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    O fim da publicidade de ostentação

    O jornalista Alisson Fernandéz comenta suas impressões acerca do tema "O mercado publicitário após a COVID-19".

    EM GKPB.COM .BR

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    Nosso terceiro convidado do projeto “7 Anos, 7 Lives” é o Alisson Férnandez, do Propmark. Premiado como um dos melhores jornalistas de propaganda e marketing, além de uma atuação com mais de 10 anos no mercado, nosso convidado comenta suas opiniões acerca do tema “O mercado publicitário pós COVID-19”.

    “Tudo vai ser diferente depois da quarentena”

    Uma coisa que muitas pessoas e marcas têm afirmado é que se há uma certeza, é a de que depois de tudo isso sairemos diferentes. Porém, durante a conversa o assunto foi levantado e as reflexões começaram a surgir: “será mesmo que tudo vai ser diferente?”. Há quem diga que sim e quem diga que não, mas é fato que o cenário atual adiantou ou acelerou diversas mudanças que precisavam acontecer, tanto para as empresas como para as pessoas. Um belo exemplo, é o home-office que, antes, era mal visto e havia muita “resistência” por parte de algumas empresas e agora se tornou a única solução para manter a operação. De fato, é preciso refletir e analisar caso a caso evitando assim que, no futuro, exista frustrações por depositar esperança em mudanças que na verdade apenas funcionaram como adaptações nesse momento.

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    O online vs offline

    Sem dúvidas, o fechamento das lojas físicas com o isolamento social impactou o caixa das empresas que precisaram recorrer as alternativas do online. E foi através dele, que os e-commerces, deliveries e outros conheceram o seu potencial. Sem alternativa, as marcas passaram a investir nestas alternativas que já estavam à disposição, porém, não ganhavam muita atenção. Agora, como única opção, tanto para as marcas como para os consumidores, o cenário influenciará o futuro que os meios terão após o COVID-19.

    Alisson Fernández, redator e coordenador do Propmark Play, no Propmark.

    Remanejamento de verbas

    As verbas que estavam planejadas para eventos ou ativações no off, tendem a ser remanejadas para os canais possíveis. Um grande exemplo foi o que aconteceu no Big Brother Brasil, que devido ao isolamento social, bateu recorde de audiência e de marcas patrocinadoras, funcionando como único meio (naquele momento) para a disseminação das campanhas publicitárias. Dessa forma, acredita-se também que, no futuro, muitas marcas repensarão seus investimentos fora do digital.

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    Mais com menos e o fim da publicidade de ostentação

    Alisson comenta que o mercado publicitário sempre foi uma indústria de ostentar muito. Por outro lado, aquelas empresas que sempre optaram por “ostentar” sairão mais prejudicadas, durante este período, do que aquelas que de alguma forma não se preocupavam isto. Em relação aos números de demissões, o jornalista acredita que diminuir o quadro de funcionários e aumentar a demanda de outros não é a melhor solução. Com essa atitude, o funcionário trabalhará e se esgotará. Além disso, o fato de presenciar tal situação coloca todos os outros, que ainda permanecem na empresa, “em cheque”, com medo da demissão, tendo como única opção aceitar, muitas vezes, qualquer tipo trabalho fora do que já estava previsto. Ainda, existem as empresas que acreditam que o funcionário em home office não é produtivo e acabam, da mesma forma, cobrando e levando-o ao seu esgotamento, prejudicando portanto, a sua saúde física e psicológica.

    Qual será a aposta do futuro no ramo da publicidade?

    Os últimos anos foram, sem dúvidas, anos em que as marcas decidiram apostar na sustentabilidade e em seguida na diversidade. O jornalista acredita que, daqui para a frente, as empresas vão ter o foco na empatia. Os consumidores já exigiram isso das marcas, assim como um posicionamento e tomada de medidas acerca da situação atual e continuarão fazendo isso no futuro.

    Exemplos não tão bem vistos

    Embora a cada venda existia a destinação de uma cesta básica para uma comunidade no Rio de Janeiro, as máscaras lançadas pela Osklen não foram bem vistas pela população. O kit com duas máscaras vendidos por R$147 reais foi entendido como uma atitude oportunista, já que, agora considerado um item essencial, as máscaras deveriam ser comercializadas a um preço acessível, assumindo dessa forma uma responsabilidade social, já que a marca está inserida numa sociedade que enfrenta problemas.

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    Promoção de posts com medidas adotadas

    Outro tipo de atitude que está sendo adotado por diversas marcas e sendo mal vista pela população é a promoção de posts com informativos daquilo que está doando ou com as suas contribuições para vencer o cenário atual. O fato das marcas quererem se promover com aquilo que não deveria ter nenhuma “intenção de marketing” faz com que, de alguma forma, a marca não assuma suas responsabilidades sociais e sim, apenas direcione investimentos de marketing porque, talvez, o hype do momento é “ajudar”.

    O momento refletirá no futuro

    Neste cenário, as medidas que empresas irão adotar vão refletir em como elas serão vistas pelo público no futuro. Isso porque muitas antes se utilizavam da propaganda para disseminar uma imagem que não condiziam com medidas ou protocolos que estão adotando agora, durante a crise. Isso não quer dizer que uma marca que sempre fez errado não pode fazer o certo agora, porém, tentar reparar danos causados no passado promovendo-se no presente com atitudes consideradas, no mínimo, essenciais, não servirá como solução.

    Lives pós pandemia

    Alisson Férnandez também colocou suas considerações acerca do futuro das lives. Ele acredita que as pessoas preferem pagar por experiências físicas e se os artistas pensarem em cobrar por essas lives, elas não viverão por muito tempo. Além disso, pelo fato de muitos artistas terem uma rotina corrida, com agenda cheia, é pouco provável que seja possível encaixar as lives neste meio.

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    É um momento de incerteza para todos

    Por fim, nem os próprios executivos, que analisam frequentemente o desempenho de suas empresas, sabem afirmar como será o mercado pós COVID-19. Porém, há de se considerar que muitas empresas vão repensar o fato de resistir ao home-office, por exemplo. Além disso, também pode se esperar que muitas marcas comecem a pensar no “capitalismo consciente” onde a ostentação não será o foco. A situação atual proporcionou diversos aprendizados acerca disso, pois grandes empresas perceberam que infraestruturas caras e ambientes de trabalho com um custo elevado tiveram total impacto neste momento e nos que ainda virão.

    Vale a pena ressaltar que, até lá, tudo que estamos passando agora é novo e passível de erros e acertos. O importante é não negar o que está acontecendo e saber explorar bem o momento.

    Conheça nosso podcast

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