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    Revivals de 2013: Daft Punk

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    Todos já sabem da novidade não-tão-nova-assim e já esperavam, cheios de ansiedade, o lançamento de Random Access Memories, novo álbum do duo francês Daft Punk, composto por Thomas Bangalter e o cara com o nome mais legal que eu já vi: Guy-Manuel de Homem-Christo.

    Com esse post, eu pretendo fazer um panorama geral sobre o álbum de acordo com minhas rápidas impressões (alô, falta de tempo!) e, principalmente, como admirador de Daft Punk. Isso não significa que eu estude a fundo o modo dos caras fazerem música. Não, eu apenas aperto o play e curto.

    Random Access Memories causa, sim, estranheza. Mesmo em quem conheça duas ou trĂŞs mĂşsicas dos outros trabalhos do Daft Punk. Eu fui todo esperançoso baixar o CD e esperava outra coisa… nĂŁo que isso signifique que eu me desapontei ou tive minhas expectativas nĂŁo correspondidas. Assim como qualquer álbum, de qualquer artista, a gente precisa ouvir uma, duas, trĂŞs vezes, voltar o trecho de uma mĂşsica, pular para o fim, voltar ao começo e assim por diante. Foi o que eu fiz com RAM. E foi assim que eu comecei a perceber suas sutilezas, seus detalhes e, talvez, sua intenção.

    Falando de forma geral, o álbum presta uma grande homenagem ao groove dos anos 70 – ou atĂ© mesmo aos anos 70 em si, já que apresenta tanto mĂşsicas dançantes quanto baladas. No meio dessa “salada organizada” feita pelo Daft Punk e os colaboradores do álbum, que vĂŁo desde Pharrell Williams atĂ© Julian Casablancas, soma-se tambĂ©m as viagens alucinĂłgenas que sĂŁo sustentadas principalmente pela levada (olha o groove aĂ­) e pela duração das mĂşsicas. Eu, pelo menos, penso assim: quanto maior a mĂşsica, mais a sua imaginação flui enquanto está ouvindo. Sem contar a viagem que deve ter sido o processo de produção e composição. Uma coisa engraçada que aconteceu foi meu pai virar pra mim e falar “Olha o Guilherme ouvindo Billy Paul!”. Claro que ele sabia que nĂŁo era Billy Paul, mas vejam sĂł, Billy Paul ficou famoso quando? Na dĂ©cada de 70. O que ele cantava? Soul, funk e eletrĂ´nico com pitadas psicodĂ©licas. Acho que eles conseguiram alguma coisa, nĂ©?

    Teasers, trechos de mĂşsicas e divulgação das parcerias do álbum em forma de mini-documentário serviram para que o alvoroço em torno de Random Access Memories fosse ainda maior. RAM nĂŁo Ă© um álbum pra ser ouvido com pressa. Tem 74 minutos e algumas mĂşsicas tĂŞm 8, 9 minutos de duração. SĂŁo mĂşsicas pra vocĂŞ curtir e apreciar de forma que compense a demora do Daft Punk para apresentar algo novo. Embora essa histĂłria de resgatar um estilo pareça muito promissora, o álbum peca nas baladas, o que me fez “entender” o disco como uma coisa nĂŁo muito linear. Talvez esse seja o ponto fraco do disco, mas nĂŁo porque as mĂşsicas sĂŁo ruins, e sim porque as mĂşsicas mais famosas do duo sĂŁo as agitadas (Technologic, Around the World, One More Time, Robot Rock e por aĂ­ vai). Li uma crĂ­tica no Tenho Mais Discos Que Amigos dizendo que essas mĂşsicas soam meio bregas. Concordo.

    Se analisarmos o “lado Daft Punk” do disco, percebemos mudanças bem visĂ­veis em relação aos trabalhos anteriores. As batidas eletrĂ´nicas e distorções exageradas deram espaço para instrumentos reais (conseguimos ouvir uma bateria de verdade!) e uma sonoridade mais sĂłbria, ainda que os aparatos tecnolĂłgicos continuem lá, presentes e fazendo bonito. Portanto, nĂŁo precisa se descabelar… Ă© Daft Punk com cara de Daft Punk. SĂł Ă© menos pirotĂ©cnico.

