Essa edição do Big Brother Brasil trouxe com muita força para as rodas de conversa o tema “agressão psicológica” após diversos casos ocorridos dentro do programa. Com medo de vincular suas marcas a situações como essa, os patrocinadores do BBB 21 pedem por uma revisão no sistema de punições do reality.
A conversa sobre o tema surgiu em um encontro realizado pela agência Wunderman Thompson, que representa duas marcas patrocinadoras do programa neste ano, a Avon e a Coca-Cola. Ao que tudo indica, as marcas já se posicionaram sobre a temática com a Globo e a expectativa é de que algumas regras sejam alteradas para 2022, buscando punição para agressões psicológicas dentro do programa.
O jornalista Mauricio Stycer noticiou em sua coluna no Uol que, de acordo com a vice-presidente de marketing da Avon, Danielle Bibas, a desistência do participante Lucas Penteado após diversos ataques psicológicos dentro da casa fez com que as conversas entre as marcas e a Globo acontecessem.
“Uma das conversas que a gente teve é que faz parte do regulamento do BBB que, se uma pessoa agredir a outra, a direção do programa tem o direito de eventualmente expulsar esse participante. Agressão física. O tema que foi levantado é: até que ponto vai a agressão psicológica, que pode se tornar tão ruim ou pior que uma pessoa dar um tabefe na cara do outro”, disse a executiva.
A edição do BBB 21 levou surpreendeu pelo número de patrocinadores envolvidos e é natural que as marcas se preocupem cada vez mais com esse tipo de exposição negativa. Outro patrocinador, a Amstel, se viu obrigado a mudar de estratégia para conter os danos causados pela pressão psicológica entre participantes do BBB. A empresa foi massacrada nas redes sociais após pagar para que influenciadores fizessem publicações em solidariedade a Karol Conka.
Pelas conversas vazadas no confessionário de pessoas da produção do programa chamando o Lucas de Gremilin, a gente já sabe que se algo mudar, realmente é por pressão dos patrocinadores. Que só fazem isso porque sentem a pressão do público.
Um bom indicativo de que essas conversas internas realmente estão acontecendo foi o que aconteceu no programa de ontem (06), onde o apresentador Tiago Leifert interviu na dinâmica do programa ao vivo para abrir uma conversa com os participantes sobre racismo e explicar um pouco do que os participantes João Luiz e Camilla de Lucas sentiram.