Quando o Itaú decidiu colocar a audaciosa campanha Digitau no ar, eu me lembro de ter comentado aqui que ela ainda iria dar muito o que falar. Afinal, juntar crianças com uma escrita “errada” é basicamente uma receita inflamável.
E não deu em outra. Após receber cerca de 15 denúncias de consumidores descontentes com a influência negativa do comercial para a formação das crianças, o CONAR decidiu abrir um processo para investigar a peça com base em seu código de autorregulamentação que traz regras claras sobre o público infantil.
Banco DigITAU
Eu não vejo muitos problemas. Aliás, acho que esta campanha se parece muito com a adotada pelo Bradesco há alguns anos, onde uniram o nome do banco à palavra “completo”. Mas utilizar crianças no anúncio é algo que eu não teria arriscado. Ainda mais neste primeiro momento.
Além do mais, acho que faltou deixar mais claro no comercial que a palavra Digitau era resultado de uma junção de duas palavras diferentes. Uma mudança de cor para o “itau” se diferenciar do “digi” já seria suficiente, pra mim.
O processo só será iniciado em março, ainda assim, a repercussão do comercial nas redes sociais já não foi das melhores. Em um mundo onde cada vez mais as pessoas querem opinar sobre tudo, as propagandas viraram alvo-fácil.
[Atualizado em 29/01/2016 – 16h55]
Após a polêmica o Itaú decidiu liberar um vídeo explicativo sobre o conceito do “Digitau”. Veja abaixo:
Ao AdNews a Africa, agência responsável pela campanha, disse que a campanha “Itaú Digital” tem como objetivo promover os canais de atendimento digitais do banco. E ainda afirmou que faz questão de reforçar nos materiais que a grafia correta é com “L”, e que “digital com ‘U’ é apenas um jeito bem-humorado e publicitário de apresentar o novo apelido do Itaú para sua atuação no mundo digital.” .