A Skol tem tomado conta das nossas publicações recentemente com uma ideia melhor do que a outra quando o assunto é inclusão e diversidade. E seguindo a mesma linha de raciocínio, a marca realizou uma pesquisa em parceria com o Ibope para avaliar o comportamento do brasileiro em relação a quatro tipos de preconceito: racismo, machismo, homofobia e gordofobia.
Entre os itens que mais chamaram a atenção ficou o machismo, que está presente no cotidiano de 99%(!) dos brasileiros ouvidos. A homofobia, levou o título de maior preconceito declarado.
Outro ponto curioso é que, apesar de 83% dos entrevistados declararem não ser preconceituosos, 72% já fizeram algum comentário ofensivo. Veja abaixo um infográfico bem interessante sobre o assunto produzido pela companhia:
Pesquisa Skol Diálogos – O preconceito no Brasil
A pesquisa, claro, deve orientar as campanhas da Skol nos próximos meses, mas é bem importante para o mercado como um todo ter mais ideia do ambiente ao qual estamos lidando em tempos de polarização política.
Além de perguntas diretas sobre como cada indivíduo se enxerga, as pessoas foram questionadas se já ouviram ou disseram determinadas frases, como “Mulher tem que se dar ao respeito”, “Pode ser gay, mas não precisa beijar em público”, “Não sou preconceituoso, até tenho um amigo negro”, “Ele (a) é bonito, mas é gordinho (a) ”, entre outras.
O estudo ficou tão bacana, que acabou pautando até mesmo uma reportagem feita pelo Fantástico ontem, onde o programa abordou o momento de intolerância vivido no Brasil.
“Skol vem evoluindo sua comunicação nos últimos anos e realizar esta pesquisa é um dos frutos dessa mudança. Percebemos que poderíamos contribuir de forma mais profunda ao trazer dados recentes sobre o preconceito, colocando luz neste debate e propondo uma reflexão sobre como nossas atitudes podem afastar ou unir as pessoas.”, declara Maria Fernanda de Albuquerque, diretora de marketing de Skol.
É muito legal e, mais do que isso, necessário ver uma companhia com o alcance da Skol tomando partido de ações que podem ajudar a sociedade se tornar um lugar melhor. Poucas empresas têm entendido essa necessidade e eu não tenho dúvidas de que a Skol vai colher bons frutos de ter entendido isso antes da maioria dos concorrentes.
Veja a pesquisa em detalhes:
PESQUISA SKOL/IBOPE – Números nacionais
- Foram ouvidas 2002 pessoas com abrangência nacional entre 21 e 26 de setembro.
- Apenas 17% dos brasileiros se declaram preconceituosos.
- Dos entrevistados, 72% declaram que já fizeram pelo menos um comentário preconceituoso.
- 7 entre cada 10 brasileiros já fizeram comentários preconceituosos
- A homofobia foi citada como o principal preconceito entre os brasileiros que se declararam preconceituosos: 29%.
- 45% dos brasileiros consegue ver preconceito nos comentários feitos por alguém do seu convívio, porém metade deles não reage diante da situação. Quando existe reação, as mulheres são as que mais reagem, com 60%.
O preconceito mais praticado, mesmo sem ser notado, é o machismo:
- Machismo: 61%
- Racial: 46%
- LGBTQ: 44%
- Gordofobia: 30%
Frases preconceituosas apontadas como as mais faladas
- Mulher tem que se dar ao respeito – 49%
- Mulher no volante, perigo constante – 28%
- Não sou preconceituoso, até tenho um amigo negro – 26%
- Pode ser gay, mas não precisa beijar em público – 25%
- Ele(a) é bonito, mas é gordinho (a) – 25%
- Toda negra ou mulata tem samba no pé – 24%
- Isso é coisa de viado. É viadagem – 23%
- Ela não é mulher para casar – 22%
Expressões preconceituosas apontadas como as mais ouvidas pelos entrevistados:
- Mulher tem que se dar ao respeito 92%
- Mulher no volante, perigo constante – 90%
- Isso é coisa de viado. É viadagem – 88%
- Toda negra ou mulata tem samba no pé – 87%
Por região
- A população do Sudeste foi a que mais se declarou preconceituosa: 21%.
- Norte/Centro-Oeste: 18% –
- Sul: 13%
- Nordeste: 13%