O nome do Burger King foi parar nos trending topics do Twitter por conta de uma publicação de cunho machista na rede social da franquia do Reino Unido. A publicação fala sobre o Dia Internacional da Mulher, mas muita gente achou de péssimo gosto.
“Women belong in the kitchen” pode ser traduzido ao português como “Lugar de mulher é na cozinha”. Até o momento o post já está com mais de 300 mil curtidas. A intenção do Burger King foi dar sequência em uma thread onde explica que apenas 20% dos chefs de cozinha são mulheres, apontando que o machismo está presente nos restaurantes.
Em um terceiro tweet a marca explicou que está lançando um curso para ajudar mulheres a seguirem seus sonhos e superar as barreiras do machismo nos restaurantes.
Acontece que os tweets seguintes ao inicial, pela própria natureza da plataforma, não são sempre exibidos juntos. Além do mais, o fato de serem mensagens separadas facilita para pessoas mal-intencionadas para distorcerem o que foi dito.
Aparentemente a campanha também saiu em formato impresso mas, como apontado por Francisco Araújo, a versão em jornal teve uma execução muito menos atrapalhada, ainda que haja críticas em relação à própria ideia em si.
Em contraponto à ideia, uma mulher tuitou que poderia ser tudo num tweet só, além de acrescentar que não concorda com o fato de utilizarem machismo como clickbait (estratégia sensacionalista para gerar engajamento nas redes).
Uma das respostas mais curtidas diz “Burger King belongs to trashcan”. Algo como “lugar do Burger King é na lata de lixo”, em tradução livre.
O KFC, concorrente direto da rede, aproveitou a oportunidade por meio de seu perfil direcionado ao público gamer e respondeu: “O melhor momento para deletar esse tweet é logo depois de postar. O segundo melhor momento é agora”.
O Burger King seguiu respondendo os comentários dizendo que a ideia foi chamar atenção para o machismo dentro da gastronomia e do mercado culinário, mas o público definitivamente não aprovou essa ação.
Atualizado em 09/03/2021 – às 13h09: O Burger King UK acabou voltando atrás, apagou a publicação e pediu desculpas pelo ocorrido.
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