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    O Grande Gatsby é sofisticado, colorido, luxuoso… e piegas.

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    Um dos lançamentos mais esperados desse primeiro semestre (ou do ano inteiro mesmo), O Grande Gatsby foi mal recebido em Cannes… e com um pouco de razão. Achei estranho o filme ser lançado por lá e, além de tudo, ter aberto o festival. Baz Luhrmann não tem o perfil de Cannes. Talvez tenha sido só porque o filme é baseado no tardiamente cultuado livro de F. Scott Fitzgerald.

    O Grande Gatsby, resumidamente falando, critica o sonho americano da década de 1920, a ascensão (e diferença) entre classes, a falta de moral e a loucura que os Estados Unidos viveram por conta da prosperidade econômica e da Lei Seca, que proibia a venda de bebidas alcoólicas em território nacional. Aí, a gente imagina que tudo isso seria abordado de forma ideal ou minimamente decente no filme. Nada disso… o longa é totalmente focado no romance entre o protagonista (Gatsby, interpretado por Leonardo Di Caprio) e sua amada inalcançável (Daisy, interpretada por Carey Mulligan). Seu narrador, Nick, interpretado de forma boba por Tobey Maguire, também perde importância. Além do romance, o filme preza por mostrar as festas dadas por Gatsby em sua mansão em Long Island – que eram um pretexto para que ele encontrasse Daisy algum dia.

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    O filme incomoda porque não discute os temas tão pertinentes à trama, mas que foram colocados em segundo plano na produção; os personagens não se desenvolvem, não são explorados da forma como poderiam ter sido, já que são todos tão conflitantes entre si, cheios de opostos, particularidades e motivações; a trilha sonora foi comentada à exaustão, mas não tem toda essa força, a não ser pelo rap de Jay-Z. A contextualização é corrida, para que o filme possa finalmente desaguar no que parece ser uma busca juvenil e interminável do rapaz pela sua prometida. Até mesmo o mistério de “Oh, quem será esse Gatsby que dá tantas festas sem nunca se apresentar?” é desvendado sem clímax nenhum. De repente, estamos de cara com ele. O glamour de O Grande Gatsby fica quase todo por conta das cenas de festa e aqui Baz Luhrmann mostra força e reforça sua assinatura e seu estilo. Ou seja: ficamos tontos com tantas plumas, bebidas, luxo, música, plumas, bebidas, luxo, música e tudo isso em ritmo cíclico. E essas são justamente as partes mais empolgantes, por se sentir que a mão do diretor teve uma presença nada tímida. A gente sente o clima onírico e embriagante e isso nos insere automaticamente naquela mansão.

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    Quem assistiu Moulin Rouge vai fazer as devidas ligações e comparações, em todos os aspectos. Não, o Grande Gatsby não é um musical, mas contém pirotecnias, takes que nos deixam atordoados e uma historinha de amor que deixa a coisa meio superficial e piegas. Sim, o intuito da história era criticar a superficialidade da sociedade, mas isso não significa nem de longe que o tratamento dado ao assunto deve ser superficial. Basear grande parte do filme numa busca amorosa e deixar contextos filosóficos, históricos, sociais (ou o que quer que seja) para trás não é maduro, assim como só jogar na tela a amizade entre Nick e Gatsby e não passar disso. Mostrar apenas que são amigos não basta. Mas são males de Hollywood e do que o público aceita. O ponto de maior destaque para essa abordagem do filme é que o “mimimi” leva a um final inesperado (para quem não leu o livro) e bem desenvolvido, daqueles que fazem a gente se segurar na cadeira e torcer. Tirados os exageros dramáticos e o romance que não convence, o que sobra é uma gordura visual que, ainda que bem aproveitada, quase não compensa o esforço de assistir a um filme de duas horas e pouco. É o dilema do equilíbrio entre forma e conteúdo no estado mais fácil de ser percebido.

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