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Estudo do Gloob aponta efeitos da pandemia nas crianças

Estudo "Entretempos", do Gloob, revelou os efeitos da pandemia nas crianças e nos pais durante as diferentes fases do isolamento social. Veja.

Uma coisa é fato, ninguém saiu ileso do isolamento social imposto pela pandemia do novo Coronavírus. E se nós, adultos, já não sabemos lidar muito bem com todos os impactos deste momento que ainda estamos vivendo, como será que estão as crianças? E foi pensando exatamente nisso, que o pessoal do Gloob em parceria com o coletivo Trsuru e Quantas lançaram o estudo “Entretempos, relatos e apredizados sobre as crianças nessa pandemia”.

Medo e ansiedade versus Final de semana prolongado

Medo e ansiedade foram os sentimentos mais presentes nas respostas dos pais em relação ao começo do isolamento. Já para as crianças, foi como se a vida tivesse virado um grande final de semana. Nessa nova realidade, as telas do celular, da TV e do computador ganharam ainda mais tempo ao longo do dia, inclusive como uma forma de manter contato com o mundo exterior.

Segundo o levantamento, 78% das crianças afirmam que jogam games todos os dias, enquanto que a percepção dos pais sobre a rotina dos filhos é que 76% passaram a ver mais televisão, 74% assistem mais a vídeos na internet e 73% acompanham por mais tempo a vida dos youtubers. Ainda neste contexto, 46% reduziram a prática de esportes, mas em contrapartida, os dados revelam que as brincadeiras, a leitura e o sono também ganharam mais espaço na vida das crianças durante o período de confinamento.

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Tristeza, preocupação e informação

A pesquisa mostra que, assim como para os adultos, esse tempo de reclusão gerou tristeza e preocupação em 57% das crianças. Quando perguntadas, 100% delas tinham total conhecimento sobre a Covid-19, seus impactos na sociedade, e demonstraram preocupação com a família, amigos, professores e também com os menos favorecidos.

Tiktok no topo da preferência

Durante o isolamento as atividades nas redes sociais se tornaram uma prática constante para as crianças – 45% declararam usar perfil próprio para as postagens. E foi o TikTok, com seus desafios de dança e outras atividades interativas, que ganhou espaço – 48% das crianças disseram postar na rede. Já o Facebook e o Instagram disputam o segundo lugar com 40%. Essas duas plataformas têm adesão ainda maior, principalmente, entre os mais velhos (10 a 11 anos).

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Mais conexão em família

Os laços foram revisitados com mais frequência, com tempo para o café da manhã demorado, o almoço com toda a família e um jantar especial feito em casa. 80% dos pais sentem que estão mais conectados com os filhos, 81% estão felizes com mais tempo em família e 73% disse que, no futuro, pretende alterar sua rotina para não perder o que foi conquistado. No entanto, as dificuldades também apareceram:  ⅓ dos pais concorda que ficou mais difícil equilibrar as múltiplas funções.

Estudos online

Uma questão preocupou os pais em relação aos estudos dos filhos: quem na casa assume o papel do professor? Em 79% dos casos essa função foi absorvida principalmente pelas mães, além das atividades do trabalho e do cuidado da casa. Para os pequenos, essa nova experiência de dinâmica escolar ainda é confusa. Em várias entrevistas, foram relatados problemas de conexão, muita gente falando ao mesmo tempo e dificuldades de concentração. Entre as faltas, os pais apontaram a redução das atividades artísticas (30%), assim como das atividades extracurriculares (27%) o dia a dia.

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Sobre a pesquisa

A pesquisa foi realizada de forma online e contou com uma fase qualitativa em julho e outra quantitativa, desenvolvida ao longo de setembro. Foram entrevistadas crianças entre 6 e 11 anos e pais com filhos nessa faixa etária nas cinco regiões do país. O conteúdo na íntegra estará disponível na Plataforma Gente.

“Todo o ano a gente escolhe um tema e investiga algum aspecto do comportamento infantil para entender profundamente o nosso público. E nesse ano de cabeça pra baixo, como está sendo 2020, não poderíamos deixar de colocar luz nesse momento de isolamento e entender como as crianças, os pais e educadores estão elaborando essa nova realidade.”, explica Luciane Neno, gerente de marketing e plataformas digitais da Unidade Infantil da Globo.

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