Na última semana aconteceu aqui em São Paulo a segunda edição do What Design Can Do. Um evento que nós já abordamos aqui a sua importância por simplesmente trazer o design para fora do conceito técnico que estamos acostumados e mostrar o impacto disso nas nossas vidas.
Durante os dois dias de evento, mais de 40 profissionais do mundo todo passaram pela FAAP para palestras, performances musicais, exibição de filmes oficinas e debates inspiradores sobre questões que dominam as discussões sociais da atualidade. E a gente vai contar pra você um pouco de tudo o que rolou por lá.
Primeiro dia
O primeiro dia do What Design Can Do (13/12) começou com a palestra da cicloativista e empreendedora social Aline Cavalcante, que nos mostrou que o ativismo é fundamental para concretizar o sonho de um mundo mais sustentável e de criar cidades mais humanas.
A data também foi marcada pela voz doce e poderosa da cantora Xênia França, que se apresentou duas vezes ao longo do dia. Em sua segunda performance, ela vestiu um quimono assinado pela estilista senegalesa Selly Raby Kane – palestrante que encerrou as falas do dia 13, com uma fala sobre a sua curta (e já hypada) carreira, com looks que já chamaram a atenção até da cantora Beyoncé. Selly, que é um nome proeminente da cena alternativa de Dakar, também expôs à plateia um pouco sobre o olhar único do Senegal para o mundo da moda.
Segundo dia
O responsável pela performance musical do segundo dia do What Design Can Do (14/12) foi o rapper Rico Dalasam, que animou o público com suas rimas sobre aceitação, fervo e luta.
Quem fechou a programação do segundo (e último) dia da conferência foi o publicitário, designer e curador de fotografias amadoras Erik Kessels. Em sua hilária apresentação, o público pôde conhecer um pouco mais sobre a aclamada butique criativa da qual é sócio-fundador, a KesselsKramer, e, principalmente, sobre seu último livro, “Failed It!”. A obra é uma celebração de erros e fracassos como verdadeiros impulsionadores da criatividade.
Além das palestras do palco principal, o WDCDSP também ofereceu sessões especiais de aprofundamento incríveis. Os destaques foram as atividades sobre o combate à violência contra a mulher, que mostraram o potencial do design para ajudar a resolver problemas complexos. Foram duas sessões, que ocorreram nos dois dias do evento: uma que convidou o público a desconstruir comportamentos culturais e outra, cujo objetivo era gerar empatia profunda ao criar experiências para que os participantes pudessem vivenciar o que é a violência contra a mulher.
Foram dois dias intensos, mas que passaram rápido demais. A conclusão que fica é a de que o design pode, sim, fazer muito pelo mundo – e as discussões sobre como usá-lo como ferramenta são sempre bem-vindas. E é por isso que estamos torcendo para que a próxima edição do WDCDSP seja logo confirmada.
Imagem de destaque: Sergio Caddah.