Os smartphones foram feitos para serem uma ajuda à corrida vida do ser humano moderno; mas há de se concordar que, em contrapartida, não é nada difícil se lembrar de ocasiões em que o aparelho foi responsável por incomodar demais pessoas com sérios problemas para se desconectar do mundo de seu dispositivo móvel para se conectar à vida real. E é para resolver este problema que surgiu o conceito do noPhone.
É fato que um dos principais incômodos de se estar sem o celular por perto não é nem suas funcionalidades; mas sim o desconforto físico de se sentir sem um pedaço do seu corpo, ou até mesmo pelado como bem explorou a Chevrolet em seu anúncio.
O noPhone é basicamente uma peça de borracha com dimensões e peso próximos ao de um iPhone 5S da vida. Isso mesmo, uma peça de borracha, sem função tecnológica alguma, mas que deve cumprir bem o papel de te livrar do tormento de parecer que tomou um tiro de bazuca na perna, simplesmente pelo fato de estar sem seu celular.
A abordagem das qualidades do produto do site é uma provocação tão irônica quanto real:
P: Tem câmera?
R: Não
P: É compatível com Bluetooth?
R: Não
P: Faz ligações?
R: Não.
P: É a prova vasos sanitários?
R: Sim.
Vídeo de utilização:
Pode parecer sem sentido, pra não dizer idiota, a atitude de sair com um aparelho de borracha para não se sentir sem um dispositivo móvel que sequer existia há menos de 10 anos. Mas diversos estudos dão conta de que o vício em consumir conteúdo destes dispositivos pode acabar trazendo sérios problemas para a saúde.
Imagine que seu smartphone é um vício semelhante ao do cigarro, correto? Logo, este objeto é basicamente o um cigarro eletrônico; com a infeliz coincidência de que seu novo companheiro não deverá ter nada de eletrônico.
O noPhone é mais que um objeto físico funcional. É um objeto crítico. Que, em sua essência de ser, busca confrontar a sociedade moderna contra seus próprios valores.
Sim, a que ponto chegamos.
Via TechCrunch