A Santher preparou uma ação gigantesca para promover o que deve ser seu maior lançamento em anos, o Personal Vip Black, um papel higiênico que ainda não conseguiu provar sua utilidade prática, mas certamente cumpriu o difícil papel de atrair a atenção do público para a marca Personal.
No entanto, a campanha mal havia saído e o Personal Vip Black já se envolveu em uma polêmica daquelas. Isso porque em alguns lugares, a marca chegou a utilizar o termo “Black is Beautiful” e a hashtag #BlackIsBeautiful nas redes sociais. O que aparentemente era mais uma frase feita de agência (no caso, a Neogama), acabou se tornando o ponto fraco da campanha, pois em 1960 diversas personalidades reforçaram a beleza negra como forma de militância utilizando o mesmo termo.
#BlackIsBeautiful
Em poucos minutos diversos internautas ligaram uma coisa à outra e repudiaram a atitude da marca em se apropriar do símbolo de um movimento de resistência e utilizá-lo para promover um produto simbólico como um papel higiênico preto.
Eu realmente duvido que qualquer pessoa em sã consciência iria utilizar este termo com o intuito de utilizar uma marca para ofender uma luta de um determinado grupo da população, ainda mais nos dias de hoje. Mas não podemos negar que, mesmo sendo uma coincidência absolutamente infeliz, a Santher e a Neogama têm um problemão nas mãos para resolver.
[Atualizado em 25/10/2017 às 13h09] – Recebemos um posicionamento oficial da Santher e Neogama, o qual reproduzimos na íntegra abaixo:
“A mensagem criativa da campanha para o produto Personal Vip Black foi selecionada com o objetivo de destacar um produto que segue tendência de design já existente no exterior e trazida pela Santher para o Brasil. Nenhum outro significado, que não seja esse, foi pretendido.
Refutamos toda e qualquer insinuação ou acusação de preconceito neste caso e lamentamos outro entendimento que não seja o explicitado na peça.
Desta forma, Santher e Neogama vem a público informar que tal assinatura foi retirada de toda comunicação da campanha e apresentar suas desculpas por eventual associação da frase adotada ao movimento negro, tão respeitado e admirado por nós”.
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