O Prêmio Brasil Criativo é uma iniciativa que visa, principalmente, valorizar atitudes criativas de brasileiros. No país, o evento se consolidou como a Premiação Oficial da Economia Criativa e em suas edições busca empoderar esses criativos e dar visibilidade para projetos, como o GameJam+, que são capazes de provocar mudanças significativas na sociedade. Além disso, a sua última edição (3ª), que aconteceu no fim do ano passado, transformou as histórias dos vencedores em um documentário que vai ao ar hoje (8) no Facebook Watch.
Idealizado por Lucas Foster e o LabCriativo, o Prêmio Brasil Criativo avalia e premia projetos, que sejam inovadores e que tenham impacto econômico e social, em 12 categorias diferentes. O evento que surgiu em 2014, chegou a sua terceira e mais recente edição no ano passado, repetindo-se a cada 2 anos (a edição de 2018 foi remanejada para 2019 devido às eleições). Nesta última edição, em específico, o evento foi além e decidiu transformar a trajetória de dos doze empreendedores e negócios vencedores em um documentário. As gravações aconteceram pouco antes do início da pandemia no país.
Serão 12 episódios dedicados a contar, individualmente, a história de cada um dos ganhadores da edição do ano passado, bem como as dificuldades enfrentadas por cada um deles durante o processo. Batizado de “BRASIL CRIATIVO.DOC”, o primeiro documentário sobre a Economia Criativa Brasileira será lançado oficialmente hoje (8) às 17h no canal @historiasdeterapia, no Facebook Watch. Você pode conferir a introdução do documentário abaixo:
Entre os ganhadores está o projeto GameJam. E nós tivemos o prazer de falar com Ian Rochlin, um dos organizadores do projeto, que você vai conhecer melhor a seguir.
O GameJam+ (GJ+) é um evento que também reconhece e premia outros projetos, porém, eles devem ser ligados ao desenvolvimento de jogos de impacto social. Além disso, o principal objetivo do GJ+ é oferecer mentoria para que os projetos sejam desenvolvidos e mudem a sociedade através dos jogos e da colaboração. O projeto não tem fins lucrativos e foi idealizado por Ian e um amigo, Gabriel Ferreira.
O surgimento da GameJam+
Em nosso bate-papo, Ian contou sobre o surgimento da GameJam+: criada em 2016, a primeira edição do GJ+ contou com 80 participantes do Rio de Janeiro, no formato tradicional de maratona de desenvolvimento (hackaton, que acontece em um único fim de semana). Já na segunda edição, que ocorreu em 2017, foi implementado um novo formato que permitiu alongar o período de “incubação” e aperfeiçoamento dos projetos em etapas, incluindo a mentoria. Isso porque o organizador acreditou que o novo formato daria mais estrutura e embasamento para os jogos se tornarem negócios no futuro, não se perdendo no meio do caminho. Foi daí que surgiu o slogan da empresa: “Transformando jogos em negócios”.
Depois disso o evento só cresceu e, assim, conseguiu impactar mais pessoas e cidades simultaneamente. Por meio de um acordo com o Rio Criativo, escritório para fomentar a economia criativa da Secretaria de Cultura do Estado do Rio de Janeiro, a final de 2017 chegou a acontecer nas instalações do Rock in Rio. Em 2018, o evento passou a acontecer em 14 cidades, 8 a mais que a edição anterior, chegou nas cinco regiões brasileiras e contou com o apoio da UNICEF. Já em 2019, o GJ+ alcançou 33 cidades, das quais 25 eram brasileiras e as demais distribuídas em 7 países.
A importância do GameJam+
Ian Rochlin destaca que o GameJam+ consegue voluntários e projetos interessados em participar por ser um evento oferece a sociedade a oportunidade de ser um agente de transformação do ambiente em que ela própria está inserida. É dessa forma que o evento cresce anualmente, possibilitando que diversas pessoas compreendam a sua capacidade de protagonizar grandes e significativas mudanças na sociedade, sem depender de qualquer empresa milionária ou do Estado. Além disso, o organizador afirma que a GJ+ é o movimento de fomento ao empreendedorismo com base tecnológica mais eficiente do Brasil, isso porque o projeto, com o orçamento que possui, consegue impactar globalmente (e principalmente no país) diversas pessoas. Tudo isso, graças ao poder da colaboração.
A importância do Prêmio Brasil Criativo para a GameJam+
Para Ian, o prêmio recebido traz três características importantes para o GJ+, sendo elas visibilidade e credibilidade. Além disso, as mentorias recebidas por Lucas Foster foram de grande proveito e agregadoras para a organização. Por último, Rochlin acredita que o reconhecimento através do prêmio é uma forma de incentivo para que o projeto siga em frente. Ele conclui dizendo que “sem essas tapinhas nas costas, você não continuaria fazendo o que faz”.
Planos para a próxima edição
Já para a edição de 2020, o GameJam+ já está com as inscrições abertas e aceitando admissões de quaisquer cidades do mundo. A expectativa é que 80 cidades participem em 20 países diferentes, tendo, pelo menos, uma em cada continente. Além disso, o evento ganhará mais uma etapa para realizar as semifinais continentais.
Orçamento da GJ+
Por ser um projeto sem fins lucrativos, que depende de voluntários, editais e patrocínios para conseguir acontecer, o orçamento necessário para a GameJam+ acontecer surpreende a se observar pelo tamanho e o impacto do evento. Segundo Ian, na atual estrutura, são necessários apenas cerca de R$ 25 mil para que o evento aconteça anualmente. O que diferencia (e muito) o projeto dos concorrentes que gastam muito mais que a GJ+ atendendo a números bem menores.
O evento no cenário de pandemia
Apesar da pandemia, a organização não pretende adiar ou cancelar a edição deste ano. Por contar com uma organização voluntária local, a primeira etapa poderá ser realizada online, ficando a critério da equipe local. A princípio, a final está marcada para janeiro de 2021.
Por fim, você pode conferir e conhecer melhor o Prêmio Brasil Criativo clicando aqui e o GameJam+ clicando aqui.
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