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Nova identidade da Globo já está por todos os cantos, mas emissora ainda segura unificação da marca

Oi, visitante! Este post foi feito em janeiro de 2014. Entretanto, no dia 2 de abril, a emissora anunciou oficialmente o novo logo. Por isso, recomendo que, após ler este post, você veja também a continuação dessa discussão neste link.

Há alguns meses eu discuti aqui no Geek Publicitário que a emissora Globo estaria prestes a realizar uma grande mudança em sua marca. Na época, os indícios eram poucos, mas suficientes para levantar a discussão que foi responsável por praticamente metade das visitas deste blog no ano passado. Hoje, sete meses depois, muita coisa aconteceu. E todos esses acontecimentos apontam para uma direção. A emissora está mudando sua marca sim, e as mudanças vão bem mais além do que eu pude imaginar lá atrás.

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Quando evidenciei, em junho passado, características da adoção do flat design pela companhia, eu esperava realmente que muito em breve a empresa pudesse lançar sua nova marca mais jovem e colorida. O que ainda não aconteceu oficialmente, mas praticamente tudo o que veio da empresa depois dessa data está muito, mas muito diferente do que vinha sendo trabalhado até agora.

A primeira grande evidência de utilização da nova marca em formato audiovisual veio na vinheta do horário de verão divulgada em outubro. Nela dá pra perceber que o design minimalista, chapado e colorido.

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Logo depois, no Facebook, no início de novembro veio a primeira grande mudança da empresa referente à aplicação da nova marca. O logo tradicional, que estamos acostumados desde 2008 deu lugar a uma versão flat azul.

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facebook-rede-globo
Print realizado na data em que escrevo este post

Quando se adota uma estratégia de comunicação mais “colorida” com várias versões de cores para um logo, é um pouco difícil escolher qual será a cor principal. Primeiro tentaram o vermelho, mas ainda bem que deixaram o azul.

Talvez não haja marca mais fixada na mente do brasileiro do que a forma “círculo-retângulo-círculo” da Rede Globo, mas como eu já abordei aqui inúmeras vezes, muitas vezes no flat design ganha-se em beleza e simplicidade e perde-se em identidade. E parece que há uma preocupação em ressaltar que aquele logo chapado ali é da rede globo. Tanto que a empresa voltou a utilizar sua tipografia associada à marca em vinhetas e peças de comunicação que não viam a palavra “Globo” há muito tempo, como no caso da tela a seguir retirada da chamada da recém transmitida minissérie da emissora “O Tempo e o Vento”.

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A nova vinheta da Sessão da Tarde talvez tenha aparecido antes da vinheta do horário de verão, entretanto, fez mais sentido depois. Ela anunciou outra grande mudança: a utilização de uma linguagem jovem por meio do som. Ao invés de instrumentos musicais, os sons da vinheta são feitos com vozes em um estilo mais beat box.

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Essa linguagem vem sendo utilizada amplamente pela emissora em outras comunicações, como no caso da vinheta do Vale a Pena Ver de Novo e até mesmo sua famigerada vinheta de final de ano.

Ainda falando em Sessão da Tarde, não foi só a vinheta que mudou não. Calma, a grade continua com os mesmos filmes laçados há décadas atrás, mas houve uma mudança drástica na linguagem das chamadas. Ao invés daquela locução descritiva, chata que vinha sendo adotada há mais de 20 anos, a nova locução tem uma forma mais divertida, jovem e interessante de anunciar as atrações. Neste exemplo do sinônimo de Sessão da Tarde, A Lagoa Azul, dá pra ver a locutora (sim, agora também há locução feminina) brincando com a referência.

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Como dá pra ver, estamos acompanhando uma nítida fase de mudanças. E nessa fase é natural que esteja tudo meio bagunçado. E se repararmos, as novas vinhetas dos programas ainda parecem testes: vamos testar as mães no Vale a Pena Ver de Novo, os pais no Esporte Espetacular e a molecada que assiste a Sessão da Tarde.  Entretanto, esses exemplos indicam que grandes -e boas- mudanças estão vindo por todos os lados na maior emissora do país.

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Se eu pudesse tentar categorizar aqui o futuro da comunicação da empresa, eu apostaria no seguinte:

  • A comunicação institucional terá um foco muito grande no design flat, que já estamos notando. E deverá tomar o lugar do logo de 2008 que é utilizado até hoje.
  • Os programas que precisam de uma identidade baseada no produto entregue, como no caso das novelas, minisséries, entre outros deverão continuar tendo um design “comum” e esqueumórfico, como já vinha sendo adotado, ou demorarão mais para a adoção do design flat.
  • O restante, como Vale a Pena Ver de Novo, Sessão da Tarde, Globo Esporte e afins, deverão ter uma identidade mais simples, moderna e jovem, tentando agradar esteticamente a gregos e troianos.

A Rede Globo não está apenas mudando seu logo. Ele parece que será a última cereja a ser colocada no bolo. Ela está mudando sua imagem como um todo. E isso quer dizer que as mudanças estão atingindo todo portfolio de produtos da companhia e, se é que podemos ir mais a fundo ainda, toda a filosofia de comunicação entre a empresa e seu público. E essas mudanças não devem parar por aí. Existem “N” outras aplicações da nova identidade por aí, e enquanto eu termino este post, pode ser que alguma nova tenha saído.

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Recomendo que você veja também a continuação dessa discussão neste link.

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