    Minha favorita, sem dĂşvida, Ă© Giorgio by Moroder. Quando eu ouvi pela primeira vez, ela começou a tocar e eu já senti que seria a mais legal pra mim. É a mais longa – tem 9 minutos – e a mais empolgante. Outras que fazem a gente levantar da cadeira e querer dançar fazendo coreografia tosca sĂŁo Give Life Back to Music, Get Lucky (chiclete que já pegou todo mundo de jeito e atĂ© ganhou cover feito por gente famosa, como o CSS) e Lose Yourself to Dance.

    Ouça também:

    “Human After All” (Daft Punk)

    “Cross” e “Audio, Video, Disco” (Justice)

    E, se vocĂŞ quer algo mais roots da mĂşsica eletrĂ´nica, “Electric Cafe” (Kraftwerk)

     

    O que Ă© o Google I/O?

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    Neste exato momento está ocorrendo um evento ao vivo de abertura do Google I/O, mas o que é isso? Qual a relevância desse evento para nós, Geeks Publicitários? O que podemos esperar?

    O Google I/O é um evento do Google direcionado para desenvolvedores realizado anualmente desde 2008. Este evento tem como intuito principal demonstrar e explicar como os desenvolvedores poderão aproveitar as maiores novidades criadas pelo Google nos últimos meses.

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    Justamente por ser um evento direcionado para os desenvolvedores -e a empresa precisa de uma adoção dos desenvolvedores para colocar novos projetos em funcionamento- o evento acabou se tornando uma vitrine das principais novidades do Google, sendo palco de alguns dos maiores lançamentos da empresa nos últimos tempos. Novas versões do Android e até mesmo de aparelhos da linha Nexus, a famigerada linha de dispositivos do Google, que tem como foco o público de desenvolvedores, mas acabou conquistando uma grande parcela de usuários comuns também.

    A esperança é que o evento desse ano tenha um grande foco no Google Glass, o óculos do Google que pretende mudar a maneira com que nós nos relacionamos com a web. Além disso, a plataforma móvel Android e o Google Maps também deverão ser grandes destaques do evento.

    O Google I/O deve durar até o final da semana e muitas coisas legais devem aparecer por lá. Coisas que ditarão o futuro da tecnologia no decorrer do ano e coisas que obviamente não terão uma aceitação legal e podem nunca chegar ao usuário final. Enquanto eu escrevo este artigo, o Google está lançando grandes recursos para a plataforma Android, como Play Games, Android Studio, Google Play Music All Access. Até o final da semana muitas novidades por parte da empresa deverão atrair a atenção de pessoas do mundo todo.

    Cydia dá as caras no Android

    Os tempos de ouro do Cydia no iOS já se foram. Quem é usuário do iOS há um bom tempo provavelmente já ouviu falar nele ou já até mesmo o utilizou. O Cydia é uma ferramenta pra iOS que geralmente é instalada ao se fazer Jailbreak, possibilitando ter acesso a dezenas de repositórios onde os usuários podem fazer download de diversas modificações de sistema para a plataforma da Apple.

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    Alguns pontos negativos do Jailbreak junto às ofertas de aplicativos e a valorização do mercado de aplicativos móveis fizeram com que uma das maiores e mais eficientes ferramentas do mundo obscuro dos apps, o Hackulous, acabasse fechando as portas. Com isso, embora o Cydia possa ainda ser útil para alguns tweaks O fato é que, embora tivesse outras finalidades, além da possibilidade de instalar aplicativos piratas o Cydia acabou sumindo dos dispositivos com iOS e agora os criadores apresentam a primeira tacada voltada ao ecossistema Android.

