O Disney+, nova plataforma de streaming, chegou ontem (12) aos Estados Unidos e trouxe uma enxurrada de novidades para seus consumidores, mas uma dessas chamou bastante atenção: a Disney acrescentou nas sinopses avisos de “representações culturais ultrapassadas”.
Quem reparou essa “pequena-grande” mudança foi Jeva Lange, crítica de cultura da revista The Week, que publicou em seu Twitter as sinopses dos filmes Um Amor de Companheiro (1966), A Dama e o Vagabundo (1955) e Fantasia (1940), sendo esses três conhecidos por terem conteúdo racista e homofóbico e, por isso, o aviso de que traz “representações culturais ultrapassadas”.
This is really interesting — Disney+ is flagging when its movies have racist depictions pic.twitter.com/8wvtB0NmHn
— Jeva Lange 🫎 (@Jee_vuh) November 12, 2019
Ao fim das sinopses, a empresa adicionou o seguinte texto: “Esse programa é apresentado como foi criado originalmente. Pode conter representações culturais ultrapassadas”.
Nos comentários, uma interessante discussão tem surgido com pessoas que acham legal essa iniciativa da companhia. O fotojornalista Paul Sanchez comentou que a Warner Bros também tem feito a mesma coisa em seus lançamentos e opina que o aviso é bem melhor que o da Disney.
Warner Bros has been doing the same thing with their home video cartoon releases. Their disclaimer is way better than Disney’s. pic.twitter.com/APyzyih06n
— WillHouz (@WillHouz) November 12, 2019
“Os desenhos que você está prestes a ver são produtos de seu tempo. Eles podem representar alguns dos preconceitos étnicos e raciais que eram comuns na sociedade americana. Essas representações estavam erradas na época e estão erradas hoje. Embora o conteúdo não represente a visão da Warner Bros da sociedade de hoje, esses desenhos estão sendo apresentados como foram criados originalmente, porque fazer o contrário seria o mesmo que alegar que esses preconceitos nunca existiram”.
O Disney+ está disponível pelo preço de US$ 6,99 nos Estados Unidos e tem sua previsão de chegada aqui no Brasil para o segundo semestre de 2020.