Estreia hoje (10) oficialmente nos cinemas brasileiros o filme Pantera Negra: Wakanda Para Sempre, que encerra a Fase 4 da Marvel nas telonas. O longa é um dos mais aguardados pelo público por diversos fatores, principalmente por ter que lidar com a morte precoce do ator Chadwick Boseman em 2020.
Pantera Negra: Wakanda Para Sempre traz a Rainha Ramonda, Shuri, M’Baku, Okoye e as Dora Milaje lutando para proteger sua nação das potências mundiais que desejam intervir em Wakanda após a morte de T’Challa. Enquanto os wakandanos se esforçam para abraçar o próximo capítulo de sua história, os heróis devem se unir juntamente com a ajuda de Nakia (Lupita Nyong’o) e Everett Ross (Martin Freeman) para forjar um novo caminho para o reino de Wakanda.
Wakanda Para Sempre não causa o mesmo impacto do primeiro filme do personagem lançado em 2018 e que se tornou um fenômeno cultural, mas compensa na emoção. Desde a primeira cena até o encerramento você consegue sentir o legado de Chadwick e assim como os personagens, os próprios atores (e o público) estão em uma jornada de luto, onde cada um lida com esse sentimento de uma forma diferente.
Os pontos positivos do primeiro filme estão ainda melhores nesta sequência, como a trilha sonora, figurinos e todo o design de produção, que merece muito uma nova indicação ao Oscar.
Além do lado emocional, Wakanda Para Sempre apresenta questões geopolíticas e conflitos que vemos até hoje que tem como base poderosas nações que desejam explorar (e se apoderar) de recursos de outras nações sempre em nome de um “bem maior”. E é justamente essa questão o ponto de partida para a introdução de Namor, vivido brilhantemente pelo ator mexicano Tenoch Huerta, e que foi um dos pontos altos do filme.
Namor é o governante e protetor da nação subaquática de Talócan, que vivia escondida dos olhos do mundo até que T’Challa revelou o vibranium, levando nações a buscarem o poderoso minério em solo marinho e ameaçando assim a existência e o anonimato de Talócan.
O personagem de Tenoch Huerta foi criado ainda na década de 30, sendo um dos mais antigos da Marvel, e a nova roupagem dada à Namor com toda uma base na cultura mesoamericana construiu um excelente pano de fundo para o personagem.
Assim como Namor, outra personagem também fez sua estreia no UCM em Wakanda Para Sempre. Riri Williams, a Coração de Ferro, interpretada por Dominique Thorne, é crucial para o estopim do embate entre Wakanda e Talócan. A jovem de 19 anos é uma menina prodígio e estudante do famoso MIT, e construiu sozinha seu próprio traje no melhor estilo Tony Stark. Apesar de não ter o mesmo destaque de Namor, sua participação já foi o suficiente para nos deixar ainda mais ansiosos por sua série que estreia em 2023 no Disney+.
Na pele da Rainha Ramonda, a atriz Angela Bassett também foi um dos grandes destaques do longa. Uma personagem forte, carregada com a dor da perda que podia ser sentida em cada frase proferida com maestria pela atriz. Danai Gurira que vive a general Okoye também merece destaque por sua atuação, assim como Letitia Wright e sua sofrida Shuri.
Pantera Negra: Wakanda Para Sempre honra de forma digna o legado de Chadwick, entrega uma história concisa, boas cenas de ação e uma melhora no CGI em comparação ao filme de 2018. É um filme poderoso, emocionante, respeitoso e sensível. Existem diálogos muito bons, e também há momentos em que apenas o silêncio da cena grita com o nosso interior.
O longa conta com apenas uma cena no meio dos créditos, que com certeza vai te fazer emocionar por mais uma vez.