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    Meta critica América Latina e anuncia troca de checagem de fatos por ‘notas da comunidade’

    Em vídeo publicado no Instagram, executivo defendeu Donald Trump e atacou Europa e América Latina

    EM GKPB.COM .BR

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    ✨ O que você precisa saber:

    • Mark Zuckerberg anunciou que a Meta irá encerrar o programa de verificação de fatos e substituí-lo pelas 'notas da comunidade'.
    • Zuckerberg alegou que a mudança visa promover liberdade de expressão dos usuários, criticando governos e mídia tradicional por censura.
    • De acordo com o vídeo, a Meta pretende se aliar a Donald Trump para pressionar contra censura na Europa e América Latina no contexto de disputas sobre disseminação de notícias falsas e regulação de plataformas digitais.

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    Em um vídeo publicado no Instagram, o presidente executivo da Meta Mark Zuckerberg anunciou que a companhia irá encerrar o seu programa de verificação de fatos para substituí-lo pelas chamadas ‘notas da comunidade’. O recurso é conhecido pelos usuários da rede X e utiliza checagem realizada pelos próprios usuários, ao invés de uma equipe própria e de parceria com órgãos profissionais de checagem de fatos.

    Suposta defesa de liberdade de expressão

    De acordo com Zuckerberg, o motivo da mudança seria para promover uma maior liberdade de expressão de seus usuários. “Governos e mídia tradicional têm pressionado para censurar cada vez mais. Muito claro é claramente político. Nós chegamos num ponto em que chegamos em muitos erros e muita censura”, afirmou o executivo em seu vídeo. No entanto, o vídeo toma um tom efetivamente político pelo próprio Zuckerberg.

    Críticas à América Latina e Europa

    No mesmo vídeo é dito que a companhia irá se aliar ao governo eleito de Donald Trump para que possam pressionar países da Europa e América Latina contra o que chamou de censura institucionalizada. “Vamos trabalhar com o presidente Trump para pressionar os governos ao redor do mundo, indo atrás de empresas americanas e pressionando para censurar mais. (…) A Europa tem um número cada vez maior de leis institucionalizando a censura e dificultando a construção de qualquer coisa inovadora lá. Os países latino-americanos têm tribunais secretos que podem ordenar que as empresas retirem as coisas silenciosamente. A China censurou nossos aplicativos de até mesmo funcionar no país. A única maneira de resistirmos a esse apoio global ao governo dos EUA”. diz Zuckerberg.

    Zuckerberg não menciona especificamente o Brasil, mas o país é um dos maiores empecilhos de empresas de tecnologia como a Meta na América Latina. Há uma grande esforço por parte do executivo e do judiciário para conter o poder de disseminação de notícias falsas dentro dessas plataformas. Recentemente o Judiciário ordenou o bloqueio da rede X, antigo Twitter, que pertence a outro simpatizante do governo Trump, Elon Musk, justamente pelo fato de não respeitar as decisões judiciais de remoção de conteúdo comprovadamente falso.

    Um bloqueio das redes sociais da Meta impactaria de forma incalculavelmente maior a vida do brasileiro, em relação ao impacto do bloqueio da rede X.

    PL das Fake News

    O Projeto de Lei das Fake News (PL 2630/2020) ainda se encontra em tramitação no Congresso Nacional, sendo um dos temas mais debatidos da atualidade. A proposta busca estabelecer um marco regulatório para as plataformas digitais no Brasil, com o objetivo de combater a disseminação de notícias falsas e discursos de ódio. Recentemente o ministro Alexandre de Moraes determinou a empresas como a Meta e o Google a remoção de anúncios com ataques ao PL, sob pena de multa.

    O Escândalo da Cambridge Analytica e a Meta

    A Meta esteve envolvida em um dos primeiros escândalos relacionados a influência dos discursos nas redes sociais. O escândalo da Cambridge Analytica, que abalou a confiança no Facebook (atualmente Meta), envolveu a coleta indevida de dados de milhões de usuários da plataforma. Uma empresa de análise de dados, a Cambridge Analytica, obteve acesso a informações pessoais de forma irregular através de um aplicativo de quiz de personalidade. Esses dados foram utilizados para criar perfis psicológicos detalhados dos usuários, que por sua vez, foram empregados em campanhas políticas para influenciar a opinião pública e direcionar propaganda personalizada. A revelação desse esquema gerou uma grande crise de reputação para a Meta, levando a investigações governamentais e a uma série de medidas para proteger a privacidade dos usuários.

    Reação do Governo Brasileiro

    O Secretário de Políticas Digitais da SECOM/Presidência da República do Brasil reagiu com perplexidade em relação ao comunicado de Zuckerberg. Para ele, “Facebook e Instagram vão se tornar plataformas que vão dar total peso à liberdade de expressão individual e deixar de proteger outros direitos individuais e coletivos. A repriorização do ‘discurso cívico’ significa um convite para o ativismo da extrema-direita”, afirmou João Brant em seu perfil no X. “A declaração é explícita, sinaliza que a empresa não aceita a soberania dos países sobre o funcionamento do ambiente digital e soa como antecipação de ações que serão tomadas pelo governo Trump”, concluiu.

    Tudo ou nada

    O vídeo de Zuckerberg há poucos dias da posse de Donald Trump não é por acaso. Zuckerberg parte para uma espécie de tudo ou nada ao se direcionar ao presidente dos Estados Unidos. A Meta vê seu império de tecnologia mais ameaçado do que nunca. No aspecto da comunicação, a rede vê o império do Instagram sendo engolido dia após dia pelo Tiktok. Não conseguiu apresentar absolutamente nada de relevante no âmbito do Metaverso, que era a grande aposta da companhia, a ponto de até mesmo rebatizá-la. E agora, chega atrasada mais uma vez na corrida da Inteligência Artificial a ponto de solicitar ao governo americano que não permita a Open AI se tornar uma empresa com fins lucrativos.

    O grande problema é que até para bajular o governo Trump Zuckerberg chegou atrasado. Elon Musk foi um grande defensor da campanha de Trump e é um grande inimigo de Zuckerberg. Apesar disso, a Meta tem um tamanho suficiente relevante para Donald Trump.

    Até o momento de fechamento deste texto, o presidente dos Estados Unidos não havia se pronunciado sobre o assunto.

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