Como será que as pessoas têm reagido ao contato frequente com as redes sociais? Talvez essa seja a dúvida da nossa geração e a Plataforma Gente publicou um estudo que recebeu o título de #Hashtag Seguidores, onde pesquisa um pouco sobre comportamento dos seguidores brasileiros.
“Essa mudança de comportamento da população chama atenção quando enxergamos que é um movimento generalizado. Dessa maneira é de grande importância analisar o impacto que isso traz para a sociedade e como modifica as relações interpessoais. A Plataforma Gente, que tem como missão ir a fundo nos hábitos dos brasileiros e disseminar informação, não poderia ficar distante desse tema tão atual e importante”, explica Mariana Novaes, gerente de marketing corporativo da Globosat.
Por que seguimos desconhecidos? O que nos faz continuar acompanhando a vida de outras pessoas nas redes sociais? Esses são dois dos questionamentos feitos nesse estudo que foi dividido em três momentos, falando sobre “Vício e Prazer”, “Motivos para Seguir” e “Dois polos e um eixo”.
“Falamos com mais de 1200 pessoas de todo o país, entre 14 a 55 anos e constatamos que 84% seguem influenciadores digitais”, afirma Julianna Queiróz, sócia da Diário de Campo Pesquisa. “Nesse estudo mostramos as motivações por trás desse hábito de seguir e como isso influencia a vida das pessoas”, explica Renata Del Caro, também sócia da Diário de Campo Pesquisa.
A primeira parte mostra a intensidade com a qual os usuários acessam o Instagram, mostrando que para alguns acompanhar a vida dos influenciadores é distração, enquanto para outros acaba se tornando um vício. “43% se declaram viciados e esse número é ainda maior considerando que alguns não se dão conta de como o hábito de seguir está instalado no dia-a-dia”, afirma Julianna.
O estudo elenca três motivações para seguir influenciadores. O “Primeiro Eu” é onde mostra as pessoas que buscam alguém que acrescente e contribua para suas vidas, contanto com a vantagem de receber algo valioso sem precisar dar nada em troca. Já no segundo âmbito, intitulado de “Do Jeito que eu quero”, a amostra conta sobre como os seguidores se sentem livres no relacionamento com influenciadores.
“Seguidores experimentam uma sensação de controle, já que podem decidir o que querem consumir, quando e como será feito. Isso reflete as atuais relações pessoais, mas de maneira mais intensificada uma vez que o relacionamento através de telas facilita esse processo”, explica Renata Del Caro.
A última motivação dos seguidores é evitar a sensação de solidão, área que recebeu o nome de “Nunca estarei sozinho”. Seguir e acompanhar a vida dos influenciadores de perto faz com que os seguidores se encaixem no papel de amigos. Segundo o estudo, uma em cada cinco pessoas chega a considerar alguns influenciadores mais próximos que amigos da vida off-line.
O estudo finaliza com a análise “Dois polos e um eixo”, explicando ônus e bônus dessa prática de “seguir” já presente em nossas vidas há algum tempo. O aprendizado final é um “novo conceito de amizade”, onde se busca do outro lado da tela uma companhia disponível, que possa ser acessada a qualquer hora.
A Plataforma Gente está disponibilizando também um podcast para falar a respeito desse tema, com o nome de “Seguidores e Influenciadores”, e no elenco temos Bia Granja, fundadora da YouPix; Henrique Dias – diretor de planejamento estratégico da BOX 1824, empresa que trabalha com tendências e comportamentos; e Juliana Queiroz – especialista do comportamento do consumidor da Diário de Campo Pesquisa – ateliê de pesquisa de mercado. Comandado por Juliana Wallauer, os convidados vão falar sobre como as novas formas de conexão reorganizaram a dinâmica da sociedade.
Seguidores e Influenciadores já está disponível na Plataforma Gente.