O LinkedIn começou como uma espécie de currículo virtual que sonhava ser o Facebook e aos poucos foi conquistando cada vez mais espaço no mercado corporativo. Para alguns profissionais, hoje, a rede social é ponto central de suas estratégias e principal fonte de receita.
Será que dá pra usar o LinkedIn de forma saudável? O algoritmo pode ajudar a separar melhor o que faz sentido do que não faz? Como nasce um top voice? Neste episódio do GKPBcast, Matheus Ferreira, Caroline Ferradosa e Victor Alexandro discutem sobre essas e outras perguntas.
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Resumo do episódio
O episódio do podcast discute a ascensão da rede social LinkedIn no Brasil, que deixou de ser apenas um mural de empregos para se tornar uma plataforma de conteúdo ativo e de forte marca pessoal.
O LinkedIn é apresentado como o “plano C” para a busca de emprego e a maneira “desesperada” da nova geração de criar networking e provar sua relevância profissional à distância. Com a instabilidade pós-pandemia, muitos profissionais buscam estabilidade e salários altos, usando a rede para gritar por oportunidades.
O debate central do episódio gira em torno do egocentrismo e da performance exigida na plataforma. Os hosts criticam o fato de o LinkedIn ser a rede mais egocêntrica, onde os usuários precisam atuar como “especialistas” e supervalorizar seus feitos para serem notados, gerando muitos posts de “coisas superficiais”.
O programa Top Voice, que confere um selo azul a especialistas e líderes, é visto como um equivalente ao “verificado” do Instagram, mas com critérios nebulosos e muitas vezes usado estrategicamente pela rede para se aproximar de veículos e empresas de alto nível. Para obtê-lo, é necessário ser um criador de conteúdo consistente, original e de valor em um nicho específico.
B2B vs. C2C e o Controle de Conteúdo
Inicialmente focada em B2B (Business-to-Business), a rede viu o conteúdo corporativo se tornar “B2 boring” (chato). A comunicação, na prática, mudou para um modelo mais Ego para Ego (E2E), onde a troca de informações e o engajamento se dão majoritariamente entre funcionário e funcionário, e não entre marcas. Executivos usam a rede para demonstrar que estão sempre “de mala pronta” e que são indispensáveis, construindo sua marca pessoal acima da corporativa.
Sobre o controle de conteúdo, a conclusão é que a empresa não pode controlar o que o funcionário posta. A melhor defesa é um Acordo de Não Divulgação (NDA) bem definido para proteger dados e segredos comerciais. Para o colaborador, a recomendação é sempre buscar autorização do cliente ou superior antes de divulgar dados e resultados do trabalho, ou optar por compartilhar o sucesso do projeto sem expor o nome da empresa e informações sensíveis.
Estratégia para Marcas
O LinkedIn é um mercado “inabitado” pelas marcas, o que o torna um bom lugar para experimentar. As marcas devem usá-lo para firmar a cultura da empresa, valores e ações de Employee Experience (experiência do funcionário).
Para ter sucesso, a estratégia de marca deve ser estruturada e, obrigatoriamente, envolver participação humana, dando voz a seus colaboradores – do C-level ao estagiário. As pessoas buscam conexão real com indivíduos, e não apenas com logos ou posts institucionais.
O momento do LinkedIn – Completo no Spotify
Episódios anteriores:
- O dilema do conteúdo Rage Bait;
- ATENAS.ag 18 anos, da Bahia para o mundo;
- O paradoxo do Marketing de Conteúdo.