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Especial: O silencioso crescimento do Windows Phone

O Windows Phone pode ser considerada a última tacada da Microsoft para o mercado de Smartphones. Na segunda metade da década passada a empresa era a grande aposta para a computação móvel, mas seu foco nos desktops permitiu, não só que sua principal rival Apple conseguisse se consolidar no segmento, como que um novo concorrente chegasse com tudo, que foi o caso do Android.

Entretanto, é como eu sempre digo: a Microsoft não tem vergonha de se reinventar, chegar depois e dar tudo de si para conquistar de volta seus consumidores. Foi assim com o Windows, com o Xbox e parece que o Windows Phone está prestes a seguir o mesmo caminho tortuoso do sucesso.

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iPhone-vs-WP7-vs-Android

A síntese do Windows Phone desde sua concepção lá na bastarda versão 7.5 é uma só. Ele é diferente. Desde o seu desenvolvimento, passando pelo design, o hardware exigido e até mesmo o público que se buscou. Em tudo o que o Windows Phone se propôs a fazer no mercado de dispositivos móveis foi diferente. E diferente não significa melhor, mas uma experiência diferente é uma estratégia crucial para se destacar em um mercado onde os usuários estão acostumados com a mecânica parecida com que funcionam iOS e Android, por exemplo.

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Vamos discutir isso mais a fundo:

Foco

Existem algumas coisas que diferenciam o Windows Phone dos outros sistemas móveis, a primeira é que ele é um sistema específico para celulares. Ou seja, o foco da empresa em criar um sistema só para celulares pode ter sido prejudicial para o Windows, por ter sido completamente redesenhado para suportar tablets, mas para os Smartphones é uma tremenda vantagem. Afinal, a equipe de desenvolvimento do Windows Phone e a comunidade de desenvolvedores não desenvolvem aplicativos híbridos. Eles tão para telefones. E só para telefones.

Criação de uma imagem sólida do sistema

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Ao contrário do Android, o Windows Phone não estimula a customização de fabricantes. Pelo contrário, o sistema conseguiu conquistar seu estilo perante o público. Seu visual e funcionamento são tão vitais para a identificação do sistema, que fazendo uma comparação, seria quase que dizer que o Windows Phone é um iOS que pode rodar em smartphones de diversas marcas. Ou ainda, indo um pouco mais a fundo, o Windows Phone tem a filosofia que o pessoal do CyanogenMod entrega a usuários Android.

Investimento em um hardware mais em conta, para um público que quer um telefone mais em conta

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Uma coisa não podemos negar. O Android e o iOS oferecem hoje, a melhor experiência quando o assunto é smartphones high end. Os dois sistemas oferecem experiências defasadas para telefones mais baratos. Comprar um iPhone que foi lançado há 2 anos atrás implica em abrir mão de recursos do iOS, já no Android, escolher um dispositivo barato, por mais que tenha sido lançado ontem, pode garantir uma péssima experiência com o sistema. Quem nunca ouviu um low end user falando: “Android trava muito! Quero um iPhone”.

O Windows Phone chegou por todos os lados. High End? Temos. Middle End? Também. Low End? Sim, temos. E, ao contrário dos outros sistemas, continuamos entregando a mesma experiência fluida e bonita que se espera do software.

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Eu cansei de recomendar o Lumia 620 para meus amigos. Porque ele atende exatamente a maioria das pessoas que eu conheço: eles querem um telefone que custe no máximo R$ 500,00, não fique travando (esse requisito costuma vir de usuários frustrados com Androids Low End), e dê pra fazer tudo aquilo que é legal de se fazer com um Smartphone: usar o Facebook, falar no Whatsapp, postar no instagram e ainda ter uns joguinhos legais pra se divertir de vez em quando.

Essa possibilidade talvez seja o principal fator de que o Windows Phone está chegando rapidamente às massas dos países em desenvolvimento. Não é à toa que há quem diga que o sistema já é o segundo mais usado na América Latina. Aqui no Brasil mesmo, o crescimento do smartphone pode ser observado pelas ruas. Cada vez mais usuários de smartphones têm optado pela experiência oferecida pela Microsoft. Estive em Curitiba recentemente e foi assustador ver a quantidade de aparelhos da linha Lumia, da Nokia pela cidade. Posso afirmar com certeza que vi mais Lumias do que qualquer Galaxy ou iPhone por lá.

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Fodam-se o ovo e a galinha. Eu vou é fazer um ovo pra essa galinha nascer

É com essa frase que eu abordo a loja de aplicativos da Microsoft. Quando falamos de sistemas móveis, sempre falamos da dúvida eterna: a plataforma tem poucos desenvolvedores porque não tem público, ou não tem público porque tem poucos desenvolvedores?

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A Microsoft não quis saber de quem era o problema e se prontificou a criar tudo o que era mais necessário para que seu sistema pudesse vingar. Uma atitude louvável e poucas vezes vista pelos seus concorrentes. A empresa se encarregou de oferecer aquilo que ainda não era disponível pelos desenvolvedores de terceiros e o que não tinha jeito, não teve vergonha nenhuma de pedir autorização pra trabalhar pra eles.

Na última semana a Microsoft anunciou a chegada de inúmeros nomes de peso em sua loja de aplicativos, como Instagram (sim!), Asphalt, CamScanner, Danger Dash, Flipboard, Talking Tom (ainda tem gente que usa essa porr*), Rail Rush, Temple Run 2, TuneIn Radio, Vine, entre outros. Com a chegada desses apps a experiência de quem está migrando de uma plataforma consolidada como iOS ou Android para o sistema da Microsoft pode ser bem menos conturbada.

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Em resumo.

A Microsoft foi audaciosa com o Windows Phone. Até mesmo porque, após o fracasso do moribundo Windows Mobile e a ascenção do iOS e do Android, a empresa não tinha muito o que fazer.

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A capacidade de reinvenção, muito trabalho e paciência da gigante de Redmond foram itens essenciais para que a empresa se tornasse a referência que é nos mais variados mercados e não está sendo diferente com o Windows Phone. Nos resta acompanhar essa novela da briga por nós consumidores, que só temos a ganhar.

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