Há dois dias a Folha de S. Paulo publicou uma matéria a respeito do mistério que rondava alguns anúncios em painéis espalhados pela cidade de São Paulo. As peças traziam a imagem da presidente Dilma Rousseff ao lado do governador do Estado de S. Paulo Geraldo Alckmin e o texto “A espera acabou. Até o final de 2014 a extensão do metrô vai dobrar.”
A grande incógnita era quem teria interesse em produzir em ano eleitoral um anúncio com a atual Presidente da República ao lado do atual governador do Estado, de partidos opostos, com uma promessa não cumprida, que, obviamente, não beneficiaria ninguém. E a resposta veio ontem: o Greenpeace.
Aparentemente eles acharam a ação muito bacana a ponto de criar até mesmo um vídeo divulgando o ato da madrugada em que saíram pelas ruas de São Paulo com o objetivo de espelhar 100 cartazes com anúncios fictícios para ~provocar~ os candidatos e a população às promessas não cumpridas.
Seria amistosamente interessante a provocação se ela tivesse sido realizada de qualquer outra forma que não violasse a lei nem direitos constitucionais, como:
- Uso de imagem do governante em propaganda oficial.
- Uso indevido das marcas do Estado.
- Tentativa de prejudicar a imagem de um candidato.
- Violação de painéis publicitários.
O PSDB e a Otima, empresa responsável pelos painéis violados, já afirmaram à Folha de S. Paulo que vão recorrer à justiça contra a ação criminosa.
Fica um pouco difícil uma entidade cobrar uma postura correta dos políticos quando eles mesmos não se importam nem um pouco com a própria regulamentação do país, não é, Greenpeace?