Segundo dados da terceira edição da pesquisa VanPro, realizada pelo sistema Sinapro–Fenapro, cerca de 47% das agências de publicidade brasileiras já se recuperaram ou estão em vias de se recuperar do impacto da Covid-19 ainda em 2021.
O estudo, que contou com a participação de 320 empresas de 22 estados e do Distrito Federal, revelou ainda que 26% das agências não tiveram redução de receita em 2020 e 21% foram impactadas, mas avaliam com muito otimismo o cenário atual e preveem que se recuperarão antes do final de 2021.
“O otimismo aumentou consideravelmente entre as agências que participaram desta última edição do VanPro, concluída em março deste ano, comparativamente à penúltima edição de setembro de 2020. Constatamos que 50% das agências avaliam o cenário como positivo, em comparação a 41% em setembro e 16% em maio”, diz Daniel Queiroz, presidente da Fenapro (Federação Nacional das Agências de Propaganda).
A pesquisa mostra também que cerca de 41% das agências participantes ainda se encontram em um processo mais desafiador de reposicionamento, indicando que, embora as perspectivas sejam boas, a recuperação deve vir somente a partir de 2022.
Já 12% encontram-se em grandes dificuldades, avaliando que as perspectivas são ruins, com projeção de recuperação no prazo de mais de um ano e até com a possibilidade de interrupção das atividades.
“A VanPro de 2020 nos mostra uma categoria que enfrenta desafios de gestão com os novos formatos de trabalho e com as questões financeiras frente à conjuntura econômica, mas também mostra nossas fortalezas. Somos uma categoria com visão otimista, e a Fenapro já atua em conjunto com as agências nesse desafio de transformação”, comenta Ana Celina Bueno, diretora da Fenapro e que liderou a realização da pesquisa.
Segundo a VanPro, a maior parte das agências ouvidas, ou seja, 40%, têm faturamento de até R$ 1 milhão; 29% têm receita anual entre R$ 1 milhão e R$ 3 milhões; 11%, entre R$ 3 milhões e R$ 5 milhões, e perto de 10% têm receita de R$ 5 milhões a R$ 10 milhões. Empresas com receita anual superior a R$ 10 milhões também representam 10% dos respondentes.