Em um evento virtual para celebrar seus 15 anos, o G1 contou com a presença de Marcelo Adnet, Jaqueline Weigel, Pablo Ortellado e Isabela Kalil para um debate sobre o futuro da comunicação.
O isolamento social decorrente da pandemia da Covid-19 fez com que mudássemos alguns de nossos hábitos, incluindo a forma a qual nos conectamos com os outros na Internet. De acordo com as pesquisas realizadas pelo g1, 66% dos usuários têm nos portais de notícias sua principal fonte de informação.
Para discutir esses dados, além das pessoas que já foram citadas no primeiro parágrafo dessa publicação o evento trouxe a jornalista Renata Lo Prete; o diretor de jornalismo da Globo, Ali Kamel; Manzar Feres, diretora de negócios integrados em publicidade da Globo; Sergio Maria, diretor de produtos publicitários digitais; Renato Franzini, diretor editorial do g1; e Marcia Menezes, head de produto digital.
Correção, agilidade e capilaridade foram citadas por Ali Kamel como os três fatores que levam o g1 a estar tantos anos na liderança de seu segmento, sendo o site de notícias mais acessado do Brasil desde 2008. Com 121 emissoras afiliadas ao redor do país, o trabalho coletivo de levantamento e apuração de notícias se torna cada vez mais potente.
Além disso, a linguagem acessível e o engajamento nas redes sociais também são destaques entre suas mais de 150 publicações diárias e cerca de 11 milhões de seguidores no Facebook e 6.6 milhões no Instagram. A capacidade de inovação e a multiplicidade de formatos ajudam o g1 a se aproximar do público jovem, como destacou Renata Lo Prete durante o evento.
“Não é que esse público não se informe, ele tem outras maneiras de se informar. Eu participo dessa discussão há muitos anos e chegar no (podcast) ‘O Assunto’ e descobrir no dia a dia que ele é ouvido por estudantes, por pessoas que vão fazer a primeira entrevista de emprego, pelos meus filhos e amigos deles, dá uma ideia de sustentabilidade e de futuro para o nosso ofício e para os negócios que a gente faz parte”, celebrou Renata. Há dois anos no ar, o podcast ‘O Assunto’ alcançou a marca de 63,5 milhões de downloads.
O g1 conta com um canal recém-lançado no YouTube e também novas editorias. “Nós temos desenvolvido novos formatos, principalmente em vídeo, pensando em acompanhar a jornada desse público novo, que cada vez mais consome o jornalismo, se interessa e usa o g1 como referência”, comenta Sergio Maria, diretor de produtos publicitários digitais.
Foi com base em pesquisas que se constatou que o público também busca a internet como meio de desenvolver conhecimentos. “Ele busca aprender novos assuntos, quer saber o que os amigos estão falando, o que as pessoas estão comentando nas redes sociais. Então a gente organizou isso em novas editorias”, explicou a head de produto digital Marcia Menezes. As novas editorias têm foco em conteúdos de inovação, empreendedorismo e meio-ambiente.
A importância do combate às notícias falsas
Muito se fala hoje em dia sobre o combate às fakes news e, quando o assunto é o futuro da comunicação, obviamente essa pauta não pode ficar de fora. Segundo o antropólogo Pablo Ortellado, existem duas novas características na desinformação. “A primeira é que a distribuição dessa informação falsa não acontece mais por veículos de massa, mas pelas redes sociais. E, assim, o público passa a ter participação nessa distribuição. E a segunda é que a desinformação está misturando a opinião com notícia. Ela tem um formato noticioso”. Foi com base nesse cenário que o g1 criou a editoria ‘Fato ou Fake’, em 2018, responsável por apurar notícias e apoiar o público na missão de consumir informação de qualidade.
O apresentador e humorista Marcelo Adnet apresentou diversos exemplos para instigar o público a descobrir o que é verdade ou mentira nas notícias que já circularam ao longo dos últimos 15 anos.
O evento foi encerrado pela futurista Jaqueline Wegel, que trouxe uma linha do tempo sobre as transformações que já aconteceram e as que estão por vir. Segundo ela, a riqueza do novo mundo está ligada à ética e à sustentabilidade. E, na próxima década, teremos o surgimento de uma nova tecnologia, com a evolução da inteligência artificial e das máquinas conscientes.
“Nós entraremos na Era da Pós-Informação, onde a informação não será mais domínio de ninguém. Seremos uma sociedade conectada, com sistemas muito inteligentes. Muita gente diz que o futuro da mídia está ligado a dados. Eu acredito que está ligado a conectar o planeta com informações confiáveis e com o futuro que tanto desejamos. A educação vem se transformando, os negócios vêm se transformando e o que quer o novo cidadão planetário? Liberdade, oportunidade, tempo livre, informação precisa, bons negócios, impacto social e boa liderança”, concluiu.