Sim, se outrora a moda já foi a sensibilidade falsa das campanhas cheias de lágrimas; a prostituição das Go Pros; e o absurdo de colocar um botão de like em uma revista; a bola da vez são os Drones. Estes simpáticos quadricópteros serão as novas garotas de programa da publicidade. Ruim, eu digo.
Eles são os queridinhos do momento no mercado da tecnologia. Empresas que vendem ou alugam estes veículos aéreos não tripulados estão se proliferando mais que lactobacilos vivos em grandes centros urbanos. E quem são os principais clientes em potencial dessas empresas? Produtoras de filmes e agências de publicidade.
Os Drones já são notícia no mundo da tecnologia há um bom tempo, mas há alguns dias eu vi uma matéria que relatava um inovador modo de fazer publicidade. Veja o curioso vídeo-case da Drone-vertising. Termo que a imprensa tem utilizado para chamar este tipo de ação.
Essa realmente foi a primeira campanha que vi. Me lembro de ter parado pra pensar a respeito disso. E me revoltou pensar que o tal “futuro da publicidade” fosse tão assustadoramente chato. Até que concluí que talvez fosse mesmo o futuro. Um futuro iminente dos coitados que ficam lá balançando aquelas setinhas de empreendimentos imobiliários, que além de não terem nada de criativo ou realmente interessante, estão ficando racistas.
Passado uns dias eu me deparei com uma outra ação, dessa vez era algo brasileiro (ou nem tanto). A Cup Noodles resolveu ~inovar~.
De alguma forma a agência e o cliente acreditaram cegamente que seria interessante entregar Cup Noodles para uma dúzia de pessoas utilizando um Drone em praias. Mesmo sendo claramente contra as regras da Anac.
Qual a chance, de um quadricóptero realmente fazer isso que está neste anúncio? Eu não preciso ser da aviação ou mandar isso pro detetive virtual do Fantástico pra saber que é zero. Ou, com muito esforço, bem próximo disso.
Ah, tudo bem que não é a melhor campanha do mundo, mas é criativo, não é? A resposta é não. Procurando por outras referências de anúncios com Drones, encontrei este da coca:
Que por uma coincidência do destino também se assemelha muito com esse da cerveja Lakemaid, que parece um pouco criativo; embora não menos impossível que o primeiro. Mas ainda assim, há grandes chances de também se assemelhar com alguma outra coisa que já tenham feito antes.
Além do mais, pra fazer isso não precisa de nada mais que um simples meio tecnológico e uma boa grana. Não precisa criatividade, não precisa de brainstorm. Precisa jogar sua marca da cara do cliente e achar que ele vai curtir só porque é cool e moderno.
Isso te lembrou alguma rede social azul que tem um ‘F’ no logo? O problema é que nesse caso não dá pra, simplesmente, ignorar.
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