Chega hoje oficialmente aos cinemas brasileiros a mais nova produção da Marvel, Thor Amor e Trovão, quarto filme da franquia do deus asgardiano que se tornou o primeiro personagem do estúdio ter quatro filmes para chamar de seus.
Amor e Trovão vai mostrar um Thor em busca de seu propósito, de sua paz interior, porém essa jornada de autodescoberta do herói será interrompida pela chegada do poderoso Gorr (Christian Bale). É inevitável um conflito entre Thor e o vilão Gorr, também conhecido como o carniceiro dos deuses, que após perder sua filha e também a sua fé decide ir atrás de todos os deuses para exterminá-los usando uma das armas mais poderosas do Universo Marvel, a Necroespada, que escolheu Gorr como o seu portador.
Mas Thor não estará sozinho nesse embate contra o carniceiro dos deuses, ele conta com uma equipe de peso ao seu lado, que inclui Korg (Taika Waititi), Jane Foster/Poderosa Thor (Natalie Portman), Rei Valquíria (Tessa Thompson), além de suas duas novas companheiras de viagem, as cabras Toothgnasher e Toothgrinder.
E é essa a premissa que é desenvolvida ao longo de quase duas horas de um misto de ação, humor, emoção e outros sentimentos.
Thor Amor e Trovão é o retrato máximo do estilo Taika Waititi de filmar, tanto para o bom quanto para o ruim. O diretor pega toda a atmosfera despretensiosa e humorada de Thor Ragnarok (2017) e eleva isso ao quadrado em Amor e Trovão, mas aqui com um toque bem mais emocional que pode até fazer chorar. O conceito de amizade, amor e família está muito bem representado em praticamente todos os personagens, inclusive o vilão Gorr que tem uma justificativa plausível até para os atos que comete ao longo do filme.
O humor presente no longa diverte em algumas cenas e é desnecessário em outras, onde ele quebra totalmente o que poderia ser uma cena mais “dramática”, com um peso maior e isso pode incomodar algumas pessoas.
Apesar das motivações válidas do vilão, o roteiro de Amor e Trovão é bem básico e sem muita profundidade, não espere grandes reviravoltas, tudo começa e se resolve ali mesmo facilmente sem muita enrolação.
O elenco é um ponto forte do filme, o que faz com que a interação entre todos os personagens (em especial para Valquíria e Jane Foster que estão ótimas) funcione muito bem. Quando foi vendido como uma comédia romântica, alguns ficaram com o pé atrás de como isso seria desenvolvido, mas Taika soube dosar bem a relação de Thor e Jane, mostrando de maneira resumida como era o relacionamento deles no passado e o motivo da separação, além da volta do casal.
A direção de Taika não deixa o ritmo do longa cair, é do início ao fim uma sucessão de ações com uma levando a outra, um pouco corrido até, mas nada que atrapalhe tanto a narrativa.
Amor e Trovão não é o melhor filme da Marvel, tem seus problemas, mas também seus acertos. Fica claro que Taika Waititi teve total liberdade para dirigir o filme que não tem grandes amarras com o UCM e nem com o multiverso que vem sendo explorado pelo estúdio atualmente. É um filme de entretenimento.
Se você quer se divertir, ver um filme leve nesse final de semana, Amor e Trovão é uma ótima opção para você.
Ah e não se esqueça, o filme possui duas cenas pós-créditos que são bem importantes para o futuro da franquia Thor. O deus do trovão não terminou sua jornada ainda.