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Coca-Cola compra naming rights de estação Botafogo no Rio

Estação Botafogo Coca-Cola abre novas possibilidades com naming rights do MetrôRio e inflama discussão sobre excesso de publicidade no espaço público. Saiba mais.

A compra do direito de naming rights tem ficado cada vez mais comum no Brasil e no mundo. A gente está acostumado a ver isso em estádios de futebol, eventos esportivos etc. Mas em estação de metrô eu não me lembro de ver nada parecido no Brasil. Isso até agora, porque a Coca-Cola anunciou que adquiriu os direitos do nome de uma das estações mais conhecidas do Rio de Janeiro. A partir de agora a estação Botafogo se chamará Botafogo Coca-Cola.

Imagem: Teotônio Mariano – Diário do Transporte.

Desde o dia 1º de janeiro de 2021, o público que passar pela estação notará não só a mudança do nome, mas também nas sinalizações sonora e visual, tudo para remeter à marca de refrigerantes com sede no bairro Botafogo.

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Em um post em seu perfil pessoal no Linkedin, Marina Rocha celebrou a parceria. “Temos uma longa história com o Rio, cidade que abrigou nossa primeira fábrica brasileira, e dar nome a essa estação carioquíssima, que dá acesso ao Pão de Açúcar, é uma honra e motivo de muito orgulho para nós.”, disse.

Estação Botafogo Coca-Cola

Nos comentários há uma série de publicações críticas à mudança. Até que ponto seria correto a intervenção de uma marca dentro do transporte público? Seria esse o início de uma série de mudanças de naming rights ao redor do país que bombardeariam os consumidores com propagandas por todos os lados? É uma questão que vale a pena ser debatida.

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A mudança claramente deve ter um impacto negativo inicial, mas que tende a ser reduzido com o passar do tempo. A surpresa, no caso, é ver uma empresa do tamanho da Coca-Cola se dispondo a passar por esse processo de cobaia inicial do projeto. Parece uma decisão desnecessária e atropelada.

A mudança fez com que os consumidores se lembrassem do vídeo do Porta dos Fundos, que ironiza o excesso da utilização de naming rights no Rio de Janeiro.

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“Acho esse tema bem discutível. Isso abre prescendente [sic] para outras marcas fazerem o mesmo e começarem a nos bombardear de propagandas, aonde não deveria ter propaganda, fora outros problemas. Minha opinião é de desaprovação. Mas entendo o orgulho de um trabalho finalizado.”, diz o comentário de Lucas Quintanilha, um dos mais curtidos na publicação de Marina.

Em abril do ano passado o Governo de São Paulo também anunciou a abertura dos nomes das estações para exploração publicitária. A linha 4 amarela do Metrô de São Paulo já investe em uma identidade visual e sonora próprias há muito tempo. O consórcio ainda se mantém isento de parcerias de naming rights, mas já colocou publicidade em todos os lugares possíveis, com direito a customização completa de vagões, telões de stopmotion e até um absurdo painel que capturava informações sensíveis dos usuários do metrô.

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