Ontem foi um grande dia para os gamers. A Microsoft anunciou a atualização de seu console Xbox. O videogame será lançado no mundo todo até o final do ano e tem como intenção fazer frente não só seu principal rival Playstation 4, mas também todo um mercado de tablets e games mobile e entretenimento. Com esse intuito é apresentado o Xbox One. Seu videogame e mais do que isso: sua central multimídia.
O Evento
Ao entrar no site do Xbox hoje eu me deparei com o vídeo com locução em português por cima, o que significa que a preocupação da empresa com os usuários ao redor do mundo e principalmente conosco, brasileiros, que antigamente não tínhamos nem jogos em PT-BR é relevante. Eu não entrei no site do evento ao vivo, portanto, embora acredite que a tradução foi simultânea, não posso afirmar isso, mas independentemente, é um detalhe que com certeza fez a diferença.
Hardware
Uma coisa era certa. Os videogames precisavam urgente de uma atualização urgente. Os dois principais players do mercado Xbox 360 e Playstation 3, apesar de rodarem grandes títulos com gráficos de impressionar, possuem um hardware ridículo, que além de limitar a criatividade dos desenvolvedores é quase como comprar um computador de oito anos atrás e pagar um preço de hoje em dia.
O hardware do Xbox One é o que se espera de um console lançado em 2013: CPU octa-core, 8GB de memória RAM, HDD de 500GB, drive de Blu-ray, Wi-Fi direct, HDMI e USB 3.0.
Design
Por mais que a Sony tenha dado todos os detalhes de jogos, especificações e blá, blá, blá… O fato do console físico não ter sido apresentado deixou um buraco no lançamento. Como será o console? Será que ainda não está pronto? A Microsoft sabe disso, tanto que fez questão de mostrar sua preocupação estética com o produto, mesmo sabendo que esse não deveria ser o foco do evento e, no fim, o fato do consumidor ter uma imagem para guardar na cabeça é algo bem melhor que números e especificações.
Se as formas retangulares e planas foram a grande aposta da Microsoft no software, com o Windows 8 e Windows Phone, no âmbito do software não poderia ser diferente. O Xbox One abandona aquele formato de videogame da Xuxa, meio em “X” e dá lugar a um design mais futurista e com um ar mais sério puxando um pouco pra Bauhaus. Algo tão sutil e simples que em menos de 24 horas já tinha ganhado um apelido. Vídeocassete.
O novo Kinect
O Kinect 2 surpreendeu todas as minhas expectativas. O Kinect é agora o grande cérebro de inteligência do Xbox. Além de captar movimentos ele é o resposável por interpretar comandos de voz.
Controle de voz
Parece mesmo que o controle por voz iniciado pela Siri no iPhone lá em 2011 é mesmo a grande aposta da indústria tecnológica. De lá pra cá os recursos de voz já foram introduzidos nos mais variados dispositivos e agora chegam também ao Xbox One.
O Kinect será vendido junto com o console e se tornou praticamente parte do videogame. Quando o usuário diz “Xbox On” ele liga e já vai automaticamente para o perfil da pessoa que ele identificou a voz. Sinistro, não?
Uma vez logado no sistema a maioria dos recursos podem ser ativados via comando de voz: basta dizer “Watch TV”, por exemplo, e a programação de TV ao vivo é acionada (isso não ficou muito claro de como será feito nem se funcionará com nossa frequência de TV por aqui).
Reconhecimento de movimentos
Com um novo sensor de 1080p que capta imagens a 60fps o Kinect 2 consegue captar muito mais informações de movimentos e os benefícios dessas novas informações já foram exemplificados, como a capacidade de rastrear movimentos do pulso e até mesmo ler seus batimentos cardíacos enquanto você se exercita, mas nas mãos de grandes desenvolvedores é que veremos todo o potencial que esta nova ferramenta irá proporcionar.
Controle
Eu nunca fui muito fã do controle do Xbox. Sempre achei uma coisa feinha e pouco ergonômico. O novo controle promete resolver todos esses problemas e proporcionar novas experiências, como feedback nos gatilhos e a reconstrução dos botões direcionais.
E aí?
Se o lançamento for realmente mundial, as chances do Brasil ser incluído na lista dos primeiros lançamentos é grande, visto a importância que as empresas de tecnologia têm dado ao país nos últimos eventos, mas o fator principal será o básico: preço. Se Smartphones estão ultrapassando facilmente a barreira dos R$ 2000,00, o preço do console por aqui tem tudo para ser tão exorbitante como tudo o que costumamos comprar relacionado a tecnologia por aqui.
Agora resta e esperar e ver com a quem vamos entregar todas nossas economias: Microsoft ou Sony?