Grandes marcas não se colocam em risco por qualquer coisa. Qualquer agência que trabalha com este tipo de cliente sabe exatamente que antes de realizar qualquer publicação de conteúdo em nome de uma grande marca, é preciso ter certeza de que isso não pode gerar uma crise. Mas até que ponto esta certeza é benéfica para a entrega de um conteúdo realmente interessante? Este é um dos dilemas que as redes sociais e a Geração Z apresentam para o mercado.
Para Evan Horowitz, CEO da Movers+Shakers, uma marca que tem um conteúdo totalmente seguro de problemas, muito provavelmente não tem um conteúdo interessante para o público. Isso porque para se destacar é preciso ousar e criar algo que converse com o consumidor de uma forma que ele não esteja esperando.
Entre os cases de sucesso mais ousados mostrados por Evan na palestra “Connecting Brands to Culture” (Conectando marcas à cultura), está o da marca EOS, que decidiu entrar na brincadeira de uma influenciadora que publicou como realizar uma depilação íntima utilizando um produto da marca em seu perfil no TikTok. No vídeo a criadora utilizava o termo “Bless your fucking Cooch”, que pode ser traduzido como “Como abençoar a porra da sua vagina”. O vídeo viralizou e a marca então decidiu lançar uma edição especial com a citação.
Evan Horowitz ainda reforçou não existe uma estratégia única para todos os tipos de negócio. O case da EOS, por exemplo, pode não ser aplicável para outras marcas, ainda mais por conta das palavras. Mas de toda forma mostra não só um preparo na área de produtos, como também uma mente aberta para se conectar com os jovens de maneira divertida e educativa.
O GKPB viajou para Anaheim, na Califórnia, para cobrir a VidCon 2022 a convite da Leo Burnett Tailor Made.