    O Cydia Substrate é uma ferramenta que permite modificações de recursos do sistema sem a necessidade de reinstação de novas versões. Ou seja, a promessa da ferramenta é trazer novos recursos para o Android, assim como fez no iOS, sem a necessidade de instalação de ROMs Customizadas.

    Apesar da necessidade de acesso Root ao sistema e a variedade de concorrentes que o aplicativo irá encontrar na Play Store se o Cydia para Android fizer pelo menos um pouco do que proporcionou aos utilizadores do iOS nesses últimos tempos, o app pode ter seu espaço garantido nos smartphones dos usuários mais necessitados de customização.
    Com informações de: iDownload Blog

    Blackberry anuncia BBM para iOS e Android

    Eu devo ser um cara muito azarado mesmo, porque eu sempre quis um Blackberry pra poder utilizar o BBM e quando eu comprei o meu não havia uma pessoa que eu conhecesse que não havia migrado para o Whatsapp. Ok, foi frustrante, mas agora que eu estava quase esquecendo este episódio, a Blackberry resolve reviver o Blackberry Messenger e anuncia que vai lançar o serviço para as plataformas Android e iOS no terceiro trimestre deste ano.

    De acordo com o CEO da empresa, o BBM para as demais plataformas começará apenas com o serviço de texto e grupos, depois, a empresa pretende implementar serviço de voz, compartilhamento de imagens e aquelas tranqueiras todas que os concorrentes já oferecem.

    Eu, de verdade, não sei o que se passa na cabeça do pessoal da Blackberry. Eles têm o dom de tentar ressucitar o produto depois que o produto já está morto e enterrado na mente do consumidor. Mas mesmo assim, é interessante ver que apesar de já termos dois grandes players no envio de mensagens por celular como o Whatsapp e o próprio Facebook Messenger (cada um com seu diferencial) outros mensageiros desejam roubar o share deste mercado oferecendo recursos interessantes e aumentando a competitividade. Se isso vai me fazer nunca mais gastar com mensagens de texto, amém.

    Amazon oferece Amazon Coins, seu sistema de dinheiro virtual

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    A Amazon acaba de ativar o serviço de de moedas virtuais anunciado pela empresa em fevereiro. O Amazon Coins pretende oferecer pacotes de moedas com descontos para usuários que compram aplicativos na appstore oficial da empresa.

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    A medida tem como intenção movimentar o mercado de apps e incentivar os desenvolvedores da plataforma que é um filho bastardo do Android. O serviço já começa com US$ 5,00 em crédito para todos os usuários norte-americanos. A empresa disse que esta medida deve movimentar milhares de dólares dentro da plataforma de Bitcoins da empresa.

    É interessante ver a empresa tomando atitudes competitivas como essa, principalmente se considerarmos que a empresa está se introduzindo aos poucos no mercado brasileiro e há pouco tempo disponibilizou a possibilidade de os desenvolvedores cadastrarem seus apps com o idioma em PT-BR, o que pode ser um ótimo indicativo de que em breve a lojinha de aplicativos da empresa desembarcará por aqui.

    Com informações de: Tech Crunch

    Pão de Açúcar estreia campanha com Clarice Falcão

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    O Pão de Açúcar aproveitou a onda de sucesso do canal Porta dos Fundos e da repercussão da Clarice Falcão como cantora nos últimos dias e a chamou para protagonizar a campanha com nova assinatura que deve ser trabalhado nos próximos meses.

    “O que vocĂŞ faz para ser feliz?” foi a opção encontrada pela P.A. Publicidade (agĂŞncia do grupo PĂŁo de Açúcar) para dar continuidade ao tema “Felicidade” iniciado em 2007, com o slogan “O que faz vocĂŞ feliz?”. Com uma estreia -bem cara- de 2 minutos e 30 segundos no intervalo do Fantástico, da TV Globo, as cenas demonstram os pilares de comunicação da marca: gastronomia, sustentabilidade e saudabilidade. AlĂ©m, Ă© claro, de contar com a doce presença da Clarice.

