conhecem a realidade de comunidades vulneráveis no Brasil. E, por isso, se juntaram para uma campanha contra a fome, o Movimento Panela Cheia.
A iniciativa chega para ajudar o impacto causado pela pandemia de COVID-19, em que a fome se alastrou ainda mais pelo país. Com uma mensagem clara: “Fome mata. Panela cheia salva”, a campanha tem como objetivo arrecadar 2 milhões de cestas básicas para distribuição em todo o país.
“Duas organizações da favela estão se unindo em uma só campanha, com apoio de entidades sérias e importantes. Mas precisamos de toda a sociedade sensível ao tema e trabalhando junto para solucionar o problema da fome. É desesperador ver tanta mãe de família sem comida em casa”, explica Eduardo Lyra, criador e CEO da Gerando Falcões.
Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em setembro de 2020, 10 milhões de pessoas estavam em situação de “insegurança alimentar grave”, ou seja, fome. “Este número é bem pior hoje em dia. Estamos chegando perto de uma calamidade porque a pandemia fez piorar ainda mais uma situação que já era gravíssima. A sociedade precisa ter visibilidade disso e agir rapidamente”, afirma Preto Zezé, presidente global da CUFA.
A união das entidades também busca mais participação de empresários na doação de cestas básicas. Até o momento as organizações conseguiram o apoio da UniãoSP, e cooperação da UNESCO.
O filme da campanha, assinada pela agência Africa, contém a participação de Simoninha e Jair Oliveira na produção do jingle. E ainda artistas como: Alcione, Péricles, Fernanda Abreu, Maria Rita, Naiara Azevedo, Carlinhos Brown, Dudu Nobre, Zeca Pagodinho, Lexa e Vanessa da Mata gravaram participações especiais, sem qualquer cachê.
Para ajudar, basta acessar o site oficial do Movimento Panela Cheia, selecionar uma das instituições, escolher o valor e fazer a doação.