No dia 20 de Agosto a cantora, compositora, atriz e ativista transexual Linn da Quebrada foi alvo de preconceito enquanto tentava utilizar os serviços do Uber Brasil. De acordo com o relato, o motorista se recusou a deixa-la entrar no carro, apenas pelo fato de ser travesti.
A cantora expôs a história no Twitter, pedindo para que a marca se pronunciasse – o que até agora não aconteceu dentro da rede social, no entanto o Geek Publicitário entrou em contato com a companhia, que emitiu o seguinte posicionamento:
“Definitivamente esta não é a experiência que a Uber deseja oferecer a seus usuários. Este tipo de comportamento configura violação aos termos de uso da plataforma. Já entramos em contato com a Linn para proceder com sua queixa. A Uber se orgulha em oferecer opções de mobilidade eficientes e acessíveis para todos – ao mesmo tempo em que oferece também uma oportunidade de geração de renda democrática, independente de credo, etnia, orientação sexual ou identidade de gênero.”
O Uber Brasil ainda destacou que foi o primeiro serviço de ridesharing a permitir a utilização de nome social na plataforma.
acabei de passar uma puta situação de constrangimento com a @Uber_Brasil e não é a primeira vez, lógico. Onde o motorista chega no local de embarque e se recusa a me deixar entrar no carro porque eu sou travesti. E aee @Uber_Brasil, já recalquei d problemas assim, de assédio..
— Linn da Quebrada (@linndaquebrada) August 20, 2018
O mais curioso é que a partir do depoimento da Linn, diversos outros usuários começaram a relatar casos em que sofreram discriminação por motoristas da empresa. Os depoimentos vão desde motoristas que se recusam a deixar que transexuais utilizem o serviço, até mesmo usuários que recebem classificações baixas por serem LGBTQ+.
Sem falar que a Uber é cheia de casos de motoristas preconceituosos que dão notas baixas em passageiros LGBTs até cancelarem as contas mas quando foi na parada eles lançaram uma cartilha ensinando aos LGBTs como se comportar dentro do veículo
— O colosso do Ceará (@edvldWHO) August 21, 2018
>>>> VERY IMPORTANTE <<<<
Eu já vi as mona cansada do rolê serem rejeitadas por uber, e eu por eu estar perto delas é HORRÍVEL.
Falta de consideração e constrangimento demais. @Uber_Brasil é simples demais fazer as pessoas respeitarem a diversidade. https://t.co/wYXP5lyQkW— balzer GOMES – 12 – Tetra (@psyfitcho) August 21, 2018
A empresa foi uma das patrocinadoras da 22ª Parada LGBTQ+ de São Paulo, que aconteceu no dia 3 de Junho deste ano. Esse fator fez com que a internet duvidasse do verdadeiro apoio da empresa perante a comunidade LGBTQ+.
é nessas horas que a gente vê que LGBT só é importante no mês do orgulho pra dar dinheiro pra eles de resto quem liga né https://t.co/dp8baW0xPf
— vagabundinha de araque (@waxxwings) August 20, 2018
Ainda ao Geek Publicitário o Uber Brasil reforçou que realiza um grande esforço para conscientizar os motoristas da plataforma. Somente neste ano foram distribuídas 100 mil cartilhas propondo um código de conduta baseado no respeito, além de 20 milhões de pílulas de incentivo e respeito à diversidade exibidas dentro do app.
Ao fim do mês de maio a companhia lançou a campanha #VamosJuntos, veiculada nas redes sociais, baseada em um grande debate com representantes LGBTQ+, incentivando a união pelas diferenças em uma conversa aberta sobre representatividade, respeito e inclusão. Assista abaixo: