Seria cômico se não fosse trágico, mas esse vídeo é o retrato de uma situação cada vez mais comum na sociedade. Nas redes sociais todo mundo é feliz, vive em bares ou baladas, tem os melhores amigos, a melhor namorada, os melhores familiares.
O problema é que quando você olha pra sua própria vida ela nunca parece tão divertida quanto a dos seus colegas. E passa a buscar algo semelhante, afinal, você tem tanto direito quanto eles, não?
Esse vídeo quer despertar uma discussão interessante: não estamos levando as redes sociais um pouco a sério demais?
Se na vida real as pessoas já não estão nem um pouco preparadas para lidar com momentos tristes, na internet menos ainda. O anseio por reforços positivos como likes, comentários e compartilhamentos acaba transformando em escravos da vida perfeita das redes sociais.
Ser real, demonstrar momentos de fragilidade e sentimentos tristes tem sido cada vez mais difícil. É quase como se estivéssemos vivendo em uma ditadura da felicidade. Onde ser triste é proibido.
Não foram poucas as vezes que vi pessoas se espantando e ficando sem reação quando puderam ver que meus sentimentos iam em sentido oposto ao que puderam notar nas minhas redes. O que é até compreensível. Em uma época onde tudo é aparência, a gente já desaprendeu a encontrar conteúdo pra ajudar um amigo que está numa situação ruim.
Entre um sorriso e outro de uma foto há muita vida. E, inevitavelmente, muita tristeza. E como esse vídeo mesmo nos mostra, muitas vezes aquele sorriso nem é verdadeiro e a vida real da pessoa está tão distorcida que nem ela mesma sabe que vive numa ilusão do Facebook.
“Com a maturidade, você descobre que a grama do vizinho, que sempre era mais verdinha, na verdade é de plástico”. Seja a grama de verdade, mesmo que não esteja sempre tão verde assim… Uma hora vem uma tempestade, leva todas as coisas ruins e te deixa verdinho. Mas nunca, nunca mesmo seja de plástico.