No período da tarde de ontem (25) diversos tweets de uma conselheira do Flamengo gerou revolta na comunidade dos e-sports no Brasil. Durante um de seus tweets a conselheira rotulou o time de League of Legends como “nerds autistas” como forma de ataque.
A página oficial do Flamengo eSports publicou um tweet comemorando uma vitória e isso foi o suficiente para desencadear a série de comentários da conselheira do Flamengo, Marion Kaplan, que comentou indignada por observar uma postagem referente ao e-sport e não ao futebol feminino.
Após grande repercussão, a conselheira teve sua conta no Twitter desativada, entretanto deu uma entrevista para o SporTV horas antes, onde alegou que não se arrepende de ter tentado insultar a comunidade do e-sport e muito menos por insultar a comunidade de pessoas autistas.
“Estou de saco cheio. Fui visitar o futebol feminino fiquei envergonhada. O Flamengo não faz nada por elas, sequer dá assistência médica. Agora eu fiquei com “raiva” (com a repercussão). Não é esporte, vai contra o estatuto. Não me arrependo de ter falado desta forma. Eu sei que muitos são autistas, minha família é de psicanalistas. Acharam que era preconceito, mas é verdade.” disse Marion em entrevista via telefone.
O Flamengo não se manifestou até o momento sobre o assunto em questão, porém quando questionado pelo SporTV confirmou que Marion é realmente conselheira do time.
Na manhã de hoje (26), a conselheira retornou em um novo perfil onde se desculpou com os autistas e com os pais de autistas, mas continuou se posicionando contra o e-sport.
Toda comunidade se encontra indignada com essa situação justamente por vir de alguém que tem um cargo tão íntimo com o clube, o jogador profissional Felipe Gonçalves, conhecido como brTT, respondeu um dos tweets de Marion alegando que ela precisa de tratamento.
Já o jogador profissional Rafael “Rakin”, jogador da americana Team Liquid, propôs um diálogo com a conselheira.
Até mesmo o youtuber Felipe Neto se posicionou referente ao acontecido, pressionando a equipe do Flamengo a tomar atitudes com relação a postura da conselheira.
É louvável lutar em favor de uma maior presença feminina nos esportes (e porque não dizer nos e-sports também, não é mesmo?), agora, não há o menor sentido em desmerecer uma outra vertente dos games para trazer luz à representatividade feminina.