    Veja o vĂ­deo:

    Com informações de: Jornal da Paraíba

    Instagram altera logo e deixa marca mais profissional

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    Desde que eu conheço o Instagram ele tem aquela fonte breguinha que parece atĂ© fazer algum sentido no contexto da rede social, mas no geral tinha mais cara de “Bom FDS” do Orkut ou qualquer outra coisa.

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    Desde que foi comprada pelo Facebook a empresa não tinha apresentado nenhuma alteração na sua marca até agora, com a implementação do novo logo nos serviços da rede social. 

    O símbolo que faz alusão a uma câmera utilizado no logo já se renovou algumas vezes, e ficou bem bonito se comparado ao primeiro, o que levava a empresa a uma certa inconsistência na direção de arte.

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    As mudanças na tipografia foram grandes, mas no resultado final temos algo bem parecido e ao mesmo tempo mais delicado e simples. Os destaques vĂŁo para o “s” e a letra “g” que quebraram a ruptura da palavra e deram mais harmonia.

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     A divulgação foi tão sutil quanto as alterações. Alguns usuários nem chegaram a perceber a mudança. Post no Dribbble que divulga detalhes da criação do novo logo data dia 2 de março e foi mais ou menos nessa data que eu percebi. Abaixo podemos ver algumas imagens do processo criativo e a preocupação estética impecável da nova marca.

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    Amazon abre novos quiosques nas cidades de SĂŁo Paulo e Rio de Janeiro

    Hoje, quando enquanto eu andava no Shopping Eldorado atrás do Galaxy S4 para um Hands On fui surpreendido com uma ótima novidade. Um quiosque da Amazon, ou melhor do Kindle, porque parece que a empresa tem focado mais a marca do dispositivo do que o nome Amazon por aqui. Tomei um susto, porque pra mim, os quisques da empresa em São Paulo encontravam-se apenas no Shopping Morumbi e no Iguatemi.
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    Além do Kindle comum e da versão Paperwhite 3G/Wi-Fi a novidade fica mesmo por conta da chegada dos acessórios, que até então só eram possíveis de serem comprados de trazidos de fora.

    O site da Amazon informa que novas lojas foram abertas no Eldorado, Center Norte e Tamboré, na cidade de São Paulo, e no Shopping Niterói e Norte Shopping, no Rio de Janeiro. A lista completa de quiosques da empresa pode ser encontrada neste link.

    A chegada da Amazon no Brasil sacudiu o até então pequeno mercado de e-books no país e fez com que diversas empresas daqui dessem um jeito de conseguir oferecer uma alternativa à altura aos brasileiros, Como a Livraria Cultura, por exemplo, com o Kobo. Além do mais a aproximação dos aparelhos do consumidor por meio de quiosques em Shoppings já surtiu efeito na popularização dos aparelhos. Está cada vez mais comum encontrar pessoas com um Kindle no metrô ou ônibus por aí. Com a inauguração de novos quiosques então, as coisas só tendem a melhorar.

    Google cria anĂşncio para o Dia das MĂŁes

    No Ăşltimo dia 6 o Google divulgou um vĂ­deo de Dia das MĂŁes.
    Com aquele já conhecido estilo “Chrome” de apresentar anĂşncio por meio das experiĂŞncias de utilização dos serviços da empresa e uma musiquinha hipster ao fundo, o vĂ­deo Ă© um prato cheio pro pĂşblico feminino, ainda mais pra quem Ă© ou tem o sonho de ser mĂŁe.

    Posso prever os “Owwnnss” que as mĂŁes farĂŁo ao final do vĂ­deo.

    Ainda para as mães mais antenadas instalarem -ou chamarem o filho pra instalar pra elas- eles disponibilizaram uma seção na Play Store intitulada Apps For Moms [desculpe, o link não está mais disponível].

    IllumiRoom Project é a inovação dos games mais insana que eu já vi nos últimos tempos.

