Na última terça-feira, 02, alguns usuários do iFood começaram a notar algo diferente no app. O nome de alguns restaurantes, como Croasonho, América e Ben & Jerrys, havia sido alterado para uma série de termos com alguma conotação política, como Lula Ladrão, Petista Comunista e Bolsonaro 2022.
Imediatamente uma série de prints e gravações começaram a viralizar em publicações nas redes sociais com usuários temendo um ataque hacker mais sério, que pudesse dar acesso a senhas e informações de cartão de crédito.
iFood nega ataque hacker e minimiza episódio nas redes
Ainda na noite de sexta o iFood se pronunciou através de seu perfil destinado a notícias no Instagram. De acordo com a companhia, o problema se deve a um acesso de usuário. Sem qualquer comprometimento de informações pessoais dos usuários. Confira:
Na noite de hoje, 2 de novembro, o iFood identificou que aproximadamente 6% dos estabelecimentos cadastrados na plataforma tiveram seus nomes alterados. A empresa tomou medidas imediatas para sanar o problema e proteger os dados de restaurantes, consumidores e entregadores.
O incidente foi causado por meio da conta de um funcionário de uma empresa prestadora de serviço de atendimento que tinha permissão para ajustar informações cadastrais dos restaurantes na plataforma, e que o fez de forma indevida. O acesso da prestadora de serviço foi imediatamente interrompido, e os nomes dos restaurantes já estão sendo restabelecidos.
A rede ainda explicou o funcionamento do armazenamento de informações de cartão de crédito. “É importante destacar que os meios de pagamento dos clientes estão seguros. Eles não são armazenados nos bancos de dados do iFood, ficando gravados apenas nos dispositivos dos próprios usuários, não tendo havido comprometimento de dados de cartões de crédito”, afirmou a publicação. E completou: “Também não há qualquer indício de vazamento da base de dados pessoais de clientes ou entregadores cadastrados na plataforma”.
O posicionamento não foi suficiente para afastar uma série de preocupações dos usuários. “Quem confia?”, dizia um dos comentários com mais curtidas na publicação até a publicação desta matéria. Houve, inclusive, quem fizesse uma relação dos termos políticos com o cancelamento do patrocínio do podcast Flow, após um dos participantes questionar pensamentos racistas nas redes sociais. “Foi por causa do Monark?”, questionou outro usuário do Instagram.
O Sleeping Giants, perfil destinado a desmonetizar conteúdos que propagam desinformação nas redes também viu alguma relação entre o cancelamento do patrocínio do programa Flow e o ocorrido com o iFood.
O Flow Podcast não se pronunciou até o momento em que fechamos esta publicação.