Para fechar a nossa agenda do “7 anos, 7 lives” contamos com a presença ilustre da Criassauro, que surgiu através da junção artística entre Renato Ahoop e Sarah Reznicek. Juntos, discutimos acerca da “Criatividade em tempos de pandemia” e como extrair benefícios do isolamento social.
Processos criativos na pandemia
Os artistas afirmam que não existe uma fórmula para se trabalhar e criar. O bloqueio criativo, causado pelo isolamento social, não poupa nem os artistas. Mas, há como percorrer caminhos que vão despertando, aos poucos, a criatividade dentro do nosso contexto. É importante tentar entender como a sua cabeça está funcionando durante este período. Este é um momento onde precisamos esperar para podermos ter uma recompensa no futuro pelos nossos atos. Por esse motivo é importante manter a mente saudável, evitando ao máximo, principalmente, ser bombardeado com notícias que a sobrecarregam e despertam medos e anseios.
Exercícios comportamentais
Renato e Sarah ainda recomendam que você busque fazer coisas que despertam sensações e sentimentos diferentes. Determinar horários e períodos em que certos assuntos serão consumidos, principalmente aqueles ligados a pandemia, que podem danificar a sua saúde mental. Além disso, é importante a criação de uma rotina para determinar horários para realizar suas atividades ou deixar de realizá-las. Por fim, aproveite o momento para explorar novos mundos e, talvez neles, você encontrará a criatividade que está buscando.
To-do list
Listar o que precisa ser feito ou o que você gostaria de fazer também pode te ajudar neste período. Você verá com clareza o que precisa ser feito e poderá organizar o que pode ser feito primeiro e como. Além disso, ao concluir uma tarefa você pode riscá-la de sua lista e visualmente enxergar as atividades que foram realizadas durante o dia e o quanto você continua produtivo. Essa é uma forma de se “recompensar” pelas atividades feitas.
Vale ressaltar que também está tudo bem não ter ou querer fazer algo em alguns dias, afinal esse é um momento atípico em toda a sociedade e serão raros os momentos em que você terá a opção de “não fazer nada”. Portanto, não se deixe abalar se essa for a sua vontade, só tenha atenção aos sinais que podem indicar algo mais grave.
A beleza do trabalho na escassez
Quando há menos recursos você busca “tirar água de pedra” para poder fazer aquilo que gostaria. Não é preciso ter um estoque de materiais para fazer trabalhos incríveis e a dupla sabe bem disso. No canal do Youtube da Criassauro é possível ver criações que refletem bem esse pensamento.
Para concluir, os artistas mencionam que se você busca trabalhar com arte, deve acredite em você e em sua expressão. Além disso, recomendam que você busque estudar (de qualquer forma que seja) e no seu tempo. É preciso ir devagar e respeitar seus limites. Se você optar por compartilhar seu trabalho nas mídias sociais, coloque sempre em primeiro lugar o seu trabalho e não o que você obterá a partir dele. Se orgulhe do melhor que você pode oferecer.
O case Criassauro
A Criassauro atingiu um grande alcance no seu primeiro vídeo e de cara ganhou diversos assinantes em seu canal no Youtube. A dupla de artistas ressalta que a chave para alcançar o “sucesso orgânico” depende de muito das intenções por trás da criação. Embora o primeiro vídeo tenha ido ao ar há um ano, os estudos para a criação do canal começaram um ano antes.
Os dois enxergam que o Youtube é apenas uma ferramenta e não uma plataforma de monetização de seu trabalho. Dessa forma, fica claro as reais intenções por trás das produções, o que ajuda (e muito) a evitar frustrações e gerar algum desânimo na trajetória do canal.
Pressão do público
Apesar de o público se tornar cada vez mais exigente, o importante é fazer o que está ao seu alcance e esclarecer quando não for possível. O mais importante é sempre ter esses “feedbacks” do público acerca dos trabalhos. É possível trabalhar levando, sempre que possível, pequenas inovações para o conteúdo. Seja técnicas, materiais ou alternativas para a produção etc. Mais importante que tudo, é saber lidar com essa pressão, não se prendendo a elas e sim atendendo conforme for possível.