Na nova dinâmica da algoritimização da internet, o ódio tem sido estimulado pelos mais diferentes criadores para estimular engajamento e fazer dinheiro. Essa técnica ficou conhecida como Rage Bait.
Há aqueles que justificam o Rage Bait por ser uma alternativa mais fácil para jogar o novo jogo das redes sociais e monetizar. Outros preferem se distanciar deste tipo de conteúdo por se preocuparem com o impacto negativo deste tipo de atitude na vida das pessoas. Mas quem está correto? Vale a pena tudo por engajamento?
Neste episódio do GKPBcast, Matheus Ferreira e Caroline Ferradosa debatem um pouco sobre o que leva os criadores de conteúdo a produzirem este tipo de conteúdo e como fazer para se livrar dele enquanto audiência, marca ou creator.
Confira o episódio completo no YouTube, Spotify, Deezer ou qualquer outra plataforma de streaming que seja da sua preferência.
Resumo do episódio
O episódio aborda o conceito de “Rage Bait”, que consiste em criar conteúdo para gerar raiva e indignação, com o objetivo de obter engajamento e monetização. Os apresentadores explicam que essa estratégia se beneficia de um padrão emocional em que o choque e a indignação impulsionam o engajamento, o que, por sua vez, reforça o algoritmo.
O “Rage Bait” funciona devido aos algoritmos que valorizam o engajamento rápido e intenso, e se baseia no viés da negatividade, um conceito psicológico em que as pessoas tendem a dar mais atenção a estímulos negativos. O vídeo descreve formatos comuns, como comparações provocativas, generalizações e sensacionalismo, e discute os impactos na saúde mental dos consumidores, como o aumento da ansiedade e irritabilidade, além de alertar para os riscos de reputação para as marcas.
Os apresentadores também debatem a crise de moralidade, onde a monetização justifica qualquer tipo de conteúdo. Para combater essa prática, o vídeo sugere a “regra dos 3 Cs” (Contexto, Cuidado e Comprovação) para os criadores. Para os consumidores, é oferecido um checklist para identificar e evitar o “Rage Bait”, incentivando a denúncia do conteúdo em vez de interagir com ele. Por fim, eles ponderam sobre como essa tática pode, em alguns casos, ser usada para o bem, ao trazer à tona questões sociais importantes.
O dilema do conteúdo Rage Bait – Completo no Spotify
Episódios anteriores:
- ATENAS.ag 18 anos, da Bahia para o mundo;
- O paradoxo do Marketing de Conteúdo;
- A expansão do Figma na América Latina (com Débora Mioranzza, do Figma).