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    Com a iminente chegada de uma atualização do Xbox 360, um rumor bastante plausĂ­vel começou a circular na internet. O IllumiRoom, descrito como um projeto entre a Microsoft e a Universidade de Illinois em Urbana-Champaign, Ă© uma daquelas tecnologias tĂŁo aceitáveis que vocĂŞ chega a pensar: “Como ninguĂ©m pensou nisso antes?”

    Ao escanear o ambiente com um Kinect Digievoluído e um projetor, o IllumiRoom projeta imagens que dão um novo significado ao conceito de imersão em games. E o melhor, a tecnologia é tão legal que no próprio vídeo é demonstrado o funcionamento da ferramenta em outras áreas, como na visualização de filmes, por exemplo.

    Mal posso esperar o dia 21 para ver se a Microsoft irá realmente implantar esta tecnologia e ver quais serão as novidades do novo Xbox.

    A gestĂŁo de marca na pĂłs-modernidade

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    O atual cenário pós-moderno é um tanto paradoxal. A receita do sucesso é justamente não ter receita. A empresa pós-moderna é apenas mais uma vítima do atual modelo da sociedade, onde tudo é muito rápido e surpreendente. Essa estrutura não linear de administrar a imagem da marca pós-moderna vai no sentido contrário que se acreditava até pouco tempo atrás, onde os profissionais seguiam uma linha de investimento na marca, que por diversas vezes chegava a durar anos até conseguir reconhecimento mundial.

    Coca-Cola, Mc Donald’s, Marlboro, IBM, ainda são marcas bem reconhecidas no mundo todo, mas essetop of mind divide espaço com outras marcas, mais recentes e modernas. Ou melhor, pós-modernas. Google, Microsoft, Apple já derrubaram grandes monstros do mercado das marcas e hoje fazem parte das mais valiosas do mundo, mas a mais recente delas, o Google, já tem mais de 15 anos e na cronologia pós-moderna, pode ser considerada “avó” das novas marcas que inundam o mercado mundial. Essas marcas têm concorrentes de peso, jovens e que possuem uma força incrível, como o Facebook, Foursquare, Groupon e um passarinho azul, que está mudando a maneira de se comunicar com o mundo, o Twitter.

    Criado em 2006, para ser um sistema que misturava mensagens de status de mensageiros instantâneos com o sistema de recebimento de mensagens dos velhos BIPs, o site deslanchou no ano de 2009, quando foi adotado por famosos e veículos de comunicação do mundo todo. Ao contrário das outras marcas, esta ferramenta não tinha nome de fácil pronúncia, planejamento estratégico da identidade visual (nem mesmo do logo, que foi desenvolvido cerca de 4 anos após o lançamento do site). Enquanto as outras marcas se preocupavam com o nome, o serviço lançado apenas com consoantes “Twttr” só foi se preocupar com isso bem mais tarde, ao perceber a dificuldade que as pessoas tinham em pronunciar o nome do serviço, introduzindo as vogais que fariam o papel de conduzir o leitor à fonética desejada. Outra diferença da empresa é que o espaço físico era o menor dos problemas: o Twitter só veio ter um escritório oficial anos mais tarde, tendo em vista que todas as ferramentas que precisavam eram servidores e internet.

    Uma das conclusões que se pode tirar das empresas da pós-modernidade é que elas são grandes laboratórios e estão sempre em total processo de mudança e adaptação, fato que é absolutamente justificável, levando em consideração o nível de efemeridade em que a sociedade pós-moderna apresenta e reflete dentro do próprio serviço. O limite de caracteres é de 140, um limite ótimo para que a mensagem seja consumida rapidamente, até pelos mais preguiçosos. Outro ponto que configura e reitera o caráter efêmero da marca é o número de mensagens enviadas no serviço. Estima-se que apenas uma pequena porcentagem dos denominados tweets são lidos, enquanto o resto das mensagens são praticamente ignoradas ou possuem visibilidade praticamente nula. Usuários finais são beta testers, que estão ao tempo todo sujeitos aos riscos de se fazer parte de um grande mercado experimental e que está constantemente em mutação.

