O Clubhouse chegou de uma hora pra outra e de repente todo mundo ficou desesperado para conseguir seus convites, mas será que essa nova rede social vai longe? É sobre isso que o Matheus Ferreira e o Erik Rocha conversam no primeiro episódio do Break Publicitário, com participação especial de Márcio Avólio, Gerente de Marketing da Audi do Brasil.
De onde veio o Clubhouse?
O app foi criado em 2020 por um ex-funcionário do Google e explodiu com a apresentação do Elon Musk na plataforma, que foi seguida por outras grandes personalidades aqui no Brasil como Felipe Neto, Anitta e Luciano Huck.
Inicialmente encontrada apenas para iPhone (iOS), a rede social se popularizou por conta da necessidade de convite para conseguir fazer o uso apenas pelo app. O Clubhouse funciona por meio de eventos ao vivo que acontecem por áudio em salas de conversa que suportam até 5 mil pessoas.
Como o mercado publicitário se prepara para o Clubhouse?
Será que vale a pena ter o seu cliente ou colocar sua empresa na plataforma? Será que é melhor esperar pra ver no que dá e acabar chegando depois do seu concorrente? Para entender um pouco mais sobre essas perguntas, Márcio Avólio, Gerente de Marketing da Audi no Brasil, entra na conversa.
A Audi foi a primeira montadora do Brasil a entrar no Clubhouse trazendo a discussão sobre “a era dos veículos elétricos” com o gancho para falar sobre o modelo e-tron Sportback.
Quando perguntado sobre o motivo para estar no aplicativo, Márcio explica que “inovação” está no DNA da Audi e com a chegada do app no mercado seria interessante estar presente porque os públicos da marca e da rede social combinam.
Embora seja muito cedo para tirar conclusões sobre o sucesso do app, o gerente de marketing da Audi acredita que foi uma experiência enriquecedora, tanto para os consumidores que estavam presentes, quanto para os speakers responsáveis pela conversa.
A Audi pretende continuar sua comunicação no Clubhouse pela conexão entre marca e consumidor que a plataforma promove, de acordo com Márcio Aviólio essa é uma excelente oportunidade para humanizar a marca.
Redes Sociais Meteóricas
Embora o Clubhouse esteja fazendo muito sucesso agora em seu lançamento, nem sempre isso é sinônimo de durabilidade no mercado e existem vários exemplos de redes sociais que também tiveram seus momentos virais, mas acabaram sumindo com o passar do tempo.
Foursquare (ou Swarm): Uma plataforma onde você podia fazer check-in nos lugares que frequentava e consequentemente avaliá-los. A rede social tinha acesso até mesmo a descontos e fez muito sucesso entre 2011 e 2014.
Formspring (ou Ask): Rede social de perguntas e respostas onde as pessoas basicamente trocavam perguntas (anônimas ou não).
Snapchat: O criador dos stories antes mesmo de existirem stories, pioneiro no modelo de postagem que some em 24h.
MSN: O Whatsapp da geração anterior, era uma rede social de troca de mensagens. Para os antigos usuários do MSN, várias saudades ficam: balançar a conversa pra chamar atenção, o wink animado do rapaz peidando, mostrar para todos no status a música que está ouvindo no momento, mudar a cor das letras com o MSN Plus e muito mais.
MySpace: Não chegou a fazer tanto sucesso aqui no Brasil, mas foi uma das inspirações para o Facebook.
Orkut: Apenas saudades…
TikTok: Demorou bastante para conquistar seu público, mas atualmente têm conseguido caminhar lado-a-lado com as redes sociais mais populares.
Será que a nova rede estará presente em nosso futuro?
Sem estará presente ou não ainda é uma incógnita para nós, mas o Facebook já está de olho no modelo e informações do The New York Times já afirmam que o Mark Zuckerberg já pretende lançar sua versão do Clubhouse.
Ainda é muito cedo para saber se a rede social irá vingar ou não, mas alguns pontos podem ser discutidos:
- Para chegar ao mercado brasileiro com força, a plataforma precisa chegar aos aparelhos Android;
- Será que o Clubhouse sustenta seu ritmo até a chegada no Android?
- A rede social chegou no momento certo devido ao crescimento na popularidade dos podcasts e por conta de estarmos ainda em um período de quarentena, mas será que se sustenta após esse período?
- É necessário incrementar novas ferramentas como a gravação das salas para conseguir acompanhar os conteúdos em momentos posteriores;
- Definir um modelo de monetização para a plataforma.
É inegável que essa nova rede social chega para mudar totalmente a nossa relação com áudios no meio digital, mas ainda não é possível identificar como será o posicionamento da marca para permanecer no mercado no futuro.
Caso você tenha interesse em conferir toda conversa do podcast na íntegra você pode ouvir o Break Publicitário em todas as plataformas digitais.