Eu até gosto de propagandas que incentivam a competição entre empresas. Sempre fiquei me questionando por que o mercado brasileiro é tão quadrado nesse quesito Depois de ver os últimos anúncios da Microsoft eu acho que até estou começando a concordar com este tom proibitivo que se adota por aqui. É confortante pensar que caso alguma empresa sangrando dinheiro fique desesperada, podemos evitar anúncios constrangedores como os da campanha Scroogled, da Microsoft.
No último dia 14 o Google realizou um evento, que tratamos bastante por aqui, para anunciar as maiores novidades da empresa nos últimos tempos. Em um dado momento da apresentação, o Google apresentou o vídeo abaixo, que fazia a mistura de música clássica e demonstrava a influência do navegador Chrome e a flexibilidade que ele oferece aos usuários.
Quase instantaneamente, vaza (aham…) um vídeo interno da Micrsoft:
Primeiro ponto:
O anúncio é ruim. Nos leva a pensar: “sério, Microsoft?”. O vídeo critica duramente o posicionamento estratégico do Google focado na publicidade, mas não oferece uma contra proposta. Qual a solução? Pagar preços absurdos em licenças de software que são encontrados aos montes pirateados e ficar lutando contra piratas nos tribunais ao redor do mundo?
Ainda que eu concordasse com esse modelo de venda de produtos sem o envolvimento de publicidade, eu acho que a Microsoft deveria era ficar bem quietinha, porque enquanto ela acusa o Google de utilizar informações pessoais para oferecer anúncios aos usuários, ela mesma vem se posicionando como uma “empresa de serviços”, barateando o custo da licença do sistema para investir em anúncios dentro do mesmo em aplicativos padrões como “Notícias”, “Clima”, “Finanças” etc.
E convenhamos, Microsoft, todos sabemos que dar uma licença do Windows 8 quase de graça não foi nada mais do que medo do fracasso iminente da venda de PCs, não é?
Engraçado ver a Microsoft reclamando de ser vítima de boicote e tentando atacar os concorrentes na tentativa de fazer os consumidores enxergarem uma imagem distorcida e bem parecida com aquela empresa que ditou regras na década de 90.
Pena que os tempos são outros…