    O que o lançamento do iPhone 5 pode nos dizer sobre o futuro do Design da Apple pós-Steve Jobs.

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    A Apple é, sem dúvidas, uma das maiores empresas de tecnologia de todos os tempos. Foi a primeira empresa a lançar um sistema operacional com interface gráfica como conhecemos hoje, criou computadores icônicos como o G3, e os famigerados dispositivos móveis iPod, iPhone e iPad. Mas o histórico da empresa é cheio de altos e baixos.

    A Alma da Apple sempre esteve ligada ao visionário Steve Jobs. Um executivo que entendia pouco de programação, menos ainda de relações pessoais, mas sabia criar tendências e agregar valor a produtos como ninguém.

    Talvez, por este motivo, a Apple teve um dos piores desempenhos de sua história no período em que Jobs foi expulso da empresa que ele mesmo criou, de 1985 até 1997, ano em que voltou, aclamado pelos investidores e fãs da marca, que se reergueu, adquiriu status e se colocou no topo das mais valiosas do mundo. Seu último afastamento da empresa foi pouco antes de sua morte, em outubro de 2011, dias antes do lançamento do iPhone 4S e tempo suficiente para uma grande participação no desenvolvimento de uma iminente atualização do iPad.

    EntĂŁo a partir de qual momento poderĂ­amos ver uma Apple andando novamente com as prĂłprias pernas depois de todos estes anos funcionando basicamente como um pseudĂ´nimo de Steve Jobs? Seria o retorno da Ă©poca de trevas da empresa, ou Jobs teria tido tempo suficiente para selecionar as pessoas certas para cuidarem do futuro da empresa?

    Uma análise do evento de lançamento do iPhone 5 traz algumas respostas e dicas do rumo da empresa que mudou a história da computação no mundo todo.

    Caiu? Levanta e finge que nada aconteceu

    A empresa sempre atacou os concorrentes com uma sensação de indiferença. Tela de 4”? O usuário não precisa de uma tela desse tamanho. Nossa tela foi especialmente pensada para ter todos os cantos acessíveis para quando o usuário estiver utilizando o aparelho com uma só mão. Barra de notificações? Não, Obrigado. Hoje a empresa demonstra não só saber que alguns diferenciais de seus concorrentes são importantes, como ter conhecimento de que demorou demais para acrescentar alguns deles.

    É igual, mas diferente.

    iphone-5-vs-iphone-4SA empresa era bem volátil em relação a este assunto embora não seja difícil compreender a ideia de que se estivessem sendo copiados, obviamente era uma cópia barata; se a empresa estivesse copiando, como no caso de uma tela maior, fotos panorâmicas, etc, era apenas uma inspiração para algo muito maior e mais útil que o original.

    Temos uma tela de 4 polegadas agora. Mas, esperem! Ela é mais útil que as demais. Com ela você tem uma incrível grade de aplicativos a mais. Pode ver vídeos em Widescreen e ainda pode conferir nossos apps magicamente adaptados para funcionarem de forma muito melhor, de forma que você se beneficiará da nossa tela maior. Nossa camera agora tem a função de foto panorâmica. Mas você não vai inclinar seu smartphone para tirar o fotos panorâmicas. Vai mantê-lo em pé mesmo. É melhor. A foto fica com uma qualidade superior.

    Uma empresa mais voltada ao Hardware

    25784_1_iphone_5_coming_with_a6_processor_2x_faster_2x_graphics_performance_full Quando a Apple demonstrou o iPhone pela primeira vez, as pessoas ficaram extasiadas com diversas funcionalidades do aparelho. Não era a quantidade de memória RAM. Não era a capacidade de armazenamento. Era software. Ficavam maravilhados ao ver como um smartphone entendia tão bem o usuário. Quando o colocavam na horizontal, a tela virava sozinha. Como ele sabia disso? Se, em um álbum de fotos, fizessem um movimento de pinça com os dedos, a imagem era ampliada. Aumentar a imagem, digital, ali dentro da tela, com os próprios dedos. Genial!

