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    Empresas de tecnologia são mais criativas quando têm diversidade, diz Orkut Buyukkokten

    Ao GKPB, Orkut Buyukkokten contou um pouco sobre sua trajetória e qual papel acredita que as empresas de tecnologia devem ter na sociedade.

    EM GKPB.COM .BR

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    No último mês Orkut Buyukkokten, criador da rede social mais saudosa e marcante da história do Brasil realizou uma conferência no Silicon Valey Web Conference para falar sobre Diversidade dentro do mercado de tecnologia e redes sociais e nós aproveitamos para bater um papo com o executivo a frente da rede social Hello para falarmos sobre os desafios de um LGBT dentro do mercado de tecnologia e a importância da representatividade e do senso de comunidade na aceitação pessoal.

    GKPB: Não temos muitas referências de pessoas LGBT c-level em grandes empresas de tecnologia. Houve um momento em que você percebeu que as coisas seriam mais difíceis para você?

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    Orkut: Depois que me formei na faculdade, fiquei na Califórnia. Tive a sorte de trabalhar na Bay Area, que tem aceitado muito a comunidade LGBT. Tenho muitos amigos aqui que são c-level e assumidamente gays ou LGBT. Sinto-me muito feliz, sei que existem muitas cidades nos Estados Unidos, ou países onde seria difícil ou às vezes impossível se tornar um profissional c-level e fazer parte da comunidade LGBT ao mesmo tempo.

    GKPB: Aqui no Brasil, o Orkut foi a primeira grande plataforma que reuniu pessoas dentro de uma comunidade com outras pessoas iguais a elas. Isso ajudou muitas pessoas LGBT a entender e aceitar o que são. Qual o papel que você acredita que as redes sociais têm no processo de aceitação individual pela sociedade em geral?

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    Orkut: No ano passado, quando estava em São Paulo, conheci um dos primeiros membros do orkut.com. Ele me disse que cresceu em uma pequena cidade no Brasil. Ele se sentia atraído por meninos, mas tinha que ficar no armário por causa de sua família e amigos. Ele não conhecia nenhum gay e não era capaz de fazer amigos gays. Quando ele era um adolescente, ele se inscreveu no orkut.com e se juntou a comunidades LGBT. Ele percebeu que não estava sozinho e fez muitos amigos. Ele me disse que a experiência online no orkut.com salvou sua vida. Não há dúvida de que as mídias sociais, filmes, programas de TV, videogames que possuem componentes LGBT tornaram o processo de aparição e aceitação muito mais fácil.

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    GKPB: Como você acha que sua sexualidade o ajudou no desenvolvimento de comunidades como Orkut e Hello?

    Orkut: Eu projetei o orkut.com e o hello para serem locais de aceitação sem julgamento. Tive a certeza de que incluíssemos um público muito diverso. No orkut.com, incluí categorias da comunidade como “Gay, Lésbica e Bi”, “Religião e Crenças”, “Governo e Política” desde o início. Eu queria ter certeza de que todos são bem-vindos, independentemente de sua orientação sexual, religião ou posição política. Continuamos a tradição com o hello.com. Tornamos as comunidades ainda melhores introduzindo categorias de paixão chamadas personas. Personas tornam as comunidades organizadas e facilmente detectáveis. Temos personas totalmente dedicadas à política, religião e preferência sexual.

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    GKPB: Como você acha que as redes sociais lidam com questões de sexualidade? Parece que é sempre um assunto muito delicado para eles. O YouTube recentemente se envolveu em um escândalo por se recusar a remover um vídeo com conteúdo homofóbico. Você acha que pode fazer de forma diferente? Como você acredita que poderia ser?

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    Orkut: Todos nós temos o direito de expressar nossas opiniões sem censura e medo de rejeição e restrição. No entanto, a liberdade de expressão não deve advogar ou encorajar o ódio ou atos violentos. Às vezes, podemos fazer parte de uma religião ou grupo político e podemos não concordar com as opiniões e crenças dos outros.
    Crimes de ódio são cometidos frequentemente devido à sexualidade, religião, etnia ou orientação sexual da vítima. Um vídeo sobre homofobia seria protegido pela liberdade de expressão se não incluir ódio ou violência, como usar calúnias gays ou ameaçar espancar gays.

    Veja também: É possível uma rede social ser rentável promovendo o amor e não o ódio, diz Orkut Buyukkokten.

    GKPB: Quando um LGBT vê outras pessoas da nossa comunidade em locais onde há tão pouca representatividade, como é o caso das empresas de tecnologia, as pessoas se sentem mais inspiradas e passam a pensar que é possível vencer. Que mensagem você deixaria para o público que acompanha o Geek Publicitário?

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    Orkut: Infelizmente, ainda existem empresas que não têm representação LGBT e existem até países onde você pode perder seu emprego se assumir abertamente. Acredito, por isso, que é mais importante do que nunca dar o exemplo em nossas comunidades e empresas. Em 1988, o casamento entre pessoas do mesmo sexo era ilegal em todo o mundo. 3 décadas depois, 29 países já o legalizaram.

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    Já estamos há muito tempo, ainda há muito por fazer. Acredito que o mesmo esteja acontecendo com empresas de tecnologia onde a representação LGBT está aumentando em todo o mundo. Existem vários estudos que mostram que as empresas de tecnologia são mais criativas e bem-sucedidas quando têm uma força de trabalho diversificada. A mensagem está se espalhando e agora as empresas estão se abrindo sobre seus números de diversidade.

    GKPB: Você falou sobre diversidade em um evento de startups e tecnologia para CEOs e gerentes. Qual a importância desse tema para ser discutido em um evento como o Silicon Valley Web Conference?

    Orkut: Estou muito animado para falar sobre a diversidade em nossas vidas, empresas e comunidades na conferência. A diversidade sempre foi uma grande parte da minha jornada na minha vida e carreira e sempre esteve no coração do orkut.com e agora no hello. Acredito que precisamos cultivar a diversidade dentro de nós mesmos, em nossas comunidades e ter a coragem de abraçar e expressar quem somos.

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