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Festival Tudum faz sucesso com o público e põe em xeque estratégia da CCXP

Público da Netflix já está chamando o Festival Tudum de Mini CCXP. Caso outros estúdios decidam fazer o mesmo, a CCXP pode estar com sérios problemas.

Nos últimos dias não houve uma alma viva conectada ao universo da Netflix que não ficou sabendo do Tudum, o festival promovido pelo serviço de streaming de forma gratuita de 25 a 28 de janeiro na Bienal de São Paulo. O evento pioneiro trouxe pelo menos 16 espaços com ativações de grandes sucessos como Stranger Things, Sex Education e Sabrina, além de contar com nomes de peso do cenário nacional e internacional, como Larissa Manoela, Maísa, Noah Centineo, entre outros.

Mini CCXP

Um dos principais comentários do público que acompanha o Geek Publicitário e esteve presente no evento era de que o Tudum para eles era praticamente uma versão menor da CCXP organizada pelo Grupo Omelete & Co.

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Não restam dúvidas de que a ideia da Netflix era efetivamente replicar um pouco da experiência do público dentro do maior festival de cultura pop do mundo. A CCXP recebeu na última edição 280 mil pessoas, enquanto o evento da Netflix ficou em torno dos 50 mil participantes. A diferença é grande. Mas se considerarmos que a companhia fez isso sozinha, é algo impressionante.

O conteúdo também era uma parcela de tudo o que a marca oferece na CCXP: ativações das principais séries com brindes e diversos espaços instagramáveis para o público, além de um palco principal com painéis, shows e novidades da plataforma. No Tudum a companhia anunciou a 2ª temporada de Sintonia e até mesmo um longa com Maísa.

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Inclusão

A Netflix é bastante preocupada com diversidade e inclusão. A companhia tem diversos títulos que abordam os mais variados assuntos, e sempre promove discussões e debates sobre diversidade dentro das suas plataformas. Com o Tudum não foi diferente. O evento tinha entrada franca, o que foi fator definitivo para o desespero coletivo do público geek de classes mais baixas para aderirem ao evento.

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Parece besteira mas a CCXP se distancia muito de diversas comunidades quando cobra no mínimo R$ 80 pela entrada mais barata do dia menos concorrido. O resultado disso é a estruturação de outros eventos paralelos como foi a Perifacon para celebrar a cultura geek sem precisar gastar muito para isso. Já de olho nisso, a própria Netflix levou 150 jovens da periferia para curtirem o evento pela primeira vez em uma ação que promovia Sintonia, a série produzida em parceria com Kondzilla.

Ainda dentro do Tudum os banheiros reforçavam a preocupação com a transfobia e drags foram contratadas para alegrarem e até mesmo prestar algum auxílio ao público que passava pelo espaço.

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Ameça à CCXP?

Nós somos completamente apaixonados pela CCXP. A atmosfera criada pelo pessoal do Omelete cria um mundo completamente novo e perfeito para quem é apaixonado pelo universo Geek. No entanto, quem financia toda essa brincadeira além do público são as marcas e estúdios, que todos os anos jogam uma boa grana nas mãos da organização para movimentar o universo lúdico das suas produções e converter em vendas de produtos ou serviços.

Com tanto espaço livre, sobrou até um lugar para piadas internas.

O custo de operação do Tudum é grande. Ainda mais considerando que a companhia não cobra absolutamente nada do público para a entrada ou interação dentro do festival. E a gente sabe de onde é que essa grana está saindo, da mesma área responsável pela produção da experiência da CCXP.

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Somente na última edição da CCXP, foram pelo menos 15 estúdios. 15 grandes nomes do universo do entretenimento, como Disney, Netflix, HBO e Warner. Ainda é muito cedo para falar qual o real impacto do Tudum na Comic-Con Experience, até porque o evento seguiria muito bem sem a Netflix, com tantos outros estúdios e marcas incríveis proporcionando experiências dentro do evento. Mas o fato é que a Netflix mostrou para todo mundo que dá para ter algo exclusivo e ainda promover a inclusão.

Arriscando novos mercados

Enquanto o mercado de streaming se esforça para tirar o monopólio das mãos da Netflix, a companhia parece fazer o mesmo com a CCXP. O Grupo Omelete, por sua vez, não deixa a desejar. Neste ano a companhia lançou o Brutal, seu selo proprietário de quadrinhos que inicia um desejo de estar dentro do universo geek também produzindo seus próprios sucessos.

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O futuro vai mostrar o impacto do Tudum, mas caso a Netflix realmente saia da CCXP ou diminua sua participação no evento, o pessoal do Omelete também já deve ter suas cartas nas mangas para contornar a situação. Afinal, estamos falando de dois gigantes e experts no que fazem.

No fim das contas, quem sai ganhando somos nós, o público que ganha cada vez mais opções de entretenimento e melhores ofertas de preço.

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