    Enquanto o Google tenta seguir os passos da maçã, tentando desde a versão 4.0 do sistema Android, tornar a plataforma mais humana e interativa, a atual Apple parece estar um pouco mais disposta a discutir Hardware. Várias vezes ressaltando o processador A6, o novo material da câmera, com direito até a um vídeo da construção do dispositivo. Demonstração de força pode até ser bom para os usuários mais geeks e, obviamente, são demonstração de poder para os acionistas, mas o que sempre fez com que os dispositivos da empresa fizessem tanto sucesso foi a intuitividade. Se o consumidor comum não ver melhorias na utilização do dia-a-dia, a empresa poderá estar perdendo sua maior característica desde sua fundação.

    A pressa é inimiga da perfeição

    529998_516773695003619_168213530_nA ausência de Steve Jobs nunca foi tão notada quanto no lançamento do aplicativo de mapas do iOS6. O aplicativo chamou atenção do mundo todo por conta do grande numero de falhas e bugs relatados por usuários ao redor do globo. Quem conhece o espírito “premium” dos lançamentos da empresa provavelmente ficou surpreso ao ver aplicativo não cumpria nenhum pouco o papel que se esperava dele.

    Ao invés de uma interface mais bonita e incríveis mapas 3D, o que se notou no iOS6 foi um grande show de horrores com rotas malucas e imagens que mais pareciam cenas do longa A Origem. Jobs barrou lançamentos dos mais variados produtos pelo simples fato de ter conhecimento de que não estavam bons o bastante para serem colocados à prova pelos fieis seguidores da marca.

    Obviamente houveram grandes tropeços e produtos não terminados na época em que quem ditava as regras era Steve Jobs, mas a nova Apple parece adotar um estilo mais Wiki, lançando a ferramenta às pressas no mercado e esperando colaborações do usuário final, para melhorar seu sistema. Mesmo que isso possa colocar em xeque a credibilidade conquistada com tanto esforço há décadas. E não vamos entrar no assunto dos problemas com névoa púrpura na câmera ou dos misteriosos riscos instantâneos que têm inundado a web com reclamações e mais reclamações de usuários insatisfeitos com o novo iPhone.

    Design, Identidade e Unidade.

    apple-design-exhibit-at-mkg-hamburg_-pmat_0 applevsbraunA Apple pode nĂŁo ter sido a primeira empresa a utilizar o Design como principal diferencial dos concorrentes, mas com certeza foi a primeira a provar que beleza Ă© fator decisivo como diferencial de seus concorrentes.

    Buscando inspiração na simplicidade do Bauhaus e em grandes nomes da história do Design, como Dieter Rams, da Braun, por exemplo, a empresa mudou não só a forma com que os produtos eram feitos, mas como a ideologia de gerações com seus produtos minimalistas e funcionais.

    A identidade e a unidade obviamente sempre foram itens de grande preocupação dentro da gigante de Cupertino Por anos a empresa vinha transmitindo sua identidade em cada um de seus produtos e acessórios. Durante o evento de lançamento do iPhone 5, três itens chamaram a atenção para o posicionamento um tanto confuso da empresa em relação à unidade em seus produtos.

    1. Nomenclatura

    A primeira grande dúvida é sobre o nome. O primeiro iPhone a possuir um número no nome que representasse efetivamente a versão do dispositivo foi o iPhone 4. Logo após o lançamento do iPhone 4, tivemos o iPad 2. Desde então, o que se esperava era um iPhone 5 e um iPad 3. Ao contrário disso, o que vimos foi um iPhone 4S. Certo, a empresa sempre teve um ciclo de vida de um ano para cada um de seus dispositivos móveis.

    Lançar um iPhone 4S era quase como se dizer iPhone 4,5 e tinha como intenção transmitir a ideia de que aquela atualização era apenas incremental. Quando esta ideia estava quase certa, surge o lançamento do novo iPad. Ao contrário do que se esperava, não chamava 3 ou 2S. Não tinha sequer um número em sua nomenclatura oficial.

    Era, assim como os iPods, chamado de iPad 3ª geração. Todas as impressões tiveram que ser revistas e eis que surge uma nova teoria: a empresa estaria removendo um “erro” que cometeu no passado, ao atrelar seus produtos a números, pois em poucos anos soaria estranho dizer algo como: iPhone 15 ou iPad 12. Faz até sentido.

    Então seria esse o novo posicionamento da empresa. Veríamos então um novo iPhone chamado iPhone 6ª geração? Eis que surge o lançamento do iPhone 5. Com certeza a utilização do número no telefone e a retirada do número do tablet têm um propósito, mas e a unidade?

    2. Earpods

    Apple_EarPods_35446297_03_620x433Os acessórios nunca tiveram função apenas de serem apenas extensões insignificantes dos produtos. Eram mídia. Aquela fração cinza na parte inferior dos fones da empresa indicava que o aparelho dentro do bolso daquele cara no ônibus era um produto Apple.

    Os Earpods lançados no mesmo dia em que o iPhone 5 rompem esta ideia. Não vemos mais a fração cinza. O que vemos agora é um produto completamente branco, com um formato ovalado que promete se encaixar nos mais variados tipos de orelhas. Útil, mas falho na identidade.

    Os novos Earpods podem agora ser confundidos com qualquer outro fone do mercado. Quando eu, ou você, nos depararmos com um Earpod na rua não saberemos que o usuário possui um iPhone 5 ou um HiPhone com um fone de R$ 5,00 comprado de um camelô qualquer.

    3. iPod

    ipodtouch_hero overview_heroOutro item lançado no mesmo dia em que o iPhone 5 pode dar uma noção do que a empresa pretende com seu Design. OK, o iPod foi carro chefe da empresa em 2002, mas ainda hoje é um produto com nome e vendas expressivos para serem considerados o terceiro ou no máximo quarto item mais importante da Apple nos dias atuais.

    O iPod Touch agora possui uma tela que acompanha o novo iPhone. Dotado de 4 polegadas nas mesmas proporções do telefone, o produto acabou chamando atenção por suas cores. Antes limitado por uma versão com a parte frontal preta ou branca, agora o dispositivo possui a traseira em várias cores. Algo que remete diretamente ao seu irmão Nano, que nunca foi um padrão de unidade.

    O Nano, que sempre esteve disponível em um carnaval de cores, depois da última atualização se mostrou ainda mais ousado que os anteriores no quesito unidade. O aparelho cresceu, ganhou o já conhecido botão Home e se tornou algo desconcertantemente difícil de entender. Se nos outros dispositivos, o que temos é a predominância de um quadrado com cantos arredondados tanto na forma básica dos ícones como em um desenho linear no centro do botão dos dispositivos, o novo iPod Nano procura abandonar estes detalhes e tenta buscar uma identidade individual que aposta no círculo.

    ĂŤcones circulares, desenho que indica o botĂŁo Home com uma forma elĂ­ptica. O quadrado de canto arrendodado, que praticamente virou sinĂ´nimo de Ă­cone de aplicativo nĂŁo aparece sequer uma vez no novo dispositivo.

    Em sĂ­ntese

    Estas mudanças não são tão expressivas, mas significam que alguns padrões que vinham sendo adotados estão sendo adaptados e repensados, fazendo com que possamos chegar a conclusão de que a nova estratégia da empresa está menos focada em identidade e mais em variedade. Se este é o caminho certo, provavelmente nem a própria Apple tem conhecimento, mas uma empresa que tanto arriscou e deu um outro sentido às tecnologias que temos hoje merece, no mínimo, um enorme respeito.

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